5 descobertas magníficas da Arqueologia

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Arqueologia é uma ciência fascinante. Ela nos conta sobre nossos antepassados e nos ensina como eles viam o mundo de sua época. Muitas das descobertas mudou muito nossas concepções sobre os Antigos, seus modos de vida, suas cidades e a forma como tocavam seus interesses.

Algumas das descobertas são impressionantes e resolvi fazer uma lista, mas não apenas das pirâmides, esfinge etc. Ainda assim, claro, tem Egito no meio. Essas são 5 descobertas magníficas da Arqueologia.

EXÉRCITO DE TERRACOTA

O Exército de Terracota foi descoberto em 29 de março de 1974 por fazendeiros que cavaram um poço de água a aproximadamente 1,5 quilômetros a leste do túmulo de Qin Shi Huang, o primeiro imperador da China, no Monte Lishan. Vários arqueólogos em Xian, na China, fizeram uma escavação que se tornou a descoberta da maior arte funerária de todos os tempos.

São milhares de esculturas de soldados de barro, enterrados perto da tumba do imperador Qin. Cada estátua retrata um soldado com feições únicas, e embora se representaram pessoas vivas, foram enterrados com ele para a proteção de diferentes forças após a morte num antigo complexo de câmaras com cerca de 2200 anos.

As estátuas hoje estão descoradas porque foram expostas ao tempo e o ar oxidou as tintas, mas na época que foram feitos exibiam cores vias, algumas podendo ser vistas hoje, por estarem bem protegidas.

Foi construído um complexo de museus sobre a área, o maior poço sendo cercado por uma estrutura coberta.


PALÁCIO SECRETO DE RAMSÉS II

Localizado nas ruínas da antiga cidade egípcia de Abidos, ao lado do templo real do faraó Ramsés II, foi encontrado um outro palácio. Abidos era o lar de uma necrópole real onde se pensa que faraós das primeiras dinastias – como Qaa da primeira dinastia e Peribsen da segunda – foram sepultados. Ao investigarem uma passagem de pedra na entrada do templo, a sudoeste, os pesquisadores encontraram um caminho que levou ao palácio secreto, que continha exemplos chamativos disso aqui:

Este cartucho traz a marcação hieroglífica específica para Ramsés II.

O palácio é feito de calcário e tijolos de barro, com piso de calcário, com um segundo salão sustentado por uma coluna de arenito. Lá lintéis (peças assentadas nas ombreiras servindo de acabamento da parte superior de portas e janelas) contendo inscrições reais podem ser vistas.


AS IMENSAS CABEÇAS DOS OLMECAS

A civilização olmeca surgiu das florestas pantanosas da Costa do Golfo do México entre 400 e 1.400 A.E.C., sendo tida como “a cultura-mãe da Mesoamérica”. Em 1862, um fazendeiro achou uma colossal cabeça de pedra. Foi a primeira de 17 cabeças semelhantes ainda a serem recuperadas, consideradas retratos de governantes olmecas.

“Olmeca” significa “povo da borracha”, já que eles já conheciam seringueiras e muito provavelmente já ouviam piadinhas sobre tirar leite do pau; mas deixando isso de lado, as estátuas têm entre 1,5 e 3 metros de altura, cada uma pesando mais do que um elefante adulto. Eles retratam homens mal-humorados com olhos amendoados, nariz chato e lábios carnudos. Mas cada cabeça tem uma aparência única, expressão e touca, apoiando a ideia de que as pedras esculpidas representavam líderes específicos.

Na região que foram encontradas as cabeçorras, não há pedras daquele tamanho, e ainda não está claro como os olmecas transportaram essas rochas maciças, eventualmente esculpidas e exibidas nas praças centrais. E várias cabeças parecem ter sido quebradas e enterradas há muito tempo, levando alguns arqueólogos a pensar que os antigos destruíram deliberadamente estátuas antigas à medida que novos governantes tomavam o poder.


VÊNUS DE WILLENDORF

Apesar de ser imensa, esta estatueta de quase 30.000 anos tem apenas dez centímetros de altura, mas sua importância histórica é gigantesca. Suas formas fartas (ok, gordinha, peituda) não possuem pés ou características faciais. Alguns diriam que é criação de Rob Liefeld, mas há quem discorde. Ela apresenta tranças ou talvez uma touca de tricô.

Arqueólogos encontraram a estatueta em 1908, cerca de uma semana em escavações em Willendorf II, um local austríaco ao longo do rio Danúbio, a cerca de 80 km de Viena. Ao longo dos anos 1900 e 2000, várias outras escavações ocorreram lá, com métodos cada vez melhores, que desenterraram duas estatuetas de Vênus menos famosas e centenas de ferramentas de pedra.

Não se sabe bem por que as pessoas daquela época esculpiram essas figuras, mas dados os seios voluptuosos e lábios vaginais pronunciados, a interpretação corrente é que estas estatuetas serviam como símbolos de fertilidade ou itens pornográficos.


PEDRA DA ROSETA

A Pedra de Roseta é, ao meu ver, uma das maiores descobertas da Arqueologia. Não apenas isso, ela mostra o que muitos dos esforços para a procura e estabelecimento de comunicação com vida inteligente fora da Terra pode ser em vão.

Trata-se de uma estela, um decreto sacerdotal esculpido em pedra emitido em 196 A.E.C., estabelecendo o culto divino do rei Ptolomeu V no primeiro aniversário de sua coroação. Para deixar claro o poder de Ptolomeu V, o escriba esculpiu a mensagem num pedaço de rocha negra com 1,20m altura e pesando 880 kg. Ele o fez três vezes seguidas em diferentes idiomas: hieróglifos formais do Egito antigo e sua versão em demótico (um estilo de egípcio mais casual e cursivo) e grego antigo.


Não são as mesmas frases. Eu não sei ler hieróglifos e demótico

Foi descoberta em 1799 por soldados franceses durante a campanha napoleônica no Egito, indo para Londres depois que as tropas britânicas derrotaram os franceses em 1801. O grego antigo já era conhecido e ele foi a chave para decifrar os hieróglifos, tendo demorado mais de 20 anos até Jean-François Champollion decifrar o código com sucesso.

Um terço da inscrição está faltando, e muito certamente perdida para sempre, mas só o pedaço que sobrou foi útil para ajudar a decifrar os confusos hieróglifos, ou ainda estaríamos batendo cabeça até hoje. E ainda esperam que uma civilização que sequer será humana, muito menos com uma cultura minimamente similar à nossa, escrita nem se fala, entendendo nossas mensagens que não fazem sentido nem pra outras civilizações do planeta.

Ou, talvez, haja alguma pedra da Roseta sideral esperando para servir de intérprete. Mas eu duvido.

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