Todo ano, dede 1825, a Royal Institution realiza um círculo de palestras abertas ao público, focando mais crianças e adolescentes. São palestras feitas não só para educar ou sairia algo criado pelas malditas pedagogas, mas para instruir e, sobretudo, divertir.

Estas palestras são conhecidas como Royal Institution Christmas Lectures, as Palestras da Natal Royal Institution. Ali não é as babaquices travestidas de ciência que brasileiro faz, mas algo muito, MUITO bom, com conceitos de verdade, mas de uma forma bem demonstrada, apresentada por cientistas de renome.

Cada ano, um cientista é escolhido para apresentar a palestra, envolvendo um único tema, mas não raro que abranja várias disciplinas, pois não existe conhecimento isolado. Michael Faraday, foi quem começou estas palestras e era figurinha fácil ano após ano. John Tyndall, James Dewar, Robert Ball e muitos outros apresentaram as maravilhas da Ciência para um público que parecia se importar com o conhecimento (na medida do possível, já que isso começou na Revolução Industrial e a peãozada depois de trabalhar umas 16h no dia não estava com muita disposição física para aprender sobre ciência).

Abaixo, temos uma hora inteirinha de Curiosidades sobre Química, apresentada pelo físico teórico dr. Christopher Bishop, apresentada em 2011, para o Ano Internacional da Química. Vale cada minuto.

Claro, isso não é no Brasil, onde cientistas não têm tempo para divulgar ciência. Existe CURSO para divulgar ciência, com trocentas horas de aulas ministradas por pessoas que não divulgam ciência.

Um dia, quem sabe – quando o Brasil não estiver em último nos índices educacionais – talvez tenhamos algo assim para o público, mas aí veremos o que eu digo todo dia: se for na TV, irão mudar de canal, se for a vivo, as pessoas ficarão 4 minutos e perderão o interesse. Por quê? Porque brasileiro médio odeia ciência.

Agora, coloca um showmício com cantor de pagode ou culto religioso ao ar livre para ver o que acontece.