
Eu fiquei pensando outro deia sobre o ouro. Todo mundo gosta de ouro, e isso não é de agora. O ouro tem sido valorizado pelos humanos desde os tempos pré-históricos. Evidências arqueológicas sugerem que os humanos estavam minerando ouro já em 4000 A.E.C., com alguns dos primeiros artefatos de ouro conhecidos datando da antiga Mesopotâmia. Somando tudo o que foi minerado até hoje, o montante de ouro estaria na casa das 244.000 toneladas métricas, aproximadamente. Com esse montante, poderíamos construir um cubo 23,21 metros de aresta, o que seria quase um prédio de 8 andares.
A grande pergunta que fica: onde está este ouro todo?
Tomemos o Egito (o Antigo). Foram cerca de a estimativa mais aceita é de cerca de 170 a 225 governantes ao longo de mais de 3.000 anos de história dinástica, incluindo os reis ptolomaicos. Cada um desses reis foi sepultado com um tesouro inimaginável. Só podemos traçar um paralelo com a opulência que foi encontrada com o rei Tutancâmon, e nem devia ser lá essas coisas em comparação com os outros grandes reis, já que Tut era um rei mequetrefe, insignificante, até. Imaginem Ramsés II.
Tirando Tut, todas as tumbas ou foram saqueadas ou sequer encontradas. Cadê esse ouro?
No caso do Império Romano, Roma teve cerca de 70 imperadores até a divisão oficial do império, e depois seguiu com duas linhagens distintas de imperadores, uma no Ocidente (que durou menos de um século) e outra no Oriente (que continuou por quase um milênio). No total, foram cerca de 180 imperadores oficialmente reconhecidos. Cadê esse ouro todo que pertencia a eles?
Cataclismos, erupções vulcânicas, saques, e naufrágios sumiram aos poucos com esse ouro. Pensem que vários galeões espanhóis e portugueses (mais do primeiro que o segundo) naufragaram no caminho das Américas para a Europa. Fora os que não naufragaram, foram simplesmente postos pro fundo do mar por piratas, que até pegaram boa parte, mas claro alguns tiros mal-dados (ou bem dados até demais), mandaram os navios pro fundo.
O solo marítimo do Mediterrâneo e do Egeu devem estar lotados de navios carregados, seja ouro, cobre, prata, pedras preciosas, azeite e toda sorte de obras de arte, tudo isso somando um valor incalculável.
Obviamente, tem muito cofre com esse ouro escondido. O Vaticano que o diga, porque, claro, não está tudo exposto em seus museus. Seria o incrível sonho de um ladrão, um tema magnífico para um filme de assalto, mas é tão absurdamente magnífico que um filme não poderia sequer imaginar como contar isso. É muita coisa. Um cubo de quase 24 metros de aresta!!!
Hoje, o ouro é usado em circuitos eletrônicos, ligas, e até na indústria aeroespacial, na qual suas aplicações mais visíveis incluem os visores dos capacetes dos astronautas, onde uma finíssima camada do metal oferece proteção crucial contra a radiação solar e o calor extremo, além de seu uso em satélites e naves espaciais, onde atua como escudo protetor.
Na eletrônica aeroespacial, o ouro prova seu valor através de sua excepcional condutividade elétrica e resistência à corrosão, sendo crucial em conectores, contatos elétricos e circuitos impressos que precisam manter sua integridade em condições extremas. Ainda assim, é muito pouco comparado aos milênios de mineração que tem trazido o metalzinho amarelo e valioso até nós.
Mas ainda fico pensando: seria tão bom ter dinheiro para fazer expedições ir até onde este ouro perdido está…

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