Ensinar engenharia para crianças nos colégios deveria ser obrigatório

Vamos ser sinceros: o Ensino está uma bosta. E tudo por causa de uma questão conceitual: para que mandar as crianças para o colégio? O que eu espero de um colégio para meu filho? O que efetivamente meu filho aprenderá num colégio? O que ele fará com o conhecimento adquirido no colégio? A verdade é que o atual modelo educacional serve unicamente para meter o aluno no colégio. Por um lado, os pais se veem livre daquilo que puseram no mundo, pelo outro, colégios arrumaram uma incrível fonte de renda, baseada na total incompetência paterna e materna de educar.

Afinal, o que deveríamos ensinar aos nossos alunos?

Eu tinha um sonho, mas o creme não estava em bom estado. O Ensino deveria preparar as crianças pára entender o mundo, ensiná-las a resolver problemas.Mostrá-las que nem sempre precisamos recorrer a soluções mágicas, como pedir pro pais isso e aquilo. Atualmente, temos que formar cidadãos críticos. Do quê? Com certeza não do atual sistema vagabundo de Ensino. Não ensinamos nada às crianças. Metemos matéria no quadro, eles copiam e só. Isso quando copiam.

Eu conheço colégios em que a "professora" senta o rabo e manda os alunos abrirem o livro em determinada página. Ela manda uma das crianças ler um trecho. Daí, a pseudomestra manda que as crianças saquem de suas canetas marca-texto para grifar determinadas partes do texto que está sendo lido. O que a criança memorizará daquilo? Como ela interpretará o texto? Não vai, pois não é este o objetivo. O objetivo é repetir a receitinha vagabunda aplicada nos cursos daquele câncer chamado Pedagogia. Não houve desafio, não houve questionamento, não houve raciocínio, mas curiosamente são essas coisas que essa corja "defende".

O sistema educacional precisa ser reformulado e determinadas coisas devem ser extirpadas à base do machado (não, não estou falando de pedagogos, estes nem deveriam estar lá). As crianças precisam aprender coisas como:

  • Língua portuguesa

Óbvio, né? Se você não sabe a gramática e ortografia, não pode se comunicar. E isso tem que ser de forma rigorosa. Falar/escrever errado não pode ser tolerado. Não pode ser encarado como "normal", pois não é. Depois, você vai procurar um emprego falando errado. Bem, é muito capaz de você conseguir um emprego. Eu lhe cumprimentarei quando você abrir a porta do prédio para eu entrar.

  • Matemática

Matemática não é fazer contas. Fazer contas faz parte da Matemática. Ela é muito mais que isso. é raciocínio puro. Para isso, não se pode deixar de ser rigoroso com o ensino da matemática. Ninguém morreu fazendo contas. Nós vivemos fazendo contas o dia todo: pagar o almoço, dar o dinheiro da passagem, com inerente conferência de troco. Entender o que os números dados pelo governo significam, conhecer estatísticas básicas para saber que essas porcarias como a Telexfree não passam de engodo para tirar dinheiro de você etc.

  • Geografia e História

Duas disciplinas que deveriam ser ensinadas juntas. Assim como a Matemática não é só fazer contas, Geografia e História não são uma coletânea de fatos. Envolvem muito mais. Ficam de lenga-lenga dizendo que quem não conhece o passado não entende o presente. LIIIIIIIINDO, mas ninguém dá um exemplinho sequer. Por exemplo, se não fosse o Himalaia, a China jamais teria quase 2 bilhões de pessoas e a Mongólia nunca seria um império. Se a capsaicina não tivesse o sabor que tem, muito provavelmente os africanos não seriam escravizados. Se Leão X não tivesse quase falido o Vaticano, o Feliciano não estaria falando besteira na TV.

Ah, e nunca houve Escola de Sagres, ok? O Infante D. Henrique jamais existiu e Pedro Álvares Cabral entendia tanto de navegação quanto os ministros da Educação entendem de Ensino.

  • Línguas estrangeiras

Fico dividido. Acho necessário aprender outros idiomas, mas não consigo ver uma única pessoa que sai do colégio conseguindo ver filme estrangeiro sem legenda e no som original (a preguiça faz até com que odeiem filmes legendados). Não conseguem ler uma notícia de um site de notícias lá de fora, mas isso não quer dizer nada quando não conseguem nem entender notícias escritas em português. Comentaristas de sites de notícia não me deixam mentir.

  • Ciências

Fundamental, mas pouco abordada. Os livros são ridículos e a disciplina é ensinada por gente que não é da área. É o mesmo que colocar um russo que nunca saiu do interior da Sibéria para ensinar português. Eu não posso tirar ponto por erro de português porque não sou formado em Letras. Mas pedagogo pode dar aula de Ciências. Isso faz algum sentido? No Brasil, faz. Ciência tem que ser ensinada não com frescuras. A Química não é mostrar uma porrada de carbono emaranhado e ficar uns dois meses "dando aula" de cadeia carbônica. Foda-se que um carbono ligado a 4 átomos de carbono é um carbono quaternário. E daí? Só um psicopata dá aula de Ciclo de Krebbs para adolescentes e exigir eles façam contas e mais contas nas aulas de Física mostra uma única coisa: o programa montado foi elaborado por um bando de idiotas!

A propósito, Geografia deixou de ser ciência agora?

Agora, vejamos:

  • Filosofia

Inútil. Dane-se que Heidegger disse isso e Sócrates ficava sem ter o que fazer, puxando papo na Ágora. Não me venham com história que ele estava ensinando no dia da execução. A bem da verdade, nem se sabe se Sócrates existiu. Alguém faz os alunos pensarem? Sim, mas tem que ter por base gente do século XVIII pra trás. E mesmo que seja atual, obrigado, mas prefiro pensar por mim mesmo, mas se acha que isso é importante, experimente colocar SUA opinião em alguma prova de Filosofia e vejamos a reação daqueles toscos que se dizem professores.

  • Sociologia

Ela só serve para uma coisa. Formar professor de sociologia, que tentará lhe convencer que aquilo serve para algo. Mas quando eu estou na farmácia, passando por uma ponte, comprando detergente, instalando uma caixa d’água ou colhendo uma alface na minha horta, pergunto-me: em que a Sociologia contribuiu para essas coisas?

  • Religião

Minha opinião é "depende". Se você é católico e pretende que seu filho seja católico, claro que você não vai matriculá-lo num colégio judaico (eu estudei em colégio católico e um dos meus colegas era judeu. O mundo é estranho). Claro que num colégio público, dada a ampla diversidade, isso seria inaceitável (não que a realidade seja como deveria ser, é claro). Num colégio particular, é problema seu, pai. Se você quer matricular ali, não reclame depois.

Nos EUA há um projeto que visa estimular o ensino de programação nas escolas. Programar envolve organização, método e raciocínio. Não é uma questão de escrever sintaxes e comandos. Todo começa com "o que diabos eu quero que esta porcaria de programa faça?". Organizar pensamentos é muito difícil. Ordenar execuções é complicado e decidir o que fará o que é garantia de dor de cabeça na certa se você não usar isso aí que você tem em cima do pescoço. Linguagens de programação voltadas para crianças não faltam. O que falta é gente gabaritada para ensinar.

Entendam, não adianta colocar um nerdão que é "o cara" na hora de programar. O problema está em ensinar, e isso não é pra qualquer um. Não se pode esperar que a criança descubra tudo sozinha, ela precisa de alguém que oriente. E isso acontece com o ensino de Ciências também.

Estudo de caso: Pegue uma lata de coca-cola. Coloque um dedo de água e leve ao fogo. Quando a água entrar em ebulição e liberar uma boa quantidade de vapor, emborque rapidamente esta lata numa bacia com água fria. A lata irá ser esmagada. Por quê?

Não, a criança não chegará sozinha à conclusão que foi o ar externo quem fez aquilo, mediante a pressão atmosférica. Se for para a criança se virar e aprender sozinha, então não precisamos de escolas e muito menos de professores. Ou então todo mundo acreditará que água conduz eletricidade.

Penso que juntamente com programação deveríamos ensinar engenharia. Por quê? Porque é Matemática, Física e Química aplicados. É ter um problema e resolvê-lo. É saber que um plano inclinado poderia fazer a água subir morro acima. Como? Ora, Arquimedes fez isso há mais de 2000 anos e você não sabe? Sem softwares, sem argamassas, sem os modernos materiais de construção, os romanos construíram a um imenso aqueduto. assim como construíram um magnífico sistema de banho público. Os árabes encheram de luz um mundo ainda nas trevas da ignorância. Nisso, os chineses abriram os olhos de meio mundo para a sua ciência. Herodes, o Grande, fez a maravilha arquitetônica que é o Herodium.

No Brasil, corta-se verbas do Ministério de Ciência e Tecnologia. Isso deve servir de indicativo de algo. Brinquedos educativos como os kits de Química e Meu Pequeno Cientista são uma sombra do que eram. Enquanto isso, vejo sites estimulando crianças a criarem projetos com coisas simples como palitos de sorvete e sucatas em geral. Há vários vídeos no YouTube sobre isso. Brasileiro? bem poucos e de turmas de engenharia e arquitetura. Muito difícil um de alunos de Ensino Fundamental. Ah, desculpem. Não podem, pois Pai Paulo Freire de Ogum não gosta disso.

Os projetos com Lego são legais, mas o aluno senta a bunda, executa os passos e acabou. Ele não projetou nada, não desenhou nenhuma alternativa, não criou nada. Sentou, fez o que mandaram ele fazer. Qual a graça disso? No máximo, existe o FLL (First Lego League), onde crianças de Ensino Fundamental competem com alunos de Ensino Médio, muitos com pais, tios e amigos que são engenheiros, e só uma alma pura e cândida achará que os campeões não recebem nenhuma ajudinha sequer, cujos projetos são só dos alunos.

Deveríamos dar desafios, criar pontes com palitos de sorvete, estruturas com palitos de churrasco, fazendo as treliças com palitos de dentes. Engrenagens, polias, roldanas, transmissões etc. Ensina-se colocando duas seringas com água ligadas por um tubinho plástico e mostram pros alunos um sistema hidráulico. Weeeeee, quando eu aperto o êmbolo de um, o outro expande. U-AU! E só. ninguém pede pros alunos: idealize uma utilização prática.

A verdade é que escola se tornou deposito de crianças. Pais não fazem questão de saber o que eles aprenderam. Dão um notebook, tablet etc e mandam pro quarto pra não encherem o saco. Ou então, uma pipa e "vai brincar lá fora".

No final das contas, o aluno vai decorar besteiras para passar num vestibular qualquer. Os mais pobres entrarão por cota. Na faculdade, eles terão aulas inúteis (como Sociologia, Filosofia etc.), apenas por causa do ideal de estar numa universidade, sendo que a função de uma universidade é pesquisa, mas pesquisa no Brasil é algo pífio. Os universitários saem sem saber nada de útil, vão pro mercado de trabalho sem sequer entender o que é este "mercado de trabalho"; mas, no final, tudo isso fechou com chave de ouro todas as necessidades: os pais se livram dos filhos, as escolas ganharam dinheiro e o governo fingiu que fez algo que prestasse para garantir reeleições e mais reeleições.

Nenhum dos três lados tem interesse em mudar. Este é o Brasil, o país com mais de 50% dos universitários com analfabetismo funcional.


PS. O que foi de legal que SEU filho criou hoje?

39 comentários em “Ensinar engenharia para crianças nos colégios deveria ser obrigatório

  1. “..experimente colocar SUA opinião em alguma prova de Filosofia e vejamos a reação daqueles toscos que se dizem professores.” Não só filosofia…

    Mande os “professores” descerem de seus pedestais e incentivar as crianças a mostrar suas idéias e prová-las. Tem muito mestre, do “pré” ao “doutorado” que simplesmente cortam as pernas de seus alunos, impedindo o raciocínio próprio. Eu fui punido, no antigo segundo ano de colégio técnico, por ter demonstrado que o professor de telecomunicações estava errado. Só como exemplo. É o “puder”.

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    1. Eu acho tão engraçado esses caras que s]ao tão fodões mas não conseguem sobreviver no mundo real, daí acabam indo servir de biscateiros de ensino. O que eu já vi de doutor em Química escrever merda, não tá no gibi. Muitos deles nem sabem escrever corretamente. Mas tem os doutores em Educação, que nunca colocaram as patas em sala-de-aula. É meio como vc precisar tirar um tumor do cérebro e o cara que vai lhe dizer ao cirurgião o que fazer nunca viu um cérebro de verdade pela frente nem entrou numa sala de cirurgia.

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  2. André, interessante o seu texto.

    Nessa parte “Atualmente, temos que formar cidadãos críticos.”, é exatamente o que mais ouvimos na área da educação. Infelizmente, a palavra crítica nesse meio virou sinônimo de falar mal do capitalismo e repetir um “marxismo vulgar”.

    Quanto a tornar o ensino de engenharia obrigatório, caímos num dilema. Se for no atual modelo de ensino, o ensino ficará abarrotado com mais conteúdos. Quer dizer, ele já é lotado de conteúdos, mesmo antes da obrigação de sociologia e filosofia.

    Assim, concordo com o ensino de engenharia, mas num ensino médio dividido em áreas acadêmicas, como o sistema europeu. Acho de mais valia um ensino secundário dividido do que o caminho único brasileiro. E colocar o ensino profissionalizante como outro caminho após o ensino fundamental. Ao contrário do modelo atual, que joga para ser feito junto com o ensino médio ou após este.

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  3. Uau , André , será que brincou com um kit de química quando criança ?
    Quando eu era criança meu pai me deu um kit de química com dezenas de experimentos para demonstração de fenômenos químicos. Nos moldes atuais de defesa do consumidor absolutamente inviáveis. Se algo ocorrer com a criança vai dar processo na certa. Maldita hipocrisia legal. Os n produtos químicos que compunham o kit , apesar de extremamente diluídos eventualmente poderiam causar algum problema de saúde se ingeridos. E tinha experimentos que usavam tubos de ensaio de vidro e aquecimento por fogo. Porém o kit era maravilhoso! Fiquei fascinado por semanas , até acabar com os reagentes.
    E depois tive também o kit chamado “Engenheiro Eletrônico”, que era uma reprodução em português de um kit americano. Dava para montar 22 circuitos com um número mínimo de peças. Passei anos utilizando esse kit. De tempos em tempos montava os circuitos e estudava de novo, tal qual a moda de soltar pipas em uma época do ano. Acabei optando pela engenharia e concordo plenamente em ensinar tecnologia aplicada desde o ensino fundamental , despertando a curiosidade das crianças para a ciência desde cedo.

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  4. Confesso: só depois de procurar no “Grogui” o que era capsaicina, eu entendi a relação com a escravidão.
    Conclusão: estou muito burro!!!

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  5. Muito bom, André. Assino em baixo. Acrescento ainda uma disciplina que deveria ser ensinada desde o ensino fundamental: noções de direito e legislação. O fato é que a maior parte das pessoas não faz a menor ideia das leis que rege a própria vida delas em sociedade. Eu mesmo sou um destes ‘inguinorantes’, e só agora depois de adulto estou, por conta própria, prestando mais atenção nesta questão.

    Já imaginou uma disciplina chamada “Estudo da Constituição Brasileira”? Ou do código civil? Imagina se as auto-escolas realmente ensinassem o código de transito brasileiro aos recém-condutores?

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    1. Me lembrei de uma reportagem na qual a polícia rodoviária federal grampeou um carro de uma auto-escola. O policial perguntou ao instrutor se ele sabia por que tinha sido parado e multado. O instrutor ficou no “mas… mas…” e o aluno disse “hã… é porque é proibido lições de auto-escola em rodovias?”

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  6. Na próxima edição do “Voz dos Alienados”, use esse post. Você entende tanto de educação quanto os religiosos de ciência.

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    1. Quais religiosos? Francisco Ayala, Ken Miller, Lemâitre, Mendel, Guy J. Consolmagno, Francis Crick etc?

      PUXA, OBRIGADO!

      Nome de pedagogos que melhoraram a Educação:
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      Ops, mal aê

      (e, obviamente, foi expulso. Só estou adiantando o inevitável

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    2. @Andrey, Andrey,deixe de ser ateu de fim de semana.Para seu governo,Georges Lemaitre era um padre belga que ousou desafiar o grande Einstein,que acreditava que o universo era estático.Lemaitre tinha convicção que o universo estava em expansão,mas ninguém lhe deu muita bola,pois Einstein gozava de grande prestígio na época.Somente depois de algum tempo,Edwin Hubble colocou um fim na disputa,provando que o religioso estava certo.Por ironia,um dos”pais” do BIG BANG era um padre católico.

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  7. Muito bom. Ensinar engenharia realmente seria interessante, afinal estimularia as crianças a aprender a criar coisas. Outra disciplina que penso que também deveria ser ensinada é medicina, nem que fosse o básico. O aluno conhecer e identificar doenças comuns, aulas de primeiros socorros, etc. Mas, infelizmente não tenho muita esperança de que isso vá ser implantado no Brasil.

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    1. Outra disciplina que penso que também deveria ser ensinada é medicina, nem que fosse o básico

      Antigamente, existia. Era chamado “Programa de Saúde”, mas saiu do currículo escolar há décadas.

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  8. “Penso que juntamente com programação deveríamos ensinar engenharia. Por quê? Porque é Matemática, Física e Química aplicados. É ter um problema e resolvê-lo.”

    De pleno acordo.

    “Formar professor de sociologia, que tentará lhe convencer que aquilo serve para algo.”

    Isso na melhor das hipóteses. Em contrário, quando estão em determinadas ONGs que dão direitos humanos… a cidadãos nada humanos.

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    1. @Cavalcanti, Pois é, né. Para mim, as ciências naturais são as que mais devem ser ensinadas/aprendidas. Saber Física, Química, Biologia, Astronomia, Ciências da Terra, ensinará-me muito mais sobre o Universo, a natureza. Agora, saber sociologia, religião, e outras coisas que só servem pra encher o saco e o tempo, o que elas me ensinarão?

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  9. Eu realmente não sei com que filosofia você tem contato, juro que não. Mas engraçado é que sempre que um crente passa por aqui, você cita dois filósofos da ciência: Popper e kuhn (e sim, kuhn, apesar de ser físico, teve de queimar muito as pestanas estudando história da ciência e filosofia para falar o que falou, e no fim da vida ele dizia que era um filósofo e não um físico). E o engraçado é que esses dois filósofos da ciência, apesar de serem importantes, já tem suas ideias contestadas, principalmente o Popper.

    Desculpe aí, cientificista, mas a filosofia consegue apontar diversos e diversos problemas a respeito das ciências naturais (conhece o problema da argumentação infinita, já colocada pelo Platão, e dos limites dos instrumentos científicos, os quais dependem dos nossos cinco sentidos para serem construídos e utilizados? Sobra até para sua amada química e o problema do conhecimento das propriedades de um elemento.) Pare de preconceito com a disciplina só porque algum estudante veio falar de Heidegger para você (que não era filósofo e sim autor de auto ajuda).

    Ah sim, vou colocar umas obras aqui. Só aceito suas críticas à filosofia depois de você tê-las lido. Antes disso, não dou a mínima para o que você fala ou deixa de falar a respeito da filosofia.

    Bertrand Russell – Introdução à Filosofia Matemática
    Filosofia das lógicas – Susan Haack
    O que e Ciencia Afinal – Alan Chalmers
    A Redescoberta da Mente – John Searle
    Daniel Dennett – Brainstorms
    Willard Van Orman Quine – De um Ponto de Vista Lógico

    E pode começar com as notas desse curso
    http://www.fflch.usp.br/df/opessoa/FiFi-12.htm

    Ah, sim, o dia em que as ciências naturais responderem o que é a consciência, a sensação do eu, as experiências pessoais eu me torno um cientificista radical como você. E veja bem, não estou falando que não gosto de ciências naturais. Acho que é o melhor que nós temos para conhecer a natureza. Mas por ser o melhor, não significa que não tenha problemas, e graves. Mas para saber quais são, tem de estudar filosofia da ciência, da metafísica, da lógica, da linguagem, da mente, etc.

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    1. Eu realmente não sei com que filosofia você tem contato, juro que não.

      Ué. Euy também não sei em qual colégio vc foi matriculado, mas, com certeza, não era um que ensinava interpretação de textos.

      Mas engraçado é que sempre que um crente passa por aqui, você cita dois filósofos da ciência: Popper e kuhn (e sim, kuhn, apesar de ser físico, teve de queimar muito as pestanas estudando história da ciência e filosofia para falar o que falou, e no fim da vida ele dizia que era um filósofo e não um físico).

      “Kuhn, apesar de ser físico”. É preciso muita força para se autocontradizer. E Kuhn defendia o uso de experimentos.

      E o engraçado é que esses dois filósofos da ciência, apesar de serem importantes, já tem suas ideias contestadas, principalmente o Popper.

      Até eu sou contestado. E olhe que eu sou eu. Agpora, se vc se dignar a LER a porra do texto, senhor felózofo, eu critico o ensino da porra da merda do cacete da filosofia vagabunda que é ensinada nos colégios/faculdades. Mas, claro, somente pessoas cultas conseguiriam perceber isso. Vamos falar de filosofia? Que tal o sociopata do Wittgenstein com sua mania de gritar igual a um alucinado e sair batendo portas quando qualquer um discordava dele, a ponto de ameaçar o próprio Poper com um atiçador de lareira?

      Desculpe aí, cientificista, mas a filosofia consegue apontar diversos e diversos problemas a respeito das ciências naturais

      O Popper disse que Evolução não era admissível como teoria científica. :mrgreen:

      Mas, vejamos, grandes questionamentos científicos: Hattie Alexander nos deu uma vacina contra a Haemophilus influenzae. O que a Marilena Chauí nos deu? Carothers nos deu o nylon, o que o Foucault nos deu? Eu sei que na hgora que a dondoca aí está com dorzinha de cabeça, corre logo pra primeira farmácia.; Cheme um sociólogo então, de forma que ele diga que isso é devido à sua culpa burguesa.

      Sobra até para sua amada química e o problema do conhecimento das propriedades de um elemento

      A Química não se importa se um psicopata e usa cianeto de potássio para matar alguém. Mas EXPLICA porque o cara é um psicopata.

      Ah sim, vou colocar umas obras aqui.

      NENHUMA adotada em aulas de filosofia em colégios (e muito menos em facurdadis).

      E pode começar com as notas desse curso

      Obrigado. Posso ficar com vontade de fumar maconha ao tentar ver alguma utilidade para aquilo lá. Mas… hummm, um curso da USP. Bem, ela tem curso de Homeopatia. Estão em mesmo pé de igualdade.

      Enquanto isso, nos inúmeros artigos científicos brasileiros publicados.. Ops, desculpe, quem lidera é a China e a Índia. Um país que não consegue ser autossuficiente em feijão e tomate so resta masturbação filosófica, mesmo.

      Ah, sim, o dia em que as ciências naturais responderem o que é a consciência, a sensação do eu, as experiências pessoais eu me torno um cientificista radical como você

      O que é mais importante? Derwscobrir o “eu” ou pesquisar a cura do Alzheimer, autismo etc? O que é mas importante? Descobrir porque vagabundo insiste em ser maconheiro ou descobrir novos materiais para construção?

      Mas na hora da dorzinha de cabeça…

      E veja bem, não estou falando que não gosto de ciências naturais. Acho que é o melhor que nós temos para conhecer a natureza. Mas por ser o melhor, não significa que não tenha problemas, e graves.

      MEU DEUS! Descobrimos que há planetas extra-solares! Como isso influenciará a nossa sociedade capitalista?

      Mas para saber quais são, tem de estudar filosofia da ciência, da metafísica, da lógica, da linguagem, da mente, etc.

      E funkeiras bundudas como expressão da cultura brasileira. ISSO SIM, é importante. Nanomateriais? BAH!

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  10. Gosto do seu site, gosto dos seus artigos, mas acho seu preconceito com a filosofia uma coisa boba.

    E se estudasse história e filosofia da ciência mais a fundo, veria que humanidades é sim uma coisa importante (você sabia que o método utilizado por Einstein para formular a teoria da relatividade é um método MEDIEVAL? O mesmo utilizado diversas vezes por Galileu o método das experimentações ideais. Ou você acha que os dois faziam muitas experiências empíricas?)

    E por falar no físico do cabelo doido, deixo aqui um texto sobre ele:

    Albert Einstein como filósofo da ciência
    http://criticanarede.com/cie_einstein.html

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    1. Gosto do seu site, gosto dos seus artigos, mas acho seu preconceito com a filosofia uma coisa boba.

      E eu estou cagando pra sua opinião ao meu respeito.

      E se estudasse história e filosofia da ciência mais a fundo, veria que humanidades é sim uma coisa importante (você sabia que o método utilizado por Einstein para formular a teoria da relatividade é um método MEDIEVAL? O mesmo utilizado diversas vezes por Galileu o método das experimentações ideais. Ou você acha que os dois faziam muitas experiências empíricas?)

      Sim, sei. Sei até que experimentos mentais eram feitos até por Aristóteles e PLatão. Por isso eles atrasaram a Ciência em 500 anos, pobre apedeuta.

      E por falar no físico do cabelo doido, deixo aqui um texto sobre ele:

      Albert Einstein como filósofo da ciência

      Apelo à Autoridade? Engraçado como metidos a felózofos sempre caem nas falácias mais idiotas.

      Vai, ensina ao seu filho como é importante discutir as vicissitudes do ser humano. Enquanto isso, um chinesinho está se preparando para ganhar um prêmio Nobel no futuro.

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    2. @Rei Childerico, [i]Gosto do seu site, gosto dos seus artigos, mas acho seu preconceito com a filosofia uma coisa boba.[/i]

      Tá, agora nos diga o que a filosofia fez de bom para a humanidade. :grin:

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  11. Engenharia nada, quanto mais burro o filho do pobre, melhor. Se a educação fosse a la André, a concorrência iria lascar o filho do político

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    1. Vocês partem do pressuposto errado que filho de políticos e gente endinheirada quer saber mais de estudo que pobre. Se fosse assim, colégios particulares caros seria academias de gênios. Pena que existe uma coisa chamada “realidade”.

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      1. @André, Sem querer ser chato, mas eu acho que você não entendeu o que Gestas quis dizer…
        Acredito que a intenção do comentário dele é que o ‘filho do político’ tem emprego garantido, independente da educação.
        Atualmente o Brasil sofre da formação baseada no coitadismo e na auto-aprovação pregada pelos Pedabobos.
        Já se a educação fosse ‘a la André’ estaríamos vivendo uma meritocracia, e haveriam mais profissionais competitivos. Assim os empregos garantidos dos filhinhos-de-papai estariam em perigo.

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  12. Ótimo texto, eu como aluno ainda do primeiro ano do ensino médio vi muitas (85% delas no mínimo) das minhas aulas sendo descritas. Há um nítida falta de vontade de mudar, nem sequer querem levantar a cabeça e perceber isso. É muito aula inútil e outras com potencial para serem úteis, mas que não recebem a mínima atenção e msm aquele que tentam mudar algo são caçados e crucificados por aqueles que mais deveriam estar revoltados com isso: os alunos. E para piorar não existe nenhuma perspectiva de mudança, pelo menos, onde eu estudo nunca sai do blá-blá-blá

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