E eis que ele, Senhor da Guerra resolveu que seus inimigos jamais teriam paz. Dois de seus mais severos soldados nos observam, instilando os sentimentos inspirados em seus próprios nomes: o medo e o terror: Fobos e Deimos.
– Das crônicas mitológicas que foram inventadas agora.
Nós temos boas explicações sobre como nosso satélite natural (Lua, para os íntimos) foi criado. Mas não devemos esquecer que Natureza não segue livro de receitas. Será que o processo se repetiu para os satélites de Marte? Afinal, como eles apareceram?
O dr. Pascal Rosemblatt é pesquisador do Real Observatório da Bélgica. Junto com vários outros cientistas, o dr. Pascal queria saber de onde vieram Fobos e Deimos, os satélites naturais marcianos. Ele não era lá muito fã da ideia que asteroides vieram zanzando por aí e acabaram capturados pela gravidade marciana. Mas se não foi assim, como eles apareceram? Zeus quis?
Uma das propostas é que Fobos e Deimos vieram de um grande choque entre Marte e um protoplaneta, meio que similar ao que aconteceu durante a formação da nossa Lua. O proto-planeta veio, acertou Marte em cheio e os pedregulhões voaram para tudo que é lado. Simulações computacionais feitas em países que não odeiam Ciência a ponto de não pagar a conta de luz dos supercomputadores conseguiram recriar as condições em que isso possa ter acontecido.
Mas calma. Isso explicaria a formação de UM satélite natural; só que são dois. Como foi, então? De volta pros cálculos!
Bem, Fobos e Deimos, então, teriam se formados ao mesmo tempo que Marte, o que implicaria que eles têm a mesma composição geológica do planeta-guerreiro. A baixa densidade parece ser um problema, então, voltemos à hipótese original: um porradão colossal jogou pedras para todos os lados (neste momento, um geólogo, com mãos em garras, grita em agonia), só que Marte é menor que a Terra, logo, sua gravidade não tratou de juntar todos os pedaços, que acabaram sofrendo processo de acreção, se tornando os dois satélites. Faz sentido, não?
E sim, tem videozinho:
A pesquisa teve a participação de várias entidades de pesquisa (adivinhem quem não estava lá), e os resultados foram publicados na Nature Geoscience. É Mais um capítulo escrito da história do nosso sistema solar. É mais um capítulo escrito sobre a história do Universo. É mais um capítulo sobre a história de tudo o que nos cerca, o que nos faz conhecer um pouco sobre nós mesmos.
NÃO SÃO PEDRAS!!! SÃO AEROLITOS!!!
CurtirCurtir
“Isso pode até ser um aerolito (mostra pedra pequena), mas isso é um aerolote (apontando para pedra grande).”
Chapolin “the imortal” Colorado.
CurtirCurtir