Fanáticos religiosos recusam tratamentos médicos em nome de Deus

“A mão que afaga é a mão que apedreja”. É o que vem na minha mente quando eu vejo o que a fé tem feito na vida das pessoas. Falam que é bom ter fé, que é necessário ter uma religião para ajudar nas horas difíceis. O que eu vejo é que muitas “horas difíceis” são acarretadas por uma fé tola e irracional, por uma crença estúpida, ridícula e, por vezes, assassina!

Vemos nos jornais o que o fanatismo religioso proporciona às pessoas, onde crianças não são vacinadas, pessoas se recusam a tratamento médico e outros se julgam curados até notarem que é tarde demais, e mesmo assim atribuem o acontecido à vontade de um ser tido como divino e seus misteriosos desígnios, que, ao que parece, precisa ver pessoas sofrerem para que saiba que elas realmente o aceitam, ou então, proporciona “lições” através de dor, sofrimento e morte, afim de “ensinar” algo. O que, nem mesmo os religiosos sabem.

Há algum tempo, noticiamos o caso de uma louca que deixou seu bebê morrer de inanição, simplesmente porque ele não dizia “amém”. O que será que essa criatura tinha na cabeça? Ah, bem, como no caso do pai que cozinhou a filha no microondas, a mando de Deus, a mãe alegou que não, não foi o bom, justo e misericordioso Deus, e sim obra de Satã, o Execrável. Só esqueceu de dizer por causa de que esse Deus “bom”, “justo” e “misericordioso” não impediu, ou enviou um de seus anjos para combater as forças do mal. Para Daniel, pôde mandar um anjo salvá-lo dos leões. Para a menina, não. Quem acabou resolvendo as queimaduras? Os médicos, como sempre.

Nesse caso, em específico, ainda deu para salvar a criança, mas em outros, infelizmente, a ajuda sequer chega a tempo. Um exemplo disso é o caso da irresponsável que se achava mãe, que matou (sim, pra mim isso é homicídio doloso) a própria filha. Como aconteceu isso? Negligência, pois a mãe preferiu rezar a cuidar da filha que sofria de diabetes.

Segundo sua “revelação”, a louca disse que “o Senhor estava para cuidar dela [a filha] e tudo o que ela precisava era rezar”. O depoimento de Leilani Neumann gravado em videotape foi mostrado no julgamento nesta última quarta-feira (20/05) e o veredicto foi o que qualquer pessoa com um mínimo de bom senso esperaria: CULPADA!

A isso, soma-se o fato que a cada ano mais pais norte-americanos deixam de vacinar seus filhos. Motivos não faltam, como os abertamente religiosos fundamentalistas, quanto a nova religião do naturalismo, onde drogas fazem mal e temos que cuidar de maneiras que a natureza nos proporciona

Infelizmente, bando de idiotas, a Natureza tá se lixando para os seres vivos. Não foi a Natureza que proporcionou uma longevidade de 70, 80 e 100 anos!! Foi a ciência. Controle de endemias, saneamento básico e… VACINAÇÕES!

Mas, não, não querem saber disso, porque as malditas indústrias farmacêuticas criaram uma idéia falsa e só estão injetando água com açúcar nas pessoas.

Por mim, poderiam pegar seus prêmios Darwin e irem pro inferno. Mas, junto com eles, arrastam crianças indefesas. Mas não, como quaisquer loucos, tais criaturas acéfalas arrastam pessoas inocentes no seu atoleiro de ignorância. A recusa das vacinações é preocupante, ganhando até mesmo um artigo na prestigiada New England Journal of Medicine.

É hora de começarmos a questionar se pessoas assim estão capacitadas a possuírem a guarda de uma criança. Não conseguiriam guardar nem uma tartaruga.

Ainda nos Estados Unidos, o que parece ser o berço da Idiocracia Moderna, há o caso da estúpida que encasquetou na cabeça do filho, possuinte de câncer – mais precisamente linfoma de Hodgkin, um tumor maligno, mas que apresenta retrocesso se tratado a tempo.

Argumento? Jesus vai salvá-lo!

O garoto tem 13 anos (mas dificilmente chegará aos 15, se continuar assim) e sofreu uma bela lavagem cerebral, recusando o tratamento à base de quimioterapia.

Mas, de acordo com a “nova onda” que tudo que possui “química” faz mal, eles se recusaram. Água,é química, oxigênio é química. Por que não param de beber água e respirar? Bem, é triste dizer, mas em breve, nem estas “químicas” o jovem Daniel Hauser fará uso mais. E Jeová não virá salvar ESTE Daniel… A bem da verdade, nem “aquele outro” salvou, posto que não passa de um simples mito.

Mas a mãe dele acha que vai. O que se faz?

Faz-se o que a Justiça americana fez (ou tentou fazer): Expediu uma ordem judicial para que eles fossem obrigados a aceitar o tratamento.

Segundo o juiz John Rodenberg, Daniel Hauser foi “medicamente negligenciado” por seus pais, Colleen e Anthony Hauser. Entretanto, como penso que este juiz possui uma alma boa e pura, ele pensou realmente que estava lidando com pessoas normais, permitindo que o garoto ficasse com os pais, pois achou que eles “o amam e agiram de boa fé”. Não era o caso. Os pais são loucos e estão se lixando para o bem do filho, ficando unicamente no reino das fantasias que um Xamã qualquer iria salvá-lo. Sim, isso mesmo. A tosca tem tratado o filho com suplementos de ervas, vitaminas (sabe-se lá quais), água ionizada (??) e outras besteiras alternativas naturebas, que a retardada encontrou principalmente na Internet.

Os médicos disseram que, com o tratamento, Daniel tinha 90% de chance de ser curar, porém, sem a quimioterapia as chances eram de 5%. Entidades protetoras da infância acusaram os pais de Daniel de negligência médica e foram ao tribunal para obter a custódia do menino. Sem sucesso e não adiantaria muito. A mãe fugiu com o garoto. O pobre juiz viu a cagada que fez e emitiu uma ordem de prisão para a mãe, caracterizando o quadro como negligência médica. As últimas notícias dão conta de que os dois estariam fugindo em direção ao México.

Afinal, de quem é a culpa? Da Internet que expõe tais “receitinhas”? Bem, nela se encontra artigos científicos abalizados. Será das religiões? Segue quem quer. Dos médicos que não explicaram direito? Ou da absurda estupidez humana, que insiste em criar mitos e eventos milagrosos que só existem em suas cabecinhas de camarão?

A pergunta é difícil. Talvez uma soma disso tudo ou o efeito de algum experimento extra-terrestre ou a abertura no continuum, fazendo com que boa parte das pessoas se comportem como idiotas.

A Ciência é ruim, perversa e criou a Bomba Atômica. Não acreditemos nela. Vamos para as montanhas, sem roupas, relógios ou mesmo uma faca, que é uma peça tecnológica também. Voltemos a viver escondidos, comendo alimentos crus, obtidos por caça e coleta. Nada de vestimentas para nos abrigarmos do frio, e muito menos usar o fogo. Afinal, o fogo queima, causa mortes e está diretamente relacionado ao Inferno.

Sim, Humanos. Vamos fugir daqui, desse antro de perdição que chamamos de sociedade civilizada. Vamos viver que nem nossos antepassados, com uma expectativa de vida de 30 anos, onde mais da metade de nossas mulheres morriam no parto e 80% das crianças sequer completava um ano.

Isso sim, é o mundo natural, criado por Deus e bonito por natureza…

5 comentários em “Fanáticos religiosos recusam tratamentos médicos em nome de Deus

  1. 13 anos já sabe o que é deus, jesus, papai noel e bicho papão, a mente já está programada com esses conceitos. Se o moleque se curasse, 1) sucumbiria às superstições imposta pelos pais e se tornara no máximo um hipócrita, e no mínimo um louco; 2) se rebelaria e se tornaria violento, anti-religioso, tendendo a cometer crimes morais pra demonstrar antagonismo.
    Improvável, mas não impossível, que uma criança doutrinada rigorosamente aos dogmas religiosos, se tornasse um adulto socialmente saudável. Mas tudo bem, merece a oportunidade.

    (Li num comentário em algum outro blog e concordo): Responsabilidade por uma decisão pessoal é intransferível.

    Essas escolhas supersticiosas são reforços secundários retardados, a pessoa aprende a informação falsa (superstição) e repete na esperança do resultado, alimentada por aquela ilusão. Isso acontece na infância, e é realmente difícil (eticamente) reeducar um adolescente/adulto com a informação correta(ou a mais próxima), pois ele está certo de que já aprendeu a correta e já as validou seletivamente. (o comportamento “deu certo, repete”).

    A culpa não recai sobre quem disponibiliza(sem impor) a informação falsa, mas sobre a pessoa que a julga correta e toma uma ação, sem raciocinar sobre as consequência. No caso, o responsável (pais) por alguém incapaz de julgar e sem instrução ao raciocínio (criança), que lhe impõe a informação incorreta (superstição).
    Infelizmente a educação na infância é normalmente assim, imposta através de medo e ameaças, apoiadas em mitologia ou fábulas morais, usando superstição mascarada de “tradição cultural” como motivação de recompensa. O resultado são esse monte de adultos idiotas.

    Pelo menos é o que eu acho, posso estar errado, refutem. :P

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  2. Meus parabéns para a jumenta que poderá ser responsável por problemas futuros e até a morte do filho por banir a ciência médica de sua vida, eu odeio qm desfruta da ciência e a xinga, mas qndo deixa de permitir que ela salve a vida de seus próprios filhos, isso parece mto mais grotesco, medonho, no mínimo. Esta se igualando aos assassinos citados de outros artigos

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