Acho curioso como dizem que as pirâmides foram construídas por aliens. Pessoal parece esquecer – ou realmente não sabe – que quando o ser humano quer, ele consegue maravilhas em vários campos, e a construção é mais um. Não é só no Egito que tem construções magníficas e monumentais. Um exemplo disso é a Índia, cujo império perdurou por milhares de anos e até hoje nos fascina com suas construções, que se não ganharam título de Maravilhas do Mundo, é porque Heródoto nunca deu um rolé por lá.
O Templo Sree Padmanabhaswamy é um um perfeito exemplo de magnificência, opulência e riqueza. Não é demais dizer que é um dos templos mais ricos da Índia, mas quando eu falo rico, eu quero dizer ABSURDAMENTE RICO.
Detalhe do templo
Este templo é localizado na província de Thiruvananthapuram, capital do estado de Kerala, na Índia. É considerado o lugar de culto mais rico do mundo. Thiruvananthapuram significa “A Cidade do Senhor Ananta”, sendo Ananta uma deidade hindu, uma das primeiras criaturas a surgir no início de tudo. Ananta-Shesha, uma das representações do Senhor Ananta, é considerada uma devota ou bhakt de Vishnu. Diz-se que ele desceu à Terra nas formas ou encarnações humanas: Lakshman, irmão da encarnação de Vishnu, Ram, durante Treta Yuga, e como Balaram, irmão da encarnação de Vishnu, Krishna, durante Dvapara Yuga, de acordo com o Mahabarata.
Senhor Ananta
Ninguém sabe quando o templo foi realmente construído, mas há quem diga que ele fora construído há mais de 5.000 anos. Para vocês terem uma ideia, a Grande Pirâmide de Quéops foi construída em torno do ano 2.560 A.E.C. Em mais ou menos 500 A.E.C., o templo Padmanabhaswamy já era conhecido por sua riqueza inimaginável. O templo é mencionado em vários textos hindus pertencentes ao período entre 500 A.E.C. a 300 E.C., onde era referido como o “Templo Dourado”. A literatura e a poesia tamil antigas referem-se ao templo e até mesmo à cidade como tendo paredes de ouro puro.
Muitos reis, paxás e príncipes doaram ouro e joias para o templo, às vezes pesando seus herdeiros que se aproximavam da idade adulta e doando um peso equivalente em ouro. Houve rumores de que esses tesouros ainda estão escondidos em cofres secretos sob o antigo templo. Esse magnífico tesouro foi acumulado ao longo de vários milênios, tendo sido doados à Divindade por várias dinastias indianas, bem como pelos governantes e comerciantes da Mesopotâmia, Jerusalém, Grécia, Roma e além. Além disso, em tempos de invasão, muitos templos menores na região de Kerala e no extremo sul transferiram e armazenaram sua riqueza para custódia no Templo Padmanabhaswamy.
Corredores no templo. O mistério o aguarda
Mas este tesouro existe mesmo? Por algum tempo achou-se que era mais lenda que realidade, e o templo estava sob controle da família real Travancore, cujo reino era apenas um principado que existiu entre 1729 e 1949, e hoje só resta na memória e no financiamento de uma família que realmente não é nenhuma realeza, mas tem título por motivos que ninguém sabe ao certo. Lembraram-se de alguém?
Em 2011, a Suprema Corte da Índia ordenou que a família real abrisse as câmaras secretas do templo e revelasse as riquezas ocultas lá. Dos seis cofres, cinco foram abertos. Entre os objetos de valor descobertos neles estão 800 quilos de moedas de ouro, uma corrente de ouro puro de mais de 5 metros de comprimento, um feixe de ouro pesando 500 quilos, mais de 2.000 ornamentos de ouro, um trono de ouro puro, cravejado com centenas de diamantes e pedras totalmente preciosas, vários ídolos de ouro e vários sacos cheios de artefatos de ouro, colares, diademas, diamantes, rubis, safiras, esmeraldas, pedras preciosas e objetos feitos de outros metais preciosos.
Portões do Cofre 1
O tesouro foi estimado em mais de 20 bilhões de dólares, mas só em termos de metais e pedras preciosas, sendo que o valor de uma peça deve ser levado em conta a peça como um todo e o valor histórico-arqueológico. Tranquilamente este valor sobe dez vezes.
Estátua de Vishnu inteiramente de ouro
Agora falta o último mistério: o sexto cofre. O que tem nele? Ninguém sabe ainda, mas ele atiça a imaginação. Há quem diga que as paredes são grossas, feitas inteiramente de ouro, diversas joias, estátuas, móveis etc. Tudo feito de ouro e cravejado de pedras preciosas. Ele seria mais rico que todos os outros 5 cofres juntos. Ele seria de longe o maior tesouro não descoberto encontrado na história do mundo.
Tesouro encontrado em um dos cofres
Agora, temos outro problema: quem é que deve ficar responsável pelo tesouro? A família real, podendo dispor dele ao seu bel-prazer? Ao Governo, fazendo dele um imenso museu e expor o tesouro à visitação? Alguns acham que deve ser tudo selado de volta e deixar com seu verdadeiro dono: o próprio templo de Padmanabhaswamy, pois tudo pertence ao Senhor Ananta, que lá de seu reino a tudo observa.
Enquanto decidem com quem ficará as peças, o governo reforça a segurança no templo com um sistema de segurança de última geração e paredes de perímetro à prova de explosão. No interior tem sensores sísmicos para proteger os cofres de túneis, câmeras de vigilância, scanners de bagagem, alarmes contra roubo, e um sistema de rastreamento de visitantes.
Confiem nos deuses, desconfiem dos humanos e protejam as suas carteiras.
Li o artigo inteiro com a Juliana Paes dançando ao som de caminhos da índias na minha cabeça.
Ô André, acho que ficou faltando um ‘sabe’ aqui:
“Ninguém quando o templo foi realmente construído,”
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Corrigido. Valeu
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