Smartphone é nova arma de “altíssima” tecnologia para encontrar mosquitos da dengue

Doenças não são legais. Ainda mais quando elas causam sérios problemas como dengue, Chikungunya e zika. Você não quer nem ter um resfriado, quanto mais estas doenças. O mais interessante, entretanto, é que bactérias, em especial as do gênero Wolbachia, conseguem impedir a transmissão do vírus do dengue e seus amigos. Eu já postei artigo sobre elas AQUI, AQUI, e AQUI. Seria legal termos um meio de diferenciar os mosquitos que estão infectados com a Wolbachia, certo? Que tal usar o seu smartphone?

A drª Sanchita Bhadra é pesquisadora do Departamento de Genética Molecular e Microbiologia da Universidade do Texas. Todos sabemos que quem mora no Texas anda de pernas abertas, tem 523 armas e fala como John Wayne. Não sei se é o caso de Sanchita, já que este parágrafo é só pra encher linguiça, mesmo. O importante, mesmo, é saber da sua pesquisa (a da Sanchita, não a sua, sua).

A ideia da drª Badhra era conseguir uma ferramenta de diagnóstico simples, barata e eficiente para testar mosquitos quanto ao seu tipo de espécie e a presença de bactérias Wolbachia. Câmeras de celular seria algo que atende muito bem.

O mosquitão do mal Aedes aegypti é um miserável capaz de infectar cerca de 100 milhões de pessoas anualmente com doenças como dengue e zika. Uma forma de reduzir a transmissão viral é infectar simultaneamente os mosquitos com Wolbachia. Difícil? Sim. Impossível? Nem um pouco!

O problema é que visualmente, um mosquito contaminado com a Wolbachia e outro não infectado são iguais. A diferença seria por meio do ácido nucleico. Dessa forma, Badhra e seu pessoal usaram os poderes místicos da química dos ácidos nucleicos para criar essas sondas que são capazes de “ler” com precisão os ensaios. Quando as sondas se ligam ao seu DNA-alvo, elas produzem um sinal visível. Na ausência de DNA alvo específico, nenhum sinal é gerado. E essa leitura é tão visível que qualquer câmera de celular é capaz de registrar.

Em um teste cego de 90 mosquitos capturados no campo, os pesquisadores demonstraram 98% de especificidade e 97% de sensibilidade na identificação do A. aegypti, mesmo após três semanas de armazenamento sem dessecante a 37ºC!

Curtiu, né? Então, corre pro periódico PLOS Neglected Tropical Diseases que a pesquisa tá toda lá.

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