
A exploração espacial não é apenas uma aventura para astronautas; é também uma oportunidade fascinante de entender os limites da vida e os desafios que ela enfrenta fora da Terra, principalmente quando o Sol fica de mau-humor e faz o melhor que o Sol é capaz de fazer: tentar levar todo mundo pra vala cósmica. Um dos projetos mais intrigantes nesse contexto é o BioSentinel, que está estudando como poderemos sobreviver mediante as loucuras que esse Sol da pesada é capaz de fazer quando apronta mil e uma confusões.
O BioSentinel é um projeto da NASA, lançado para o espaço profundo em 16 de novembro de 2022. Trata-se de um CubeSat é praticamente um minilaboratório de biotecnologia, projetado para medir como as células vivas de levedura respondem à exposição prolongada à radiação sinistra que tem no Espaço, e ajudar no desenvolvimento de um instrumento biossensor para detectar e medir o impacto da radiação espacial em organismos vivos por longos períodos além da órbita baixa da Terra.

Em maio de 2024, uma tempestade geomagnética atingiu a Terra, crispando o céu com auroras em uma explosão de cores única, o que pode ser muito belo, mas sinal que algo extremamente letal está à solta lá fora. Essas vistas deslumbrantes são possíveis devido à interação das ejeções de massa coronal – explosões de plasma e campo magnético do Sol – com o campo magnético da Terra, que nos protege da radiação que o Sol cospe durante tempestades turbulentas.
Mas o que pode acontecer com os humanos além da segurança da proteção da Terra? Essa pergunta é essencial, pois a NASA planeja enviar humanos para a Lua e para Marte. Durante a tempestade de maio, a pequena espaçonave BioSentinel estava coletando dados para aprender mais sobre os impactos da radiação no espaço profundo.
Os pesquisadores queriam aproveitar o estágio único do ciclo solar para continuar monitorando o ambiente de radiação espacial. Tais dados são relevantes não apenas para a comunidade de heliofísica, mas também para entender o ambiente de radiação para futuras missões tripuladas no espaço profundo.
O BioSentinel está atualmente a mais de 50 milhões de quilômetros da Terra, orbitando o Sol, mas nosso amiguinho resistiu à ejeção de massa coronal de maio sem proteção de um campo magnético planetário. Valente, essa criança! A análise preliminar dos dados coletados indica que, embora se tratasse de uma tempestade geomagnética extrema, ela foi considerada apenas uma tempestade de radiação solar moderada, o que significa que não produziu um grande aumento de partículas solares perigosas.
Bem, o que isso significa? Significa que os experimentos com seres vivos da Biosentinel não tiveram nenhum problema, mesmo que as lindinhas estivessem desprotegidas, ou seja, nada de se transformarem nos Fungos Fantásticos.
Droga.
Fonte: Mãe da Criança

Um comentário em “Audaciosamente indo aonde nenhum fungo jamais esteve”