Cães nos acompanham muito antes de nós sermos o que somos e eles serem o que são. Quando o primeiro canídeo escolheu um hominídeo para ser companheiro (sim, ELES nos escolheram, e não nós). Durante esse caminhar, eles foram evoluindo e nós também. Eles melhoraram, nós nem tanto, o que não quer dizer muito, já que Evolução nunca significou melhoria.
Ao longo desses milhares de anos, cães aprenderam algo importante: comunicação. Não apenas de nos entender, nos acompanhar, nos dar carinho e dedicação. Eles realmente se comunicam à sua maneira e nos entende à nossa maneira. Se antes você tinha dúvidas, sim, eles nos entendem em nível verbal.
O dr. Attila Andics é professor do Departamento de Etologia da Universidade Eötvös Loránd, que fica em Budapest, na Hungria. Ele é um dos condutores do Projeto Etologia, já que perdeu a chance de chefiar a iniciativa Vingadores por causa de um careca zaroio.
Etologia, basicamente, é o estudo do comportamento animal. Os espertões da Wikipédia tem um bom artigo sobre isso. Consulta lá que estou sem paciência para escrever, e kibar aquilo tudo é sacanagem!
De acordo com a pesquisa de Attila, o Huno, digo, Etólogo, cães têm capacidade de distinguir palavras de vocabulário e a entonação da fala humana através de regiões cerebrais semelhantes aos que os seres humanos usam.
Não vai começar a zoar, né?
Attila, não o Lamarino (sim, eu sei!), e seus colaboradores colocaram o Rex, Fido, Malhado e tantos outros cães num aparelho de RMNf (EU posso chamar RMN. Vocês só têm o direito de dizer “ressonância nuclear magnética funcional”) e examinaram suas atividades cerebrais. Os cães ouviam as palavras de seus amigos humanos, previamente gravadas e com entonações diferentes, e os pesquisadores analisavam como o cérebro processava a informação. Os resultados revelam que, independentemente da entonação, os cães reconheciam cada palavra de forma distinta e, ainda, de uma forma similar à dos seres humanos, isto é, usando o hemisfério esquerdo do cérebro.
Não, isso não tem nada a ver com aquela baboseira de lado direito artístico e lado esquerdo analítico do cérebro.
Seres humanos dependem não só do vocabulário, mas da entonação para entender a mensagem verbal. Uma palavra poderá ser interpretada de maneiras diferentes em diferentes áreas do cérebro, mediante a entonação usada. Isto é, quando seu pai olha pra você e diz “Bonito, hein?”, sinto ter que dizer, mas ele não está elogiando sua aparência, o que você perceberia se prestasse atenção na entonação dele.
Tem vídeo? Sim, temos vídeo!
De acordo com a pesquisa do Attila, os cães também dependem de ambos os mecanismos, sendo que independentemente da entonação, o processamento de vocabulário dos cães era similar aos seres humanos, tendo a entonação sendo processada por outras partes do cérebro, mais especificamente nas regiões auditivas no hemisfério direito do cérebro. Por último, e também como seres humanos, a equipe descobriu que os cães invocavam tanto o significado da palavra e entonação ao processar o valor de recompensa das frases, ou seja, falou graciosamente com ele e dizendo “bom garoto”, ativava regiões do cérebro que fazia com que o processamento fosse não só simultâneo, mas mais rápido também.
Tradução: não seja retardado e dê esporro no cão só porque você acha que ele não é tão inteligente quanto você. Ele não tem culpa que é mais esperto e não fica gritando feito um alucinado, seu idiota bípede!
Aqui fica um agradecimento a Apacs, Barney, Bran, Grog, Guru, Kefír, Málna, Manka, Maverick, Maya, Nia, Sander e Teo. Estes 13 companheiros deveriam estar na relação de autores, mas enfim. De qualquer forma, sem eles, esta pesquisa não seria possível. Obrigado a todos.
Ah, sim, Luísa Mel. Vá à merda você e seus seguidores idiotas que são contra usar animais em experimentos. Estes cães são melhores que vocês todos.
Taí uma coisa que nunca duvidei.Sempre achei que os cães nos entendem mais do que achamos.Eu ensinei um Pincher que tive quando criança a contar! Até sete ele era um sucesso daí pra frente ora acertava, ora errava.
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Efeito Clever Hans
(e isso não tem nada a ver com o presente artigo)
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Não conhecia o tal “Efeito”.E ele explica muita coisa…Engraçado que foi um dos únicos artigos que ainda não havia lido da série Grandes Nomes da Ciência.E eu achando que o Tobi era o Malba Tahan canino!
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Mesmo a propósito!
Há algum tempo que venho acompanhando este blog e este é o meu primeiro post. Mais palavras para quê?
;)
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musica do kerbal no video
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