Novos fósseis primatas sugerem antepassado asiático dos humanos

Segundo a nova pesquisa na revista Proceedings of the Royal Society B, em 01/06, um novo fóssil de primata encontrado em Miamar (antigamente conhecido como Birmânia, e mais anteriormente do Rambo colocar os pés lá) sugere que o ancestral comum dos seres humanos, macacos e símios evoluíram a partir de primatas na Ásia, na África não como muitos pesquisadores acreditam. Obviamente, este é o ponto onde os débeis mentais começam sua ladainha escrota sobre o homem ter vindo do macaco, que nossa tia é a Chita ou qualquer outra idiotice vinda de gente que acredita em unicórnios, insetos que possuem quatro patas e morcegos são aves. E macacos são a designação genérica para 200 espécies de primatas. Os seres humanos descendem de um ancestral comum com os primatas. Nao do macaco, como dizem os religiosos.

Primeiramente, Quem veio do que? Homens e macacos vêm do mesmo tronco evolutivo, cada um se desviando para “galhos” diferentes. Homens são primatas simiiformes, ou seja, somos SÍMIOS (APE, em inglês). Símios, caros apedeutas de livro-de-suvaco, são quaisquer membros que pertençam à superfamília dos Hominidae; de uma forma leiga, podemos dizer que são macacos antropomorfos, numa clara alusão à semelhança corporal com os seres humanos (Hominidae => Homem, sacou?). Em outras palavras, é como dizer que qualquer macaco se se pareça com um ser humano (até nas atitudes, se bem que muitas pessoas fazem mais “macaquices” que os macacos em si). Como exemplo, podemos citar o próprio ser humano, gorilas e chímpanzés. Notou algo que eles tê em comum? Olhe pra trás de você e você saberá…

Exatamente! Nós não temos cauda (com “U”; calda com L você coloca no pudim). Então, se você pensa em continuar enchendo o saco com esta besteira de “o homem não veio do macaco”, dê Alt+F4 e jogue seu micro pela janela, pois você estará provando uma capacidade intelectual semelhante ao de um protozoário.

Voltando ao assunto – que é o que realmente interessa e não o que crente tem na cabeça –, o principal foco nas pesquisas paleoantropológica (paleo = antigo, antropos = homem, logos = estudo. Por favor, estudem prefixos e sufixos) reside nos estudos que buscam estabelecer a origem dos antropóides primatas (macacos em geral, símios e, claro, humanos). A pesquisa começa no mais primitivo dos primatas conhecidos como “prosímios” (POUGH, F. H., A Vida dos Vertebrados. Ed. Atheneu. São Paulo, SP. Segunda Edição.), como os lêmures, pottos, ayes-ayes, loris e galagos, por exemplo.

Antes das recentes descobertas na China, Tailândia e Miamar, a maioria dos cientistas acreditava que os antropóides eram originados da África. No início deste ano, a descoberta do esqueleto fóssil primatas conhecidos como “Ida” a partir do xisto betuminoso em um buraco na Alemanha levou alguns cientistas a sugerir que antropóide primatas evoluiu de antepassados semelhantes ao lêmure, chamados de adapiformes.

De acordo com o Dr. Chris Beard – um paleontólogo do Carnegie Museum of Natural History, em Pittsburgh, Pensilvânia e um membro da equipe internacional de pesquisadores que analisaram o novo primata, Ganlea megacanina, mostra que os primeiros antropóides foram originados na Ásia em vez de África. Estes primeiros antropóides asiáticos diferem radicalmente de adapiformes como Ida, Ida indicando que está mais estreitamente relacionada com os modernos lêmures do que aos macacos, símios e humanos.

Os fósseis de 38 milhões de anos, batizados como Ganlea megacanina, foram escavados em vários locais no centro de Miamar e pertencem a um novo gênero e uma nova espécie. O nome da nova espécie se refere a uma pequena aldeia, Ganle, perto do local original onde os fósseis foram encontrados, e aos dentes caninos muito alargados (mega = grande) que distinguem o animal a partir de primatas estreitamente relacionadas. A grande taxa de abrasão evidenciada nos dentes indica que o Ganlea megacanina usavam seus caninos para abrir cascas duras de frutas tropicais, a fim de extrair o valor nutritivo das sementes contidas em seu interior.

“Esse tipo de adaptação incomum para alimentação nunca foi documentada em prossímios, mas é característica dos modernos Parauaçus sul-americanos, que habitam a Amazônia”, diz o Dr. Beard. “Ganlea mostra que os primeiros antropóides asiáticos já tinham assumido o moderno papel ecológico dos modernos macacos 38 milhões de anos atrás.”

Ganlea e seus parentes mais próximos pertencem a uma família de antropóides extintos da Ásia, conhecidos como o Amphipithecidae. Dois desses, o Pondaungia e o Myanmarpithecus, foram descobertos anteriormente em Miamar, enquanto um terceiro, chamado Siamopithecus, tinha sido encontrado na Tailândia. Uma análise detalhada das suas relações evolutivas mostram que estão intimamente relacionados com a antropóides vivos e que todos os anfipitecos birmaneses evoluíram a partir de um único ancestral comum. Alguns cientistas argumentaram que tinham anteriormente anfipitecos que não foram antropóides totalmente, estando mais estreitamente relacionados primatas semelhantes aos lêmures adapiformes, revelando um elo mais íntimo ainda entre essas espécies.

A descoberta de Ganlea apoia firmemente a ideia de que os anfipitecos são antropóides, porque nunca evoluíram as capacidades necessárias para se tornarem predadores de sementes. Com efeito, todos os anfiitecos birmaneses parecem ter sido predadores de sementes especializados, preenchendo o mesmo nicho ecológico ocupado pelos modernos paruaçus da Amazônia. Durante o Eoceno (há cerca de 55 milhões de anos), quando Ganlea e outros anfipitecos viviam em Miamar, eles habitavam uma planície tropical que foi muito semelhante ao ambiente da moderna Bacia Amazônica.

Fósseis de Ganlea megacanina foram primeiramente descobertos em Miamar, em dezembro de 2005. O trabalho de campo é uma longa colaboração de cientistas de várias instituições em Miamar, bem como a Universidade de Poitiers, e da Universidade de Montpellier, na França; Carnegie Museum of Natural History, em Pittsburgh, Pensilvania; e do Departamento de Recursos Minerais, em Bangkok, Tailândia.


O artigo poderá ser lido na íntegra direto no site da Proceedings of the Royal Society B

4 comentários em “Novos fósseis primatas sugerem antepassado asiático dos humanos

  1. Interessante como a cada descoberta mudam-se certos conceitos mas o entendimento é melhorado!

    Mas sinto falta do Sabino e suas pérolas para alegrar o dia!

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      1. Ah vá! Era divertido ver voce acabar com a raça dele!
        Mas ok, entendo! O saco deve estar lá na lua.

        Como eu vi em um forum:

        Discutir com criacionista é como jogar xadres com um pombo. Ele derruba as peças, caga no tabuleiro e volta voando pra casa cantando que venceu.

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