Pesquisa japonesa garante: Bactérias conseguem viver no Espaço. Só não garante que não nos escravizarão

Vida em outros planetas é sempre uma possibilidade, mas é preciso entender uma coisa básica: será que eles conseguiriam sobreviver? Volta e meia alguém aparece com a teoria da panspermia, que efetivamente não soluciona como a vida surgiu na Terra; afinal, ela teve que surgir de algum jeito em outro lugar. Como? Será que o que temos aqui seria capaz de sobreviver lá fora?

Uma pesquisa japonesa que começou em 2015 parece ter algumas respostas e mais um zilhão de perguntas. Uma das respostas? Sim, bactérias podem viver no espaço, tomando radiação ultravioleta no quengo. O “como” foi uma das perguntas.

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Fez faxinão? Segura aí até saber o que você libertou

Ei, você aí! Você, mesmo! Eu sei que você detesta sujeira e mete desinfetante em tudo, joga cloro pra todo lado, usa lança-chamas se deixarem! Finalmente, você conseguiu se livrar daqueles malditos germes, germes, germes pra todo lado! Finalmente, sua casa está limpa, certo?

Isso é o que você pensa, mas tenho más notícias: você não só não está com a casa 100% livres das bactérias, mas se estiver, fica tranquilo aí que você abriu espaço pros fungos tomarem conta.

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Pesquisador criam chip para fofocar a vida secreta do seu intestino

Você não é nada sem seu intestino. O malvadão é que aguenta toda a merda que você apronta. Não apenas isso, você também não é nada sem as bactérias que estão lá, ainda mais que estas mesmas é que vivem na merda. As células do intestino e as queridas bactérias estão sempre lá, juntinhas, mas ainda não se sabe em detalhes como é essa relação entre o casalzinho.

Entretanto, isso vai mudar com uma nova pesquisa, que estuda a fabricação e utilização de um chip microfluídico que permite que bactérias e células epiteliais humanas sejam co-cultivadas, de forma que possamos entender e identificar o papel do microbioma lá naquele recantinho que você finge que não existe, até dar a primeira infecção.

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Antibiótico demais faz mal. De menos faz mal. Quando tá bom?

Infecções não são brincadeira, mas do jeito que andam as coisas, é pior ainda quando pessoal usa antibiótico como, bem, como brincadeira. Já falamos várias vezes como o uso indiscriminado de antibióticos acarreta em superbactérias, aquelas bactérias hiper-resistentes do mal que não são mortas facilmente com algo mais fraco que uma GAU-8 Avenger. O problema então é saber: QUANTO dar de antibiótico e QUANDO é hora de parar?

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Bactéria já é ruim, quando auxiliado por sistema imunológico é pior ainda

O Clostridium difficile já traz no nome que não é brincadeira. Este bacilo (uma bactéria mais sacana que as outras) é que nem o seu cunhado. Assim como aquele inútil está se servindo do conteúdo da sua geladeira, a C. difficile é um comensal do trato gastrointestinal. Assim como o seu cunhado, que só lhe traz dor de cabeça, o Clostridium é responsável por doenças gastrointestinais, que variam desde uma diarreia até uma colite pseudomembranosa. Você não quer contrair uma colite polimembranosa, a infecção mais comumente adquirida em hospitais.

Agora, uma pesquisa aponta como alguns pacientes são altamente suscetíveis a infecções por cauda do C. difficile, fornecendo aos médicos uma maneira de prever a gravidade da doença e apontando para uma nova maneira de tratar essa desgraça. Já pro seu cunhado fica difícil e médicos recomendam tratamento à base de ferro. De preferência sob a forma de barra, na cabeça dele.

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Químico eletrocuta bactérias e elas ficam serelepes

Lembram do artigo sobre a bandagem elétrica que acaba com biofilmes de bactérias? Aí você ficou: MUAHAHAHAHA, mete eletricidade nessas disgramadas e mandem-nas pro Inferno das Bactérias. MUA-HA-HA! Agora, imagine que você está dando um rolé num parque e vê uns caras colocando eletrodos numa piscina natural para dar uns choques no que tiver á e descobre que as bactérias lá não só estavam vivinhas da silva como adorando a eletricidade a ponto de se alimentarem dela. Bizarro, não?

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Pesquisa esclarece como bandagem elétrica ajuda a cicatrizar e mandar bactérias pro além

Bandagens são uma tecnologia de uso médico conhecida desde os antigos egípcios, que aplicavam tiras de algodão, algumas vezes embebida em betume para imobilização. Elas ajudam a cicatrização ao não expor feridas abertas ao ar, cheio de “humores capazes de fazer espíritos malignos entrarem”, se por “espírito maligno” você entender como bactérias.

Milênios depois, surgiram as bandagens elétricas, isto é, bandagens pelas quais circulam corrente elétrica. A primeira patente data de 1940. O problema é que essas bandagens elétricas até funcionam, mas não se sabia direito o motivo, só que uma pesquisa pretende explicar o que acontece quando a gente eletrocuta o local, mesmo com correntes pequenas. Afinal, isso é cadeira elétrica para bactéria?

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Bactéria influencia café, dizem cientistas que ganharam verba pra tomar café (eu aprovo!)

As notícias de saúde sempre variam. Entre novas formas de combater o Alzheimer (todo dia inventam um tratamento promissor. Se usarem todos ao mesmo tempo, curam o Alzheimer de vez). Tem o lance que semana que o ovo faz bem, para na semana seguinte o ovo fazer mal. Café é a mesma coisa. Aí aquele bando de hipsters metidos a barista ficam medindo o tempo de fermentação, secagem, torragem etc. no final, se der café Capital, vão beber e achar maravilhoso nesses Starbucks da vida, com seus cafés horríveis, quando sabemos que café bom é café de boteco de subúrbio, feito cm água de procedência nada duvidosa, pois você sabe bem de onde ela veio, só não se importa.

Agora temos uma pesquisa (muito provavelmente candidata ao IgNobel) mostrando que bactérias do ácido láctico desempenham um papel importante e positivo no tratamento dos grãos de café, o que [e muito irônico, pois é praticamente bactéria de café com leite, mas sem leite no final das contas. Mas elas não são as únicas bactérias envolvidas no processo.

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Bactérias encontradas na ISS não deveriam estar lá. O que pode dar errado?

Você pode pensar que o ambiente hostil do Espaço não abrigaria formas de vida de qualquer forma. Pros próprios astronautas estarem lá já é um problema. Então, é pouco provável que não haja microorganismos, certo? Bem, se você pensou nisso, você é um idiota, já que quanto mais simples o organismo, maior será a chance dele sobreviver em qualquer lugar. Que o diga extremófilos na beira de um vulcão submarino.

Foram identificadas algumas cepas da bactéria Enterobacter, dando um rolé na Estação Espacial Internacional (ISS). Não é que essa bactéria fará algum mal, mas o problema é que ela não deveria estar ali.

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Pesquisadores investigam formação de biofilmes

Cirurgias têm seu risco. Não importa qual. Alguns riscos são maiores, outros são menores. Mas cirurgião não quer saber disso. ele não está lá pra ir na base do “vamos na base do mal menor”. Cirurgiões são levados a trabalhar nessas condições, mas não é suas preferências. Um dos principais problemas de cirurgias é que o corpo fica lá, abertão, e doido para ganhar de presente uma infecção.

Biofilmes são comunidades biológicas com um elevado grau de organização. Diferente da população brasileira, bactérias conseguem formar comunidades bem estruturadas, apresentando – para um serzinho tão diminuto – um grau de coordenação e funcionamento bem sofisticado diferente das reuniões pedagógicas que eu tenho a infelicidade de participar (se bem que pedagogos estão um degrau evolutivo mais baixo que bactérias, mas disperso-me).

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