Você está familiarizado com o π, o famoso número irracional que é a razão entre a medida do comprimento de uma circunferência e o seu diâmetro. Você sabe, o valor é 3,14… ou é assim que arredonda, pois o valor dele é mais complicado ainda. Pensando nisso, alguns tentaram simplificar, nem que seja sob a forma de Lei, que foi o que tentaram fazer no estado norte-americano de Indiana, estabelecendo que o valor de π era 3,2 e fim de papo. Continuar lendo “Quando quiseram determinar Pi por força de lei”
Categoria Matemática
O dominó que derrubou o arranha-céu
Tem um experimento muito interessante, criado pelo professor Lorne Whitehead e ficou conhecido como Domino Chain Reaction (reação em cadeia de dominó), publicado no American Journal of Physics, em 1983. Ele estipulava que ao se colocar peças pequenas de dominó enfileiradas, em que o primeiro dominó tivesse 5 mm, o último seria capaz de seria capaz de derrubar um prédio. Mas seria mesmo?
Este é mais um Livro dos Porquês. Continuar lendo “O dominó que derrubou o arranha-céu”
Aviões tiroteios e como você é burro e acredita nas primeiras impressões
Algumas coisas parecem óbvias demais, mas de tão óbvias são descartadas. A análise de dados brutos leva a pensamentos toscos e erros grosseiros, mesmo achando que faz muito sentido. Nem sempre faz. Por exemplo, a piada contumaz é que se você se candidata a governador no Rio de Janeiro, seu destino será ir pra cadeia. Bem, o raciocínio é divertido, mas saindo do exagero, é extremamente burro. mesmo porque, se foi preso foi porque cometeu crimes. Que bom que quem comete crimes vai pra cadeia, não?
De novo, a análise grosseira leva achar que se você prende criminosos, você está errado.
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Domus aurea, a casa dourada de Nero
A luz entra difusa pelas janelas estreitas. A brisa suave corre pelo ambiente e faz as velas bruxulearem, e a luz explode em uma miríade de brilhos dourados, iluminando deuses, heróis e ornamentos. Um suave abrir de portas e um som de passos quebram a calma, mas não a majestade do lugar. As sandálias de couro finíssimo ressoam sobre o chão de mosaicos e o teto abobadado e totalmente decorado testemunham um deus passando… ou ao menos era assim que ele se via.
As mãos para trás, o senhor daquele lugar olha a obra terminada e, no salão central, assente com a cabeça em sinal de regozijada aprovação. Aquela, sim, era uma casa. Aquele, sim, era um palácio. Algo digno de um rei, de um imperador, de um deus. De finalmente um ser humano poder morar. Continuar lendo “Domus aurea, a casa dourada de Nero”
O deus visto pelo Senhor dos Telescópios
O Telescópio Espacial James Webb é um digno sucessor do Hubble. Apesar de eu ter desistido de postar sobre ele por parecer obra de igreja, as belíssimas imagens valem cada centavo, ainda mais que não saiu do meu dinheiro de impostos e os EUA não tem SUS< então é melhor gastar com Espaço, que tem mais retorno e benefícios.
Agora, o James Webb apontou seus espelhos pentelhosametricamente perfeitos para examinar Júpiter, o Grandão, e a imagem é maravilinda! Continuar lendo “O deus visto pelo Senhor dos Telescópios”
As nuvens que passam
O Rochedo de Gibraltar ou Coluna de Hércules é um rochedo com 427 metros de altura, localizado no território britânico ultramarino de Gibraltar, no extremo sul da Península Ibérica. Uma fabulosa colina rochosa ao sabor dos intempéries, como vento, chuva e nuvens passando por ele.
Olho cósmico: Do micro ao macro
O astrofísico Danail Obreschkow ficou conhecido por uma animação em que a câmera azia uma viagem do micro ao macro. Tomando do ponto de partida uma moça deixada no chão, a viagem vai para as mais longínquas distâncias no universo, conhecendo o quão vasto é o Universo. De repente, a câmera pára e volta, volta tudo. Chega até a moça e penetra (ops) no mundo das células, proteínas, DNA, moléculas, átomos e suas partículas. Uma viagem do muito, muito maior ao muito, muito menor.
A Lua dando um rolê pela Terra
Eu gosto das fotos da Lua e Terra juntas. Dá uma sensação de proximidade muito legal, mas essas fotos são enganosas. A Lua está, em média, a 384 mil km de distância, e isso é MUITO longe.
Grandes Nomes da Ciência: Jesse Ramsden
Medir é um problema sério. Já começa que todos os sistemas de medida são arbitrários. O cara pega algo que usa como padrão e pronto, tudo tem que se encaixar ali, e é daí que começam os problemas. Nos múltiplos, tudo uma maravilha. Nos submúltiplos e fracionamentos em geral é que começa a dor de cabeça.
Quando o comércio marítimo se intensificou no século XVI-XVII, estava cada vez mais necessário saber em que parte do mundo você estava. Não apenas isso, como chegar em determinada parte do mundo. Levando em conta que a Terra foi dividida em trópicos e meridianos, e estes levam em conta medições em ângulos, era de suma importância ter instrumentos capazes de trabalhar com frações de ângulos e arcos de ângulo. Continuar lendo “Grandes Nomes da Ciência: Jesse Ramsden”
As sacudidas da Lua
Estamos acostumados a astros orbitando o Sol, assim como a Lua orbita a Terra. Pensamos que est órbita é delicada e suave, e até pode ser, mas aos nossos olhos. A Lua tem uns “tremeliques”. Chamamos isso “libração”, do latim “librare”, que significa “balançar”, porque é esta a impressão que tempos: a Lua está dando umas sacodidas.