A odiosa cultura do cancelamento assassinando pessoas

 

Existem coisas que as pessoas se negam a reconhecer. Uma delas é que as pessoas não prestam, não valem nada em sua maioria! Outro ponto que ninguém quer assumir como verdade: redes sociais não são sociais. São um nojo. Motivo? Leiam o parágrafo desde o início.

Ficou muito fácil bancar o machão de internet, só que isso tem um preço. Diferente de você sair e chamar o primeiro bombadão de academia de filho da puta, é mais fácil disseminar ódio, pois facilmente sairá ileso. É a cultura do cancelamento, que com a anuência desses malditos jovens, se tornou uma arma de destruição em massa. Uma arma devastadora e destruidora de vidas. Vou citar três exemplos, em que um deles acarretou numa punição.

Mel Lisboa, como toda celebridade, precisa se mostrar melhor que todo mundo. Com isso, ela usou todo seu poder de celebridade para externar o caráter dela. Numa postagem no WhatsApp, a professora cometeu o CRIME de chamar “mamães”, em que a Mel soltou a verborragia fazendo ver que ali tem pais, também e isso poderia ofendê-los.

Claro, homens estão cagando e andando pra isso, mas ela PRECISA mostrar o quanto isso é vergonhoso para a ralé que a segue no Instagram. Ela deletou, mas continuou o rage pra cima da professora, que a essa altura já tomou um esporro da coordenação, e isso se teve a sorte de não ser demitida. Afinal, professor é gasto e Mel Lisboa é celebridade. Temos que garantir nossos clientes e os seguidores de nossos clientes que possam a vir ser nossos clientes. Querem apostar como dia 15/10, a Mel vai postar mensagenzinha de apoio a professores? Claro, que vai!

David Silverman é um ateu de fim de semana. Vocês conhecem o tipo. Escreve que fatos importam, é ativista pela verdade e humanismo e todas as bobagens concernentes a este tipo de “gente”, mas que na verdade é outro idiota que acha que é melhor que os outros. Cismou com um episódio de Jornada nas Estrelas, porque o William Shatner aparece com um uniforme da Gestapo e EXIGIU um pedido de desculpas

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O episódio é “Patterns of Force” é o 21º episódio da 2ª temporada, tendo ido ao ar em 16 de fevereiro de 1968. Na história, a Enterprise chega no planeta Ekos para investigar o desaparecimento de um historiador da Federação. Ao chegar perto de Ekos, a Enterprise toma um míssil nuclear no quengo que, claro, é primitivo demais para a tecnologia do século. Ao investigar isso, descobre que o planeta adotou uma cópia do regime nazista, já que o historiador pensou – de forma bem estúpida, por sinal – que exacerbar o sentimento de nação, faria o povo avançar tecnologicamente. O que acarretou foi uma perseguição a minorias. É um episódio que critica duramente o regime nazista, lembrando que o episódio foi ao ar 23 anos depois do fim da Segunda Guerra e era bem recente. Uma forma de não deixar as pessoas esquecerem das atrocidades cometidas. Bem, pelo visto, as pessoas queriam esquecer, já que o episódio foi banido na televisão alemã de 1968 até 1995 devido à representação de uniformes nazistas e presença de várias insígnias nazistas diferentes. A alegação é que algum idiota iria se inspirar naquilo, mas é desculpa, mesmo. Tudo para tentar varrer para debaixo do tapete.

Aí o Zé Ruela acha que um ator (judeu, diga-se de passagem) usando um uniforme nazista é errado e exigiu desculpas. Na história, era um disfarce, mas mesmo que ele interpretado um nazista, qual o problema? Estamos na versão jovem de nossas avós que brigam com as novelas e agridem atrizes por interpretarem vilãs? Pelo visto, sim, né?

CLARO! Depois que a bosta bateu no ventilador, saiu com a velha desculpa “foi brinks, era sarcasmo”, e ainda ficou bolado que o Shatner bloqueou ele e tomou umas invertidas das pessoas, jurando que era sarcasminho. Imagine quando ele descobrir Hogan’s heroes, em que todos os atores que fizeram soldados nazistas, inclusive o Coronel Klink, eram judeus.

Para terminar, vem o que me deu vontade de escrever este artigo: uma pessoa foi assassinada pelo Twitter.

Sim, assassinada, não tem outro termo!

Byron “Reckful” era ex-jogador profissional de World of Warcraft. Esse “era”, porque ele não é mais. Não que tenha se aposentado de jogar, mas ter se aposentado de viver. Motivo? Outro crime odioso, julgado e condenado pelo tribunal da Internet:

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Isso mesmo. Ele pediu a namorada em casamento.

Isso em um mundo de gente normal arrancaria suspiros, coraçõezinhos com as mãos, desejos de felicidade. Não, não a Internet. A Internet odeia ver pessoas felizes e aplaude celebridades humilhando professoras.

Reckful na postagem seguinte pediu que ninguém pressionasse a namorada. Tarde demais. Ele recebeu o carinho da torcida

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Isso mesmo. Ele disse “se eu fosse você, cavava uma cova agora”. Pois é. Foi realmente o que Reckful fez. Ele era depressivo e com o rage se matou. Quem escreveu para ele cavar a própria cova acha que não foi nada demais. Sabe quem acha que não foi nada demais?

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Sim, ele ainda zombou da morte dizendo que a namorada disse não.

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Essa disse que a namorada deveria cremá-lo e beijar as cinzas.

Tem gente que disse que pedir a namorada em casamento foi um exemplo claro que era um pedido de socorro. Sim, as pessoas pedem outras em casamento como socorro, não porque querem passar a vida de felicidade compartilhada. Mas não pros jovens. Criou-se a ideia que casamento é..

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Sim, um estupro.

Todas as postagens acima correm o risco de sumir, como as várias que eu vi. Dessas acima eu consegui o screenshot, provando o pior das pessoas. Mas não fiquem mal. Lembram que eu disse que teve uma punição? Quando eu apontei que era errado o cara chamar o Shatner de nazista e que ele devesse ver a porra do episódio, o Twitter agiu, e o resultado foi:


Só para finalizar: Rede social de cu é rola. Vem aqui fechar meu site, Twitter. You have no power here!

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