Dando o mesmo rolê que nossos avós fizeram, sem chegar junto

Na foto acima estão Fred Haise, Jack Swigert e Jim Lovell. Eles tiraram esta foto um dia antes do lançamento da Missão Apollo 13. A malfadada Apollo 13. Swigert acabara de substituir Ken Mattingly como piloto do módulo de comando depois. Mattingly não pôde ir porque ele fora exposto ao sarampo e a paranóica NASA não quis arriscar (a bem da verdade, ele não contraiu a doença e não apresentou nenhum sintoma). A coisa deu errado e foi ouvido a famosa frase “Houston, a gente tá ferrado, caraio” (paráfrase).

Eles não pousaram na Lua e o regresso foi heróico, apesar das mazelas, como conectores quadrados e redondos se misturando entre diferentes aparelhos, tendo que partirem para gambiarra. Na descida, a URSS, a maior rival dos americanos, ordenou que liberassem as frequências para que não houvesse interferência e a China delicadamente pediu aos seus cidadãos que qualquer americano que caísse lá teria que ser bem tratado, sob pena de irem bater um papinho com Buda da pior maneira possível.

Ainda assim, eles viram ela, a Lua. Bem de pertinho, mas sem poder posar. Mas com a tecnologia do século XXI, oriunda dos erros e acertos das missões o século XX, podemos refazer os passos (isso é uma metáfora, seus idiotas! Agora, tudo tem que explicar) dos tripulantes da Apollo 13.

O vídeo a seguir foi feito coletando dados da Lunar Reconnaissance Orbiter para recriar algumas das vistas deslumbrantes da Lua que os astronautas da Apollo 13. claro, não são estas imagens per se, mas por meio de processamento computadorizado de todas as fotos da LRO, gerando este belíssimo vídeo em 4K.

A LRO nos dá um pouco do vislumbre do que Haise, Swigert e Lovell viram, no mais amargo “olhe, mas não toque”. Eles não tocaram a superfície lunar e todos se compadeceram com suas dores, ainda que tenham se rejubilado com a volta segura que conseguiram.

Lá em cima, a LRO paira sobre nossas cabeças e traz este sentimento um pouquinho mais apertado em nossos corações, e entendemos melhor o que eles passaram. Eles não viram em 4K, pois o olho humano não processa informações visuais em pixels. Eles viram na imensa resolução óptica processada pelos seus cérebros, com a dor, angústia e incerteza de sua volta.

Hoje, nos sentimos mais´próximos, tanto dos astronautas, quanto daquela que nos ama todas as noites, dando-nos um beijo e convidando-nos a voltar lá.

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