Um aglomerado de galáxias é um festival de galáxias bem juntinhas (em padrões astronômicos, claro), que podem somar entre centenas e milhares de galáxias. A gravidade é as que mantém juntas, pois uma galáxia é pesada (mas não tão pesada quanto Yo Momma). Este aglomeradão é tido como as maiores estruturas conhecidas até agora, mas ainda temos dúvidas sobre como elas se formam. Para astrônomos, é muito difícil acompanhar, já que o movimento é muito lento e nossa escala de vida é bem curta. Sendo assim, simulações computacionais da movimentação dá uma bela ajudinha.
O projeto IllustrisTNG é um conjunto de simulações cosmológicas de formação de galáxias de última geração. Cada simulação no IllustrisTNG desenvolve uma grande faixa de um universo simulado logo após o Big Bang até os dias atuais, levando em consideração uma ampla gama de processos físicos que impulsionam a formação de galáxias. A TNG50 nos deu o resultado abaixo. Milhões de anos em poucos segundos de magia e fascinação pelo que há lá fora, que jamais poderíamos acompanhar em nossa tosca escala de vida ridícula.
Show, né? O que você viu na primeira parte do vídeo que mais parece as Chamas do Inferno é, na verdade, o hidrogênio existente em torno das futuras galáxias desde o início do universo até hoje, com cores mais brilhantes marcando o gás em movimento mais rápido. A segunda metade do vídeo muda para estrelas de rastreamento, mostrando um aglomerado de galáxias se unindo com caudas de maré e fluxos estelares.
O carnaval começa, e lá nos confins do Universo, galáxias revolvem ao som próprio de seus acontecimentos, alheias a tudo o que se passa aqui, o que para elas é o mesmo que um milionésimo de segundo para nós. Nasceremos e morreremos, e as galáxias estarão lá, em seu balé eterno, em que a escala humana é irrelevante, e muito provavelmente estaremos extintos antes que este balé sequer chegue na metade.
E há quem diga que tudo isso foi feito para nós, toscos seres de décadas de vida em comparação a bilhões de anos de acontecimentos.