O grande diferencial do Império Romano para outros reinos, como Cartago – em quem Cipião, o Africano, sugeria que lhe passasse o cerol – foi a vida social dos cidadãos. Grandes banhos públicos garantia que você, pobretão, tomasse banho ao lado de um tribuno. Isso garantia que todo mundo ficava de olho em todo mundo. Eles tinham até privadas públicas, literalmente públicas, com um “troninho” ao lado do outro. Homens e mulheres em papo animado enquanto faziam o número 2.
O problema é que pesquisas recentes mostram que nos banhos públicos se compartilhava de ideias, fofocas e até parasitas.
O dr. Piers Mitchell é pesquisador do Departamento de Arqueologia Biológica da Universidade de Cambridge, Inglaterra. Sua especialidade é como a saúde tem evoluído com as sociedades humanas, bem como as doenças moldaram a forma como os seres humanos evoluíram.
Mitchell estudou como era a saúde sanitária nos banheiros públicos romanos. Porque você pode ser o maior estadista, ditador, modelo, ricaço e socialite; você continua fazendo cocô. De acordo com sua pesquisa, Mitchell observou que os sanitários, banhos, aquedutos e sistemas de esgoto da Roma Antiga não eram lá muito higiênicos.
Não é bem o troninho do imperador, mas ajuda pra caramba!
Mitchell e seus colaboradores encontraram vestígios de inúmeros parasitas em restos mumificados e fezes fossilizadas, antes e depois das grandes obras de urbanização. Em outras palavras, os parasitas vicejavam mesmo com os banhos públicos em plena atividade. Uma nojeira só!
O levantamento de dados mostrou que lombrigas e outros parasitas que se espalham através do contato com fezes mantiveram seus números, apesar dos esforços de saneamento. Em outras palavras, por mais por mais que o governo quisesse tirar as pessoas da nojeira, a nojeira não deixava de ficar perto do pessoal, ainda mais que Roma não tinha Ciência. Sendo assim, como não tinham adubos, adubavam a terra com fezes humanas, mesmo, o que fazia com que o agricultor tivesse contato com os parasitas dos outros, se contaminando no meio do caminho.
Você pode ler sobre a pesquisa totalmente digrátis no periódico Parasitology.
Como comentário final. A vida na Antiguidade era uma merda.
E imaginar que a coisa ainda piorou durante a Idade Média…..
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