PEC, caso não saiba, é Projeto de Emenda Constitucional. É um patch, um remendo, um puxadinho, uma forma de se meter na Constituição. A Bancada Evangélica, algo como a Igreja de Westboro dentro do Congresso. Um país que constitucionalmente é laico tem uma bancada EXCLUSIVA para os interesses dos evangélicos. Dane-se as leis, dane-se as outras religiões, dane-se quem não quer um mundo evangélico, dane-se qualquer um que ache isso um retorno à barbárie.
Chefiados por pelo deputado João Campos, do PSDB de Goiás, A Bancada dos Alienados Evangélica deu parecer favoráevl a um projeto de emenda constitucional que dá poderes mágicos aos seguidores de Lorde Feliciano I de questionar QUAISQUER medidas tomadas pelo Supremo Tribunal Federal, fazendo uso do direto de apresentar Ações diretas de Inconstitucionalidade. A rigor, qualquer igreja evangélica poderia fazer isso. Vocês sabem de quem é a culpa disso tudo?
SUAS, SEUS IMBECIS!
Acham que ficar "mimimimi, Feliciano é feio" no Twitter resolve algo? Foram lá no Twitter do João Campos, que é claramente conduzido por algum Zé Ruela que estará solenemente defecando e se locomovendo para o que vocês escreverem lá. Parecem ignorar que Joãozinho tem um gabinete, e esse gabinete tem telefone e até mesmo fax. Como descobrir? Bem, vamos desenhar um círculo no chão, escrever palavras cabalísticas, sacrificar um porco, gotejar sangue de galinha e ir no site da Câmara. O porco você transforma em feijoada e o sangue você guarda para fazer galinha à cabidela.
O parecer favorável à PEC 99/2011 mostra a ideia que políticos têm para com a ciência, em que, durante o discurso, o deputado João Campos disse que “o STF expressa um preconceito contra argumentos de ordem religiosa, dando preferência a argumentos científicos”, e seu projeto de emenda constitucional visa sanar isso, autorizando as igrejas a questionarem regras ou leis junto ao Supremo Tribunal Federal. Nada de novo para quem criou o projeto de lei PDC 234/2011, que estabelecia a ação de psicólogos para convencer os homossexuais a virarem héteros, cuja PL ficou conhecida como "cura gay", que foi arquivada em 2013 e reapresentada em 2014.
As pessoas, na tendência de tirar o fio-fó da reta, tudo colocam a culpa nos políticos, como se eles tivessem brotado no Congresso num dia quente e úmido. Esquecem que se eles estão lá, é porque satisfizeram as necessidades de seu eleitorado. Como eu costumo dizer, não é o João Campos, o Feliciano ou o Bolsonaro que me preocupam. O que me preocupa é que tem gente que os elegeu e continuará elegendo. A bancada evangélica existe graças a uma população de fanáticos religiosos e, CLARO, o político quer continuar no cargo e continuará com a plataforma que agrada a essa gente. Coloquem alguém falando de Ciência e esse alguém jamais será eleito, porque o brasileiro odeia Ciência.
Nossos algozes só têm poder porque o próprio povo deu-lhes esse poder, porque, no fundo, o político é reflexo do povo. O povo não tem o político que merece, tem o político que elege. Compartilhem informações e você será excluído, xingado e rechaçado. Explique o caso da fosfoetanolamina e você será um maníaco pago pelas indústrias farmacêuticas que querem matar as pessoas de câncer. Fale mal de cartas psicografadas e dirão que você quer ver as pessoas sofrer. Seja contra ensino de criacionismo, e você será um ateu miserável. Fale da importância das vacinas, e você será um iluminati.
No Brasil, não precisaremos que haja um Fahrenheit 451. Não será preciso, dado o analfabetismo funcional das pessoas, em que mesmo vídeos são ininteligíveis, pois v]ao de encontro ao que eles já têm enraizado, e é esse pessoal que escolherá quem nos governa.
No fundo, os épsilons semi-aleijões é que controlam uma ridícula minoria de alfas. Não discutam, não pensem, não critiquem. Se livros didáticos estiverem errados, aceitem, pois é isso que a maioria ignorante quer.
O Brasil não está voltando para a Idade Média. A rigor, nunca saiu dela.

Fonte: O Tempo ; Ultimo Segundo

Don’t worry! Existe algo chamado “controle de constitucionalidade”, e, se uma aberração dessas passa pelo controle preventivo, certamente não passará pelo repressivo. Apesar de não confiar no legislativa e executivo, felizmente o judiciário não pode ser integrado por semi-analfabetos, e apesar de andar pisando na bola, jamais se pronunciaria a favor de algo tão escandalosamente inconstitucional, e que afrontaria a autonomia de seu próprio poder.
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Odin te ouça! Caso contrário, terei mesmo que fundar a minha própria igreja, se quiser continuar no Brasil.
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Fahrenheit 451 começará no Brasil. Lembra que na história os livros foram proibidos porque as pessoas foram lendo cada vez menos? O que temos hoje? Pessoas incapazes de interpretar sequer um texto de 140 caracteres e que preferem ler uma frase dividida em duas em cima de uma imagem de humor duvidoso.
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Hora de revisar meu plano de abandonar o Brasil…
Passos pendentes:
– Ter dinheiro para viajar;
– Certificar o meu inglês;
– Documentação para a família toda.
Sabe de alguma empresa que, só por curiosidade, esteja contratando engenheiros civis na Irlanda, Dr. André?
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Então temos um problema. As Igrejas não são um dos poderes estatais, então a separação ods poderes será mantida. estará se criando apenas alguém para fiscalizar as decisões desses poderes!
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Pois é Julio, não se pode criar nada ou nenhum outro órgão para fiscalizar as funções típicas ou atípicas dos poderes. No Brasil usamos a teoria da separação dos poderes de Montesquieu, e seu corolário lógico o chamado “check in balances”. Os três poderes são autônomos e devem atuar de forma complementar entre si, só podendo ter tal autonomia restringida nos casos de abuso do poder institucional. Basicamente o projeto de lei quer que dar o poder de se meter no trabalho do fiscal da lei, dizendo como ele deve fazer isso…
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Eu estava vendo a proposta
“Acrescenta ao art. 103, da Constituição
Federal, o inciso X, que dispõe sobre a capacidade postulatória das
Associações Religiosas para propor ação de inconstitucionalidade e ação
declaratória de constitucionalidade de leis ou atos normativos, perante a
Constituição Federal.”
E aí nada diz que seria sobre as decisões do STF, ou seja, seria sobre as decisões do Judiciário, Executivo e Legislativo?
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O STF é o chamado “guardião da constituição” é ele o competente para julgar ADI, ADC e ADPF. Quando um legitimado (são os que estão no art.103) crê que uma lei ou ato normativo (geralmente do executivo) feriu à constituição (ADI), ou quer declarar que tal ato é constitucional (ADC) ele ingressa com essas ações no Supremo. Sendo assim tais associações religiosas iriam ficar procurando pêlo em ovo nas leis já existentes e questionando atos do executivo. A questão é, se qualquer associação religiosa for legitimada, veremos uma ruma de pleitos sem noção direcionados ao nosso tribunal superior, que com certeza tem coisas mais importantes a fazer.
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Mas no início elas até tinham grande potencial, se conseguiu mobilizar muita gente.
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e é por isso que estou saindo do pais. prefiro lavar pratos em um lugar decente e com um salário justo do que esperar isso tudo mudar. desculpe.
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É aquilo, né, tá praticamente melhor limpar privada no estrangeiro do que viver na merda no Brasil…
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http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2015/11/de-limpador-de-privadas-vice-presidente-de-banco-imigrante-brasileiro-da-volta-por-cima-no-reino-unido.html
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Uma coisa que tem me preocupado muito é se o meu diploma vale no exterior.
Se valer, temos uma singela vantagem.
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Embora a princípio pareça estranho mesmo, há alguns pontos a esclarecer
Primeira coisa é entender o seguinte: Essa EC dá poder a “associações religiosas de âmbito nacional” poder para entrar com uma ação no STF discutindo a constitucionalidade de alguma lei. Quando se fala “questionar o STF”, não se está falando sobre questionar suas decisões.
Ainda, a PEC não faz exceção, apenas diz que tem que ser entidade de âmbito nacional, portanto abrange Federação Espirita Brasileira, Confederação Israelita do Brasil, Federação das Entidades Muçulmanas do Brasil, etc. A discussão é se cabe às entidades religiosas ter esse poder. Mas ter que ler na exposição de motivos da PEC que “não há como não se reconhecer o mérito dos Evangélicos brasileiros em coadjuvar na consolidação de princípios no cerne da Constituição, como garantidores da liberdade de culto e de religião” é de fazer os olhos sangrarem
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O problema vai existir na hora de decidir quais entidades podem fazer uso dessa modificação.
Quem vai decidir se a entidade tem valor? Com certeza os prórprios parlamentares, e isso vai levar a apenas a Igreja Católica e Evangélica serem autorizadas, com a autoridade das outras questionadas!
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Não há lógica alguma em dar o poder de um “legitimado” à entidades religiosas. O STF vai receberia uma enxurrada de ADIN por motivos toscos, questionando leis e atos normativos que seguem a lógica e não à crença (como deve ser).
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Seria sair do país a unica solução? Pular antes que o barco afunde?
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Agora com os gifs no Facebook nem vídeo nem imagens com frases, é tudo na base de gif animado. Me matem.
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Mais ou menos isso:
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https://ceticismo.net/?s=funda%C3%A7%C3%A3o+cacique+cobra+coral
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