A vida ainda é, por enquanto, um mistério a ser desvendado. Sabemos os´processos químicos e bioquímicos. A grande questão enquanto se estuda isso é “seremos capazes de criar vida?” Craig Venter e sua equipe já conseguiram fazer um bactéria com genoma totalmente sintético. Não criaram totalmente uma bactéria do nada, o que pode parecer pouco, mas não é, se levarmos em conta que o DNA foi descoberto na década de 1950.
A equipe de Venter conseguiu outra proeza agora: criar uma bactéria com menor código genético jamais apresentado. E sim, ela está viva.
Com apenas 437 genes, o organismo auto-replicante criado pelo pessoal da Synthetic Genomics e do Instituto J. Craig Venter, apesar do código genético ridiculamente pequeno, tem tudo o que precisa para sustentar a própria vida. Mas por que isso é importante?
Basicamente, esta bactéria não trará o Apocalipse, não fará as pessoas virarem zumbis, não fará nada muito além de ficar viva. Ela simplesmente explora a nossa capacidade de entender como o mudo funciona, como os seres vivos estão vivos, como NÓS somos o que somos e por que ainda estarmos por aqui.

Antes deste organismo (batizado de JCVI-syn3.0), apenas o Mycoplasma genitalium tinha o menor código genético,. com cerca de 525 genes. Nós fizemos algo menor que a Natureza demorou 3 bilhões de anos para produzir. Nada mal. Tem até um time lapse dessas gracinhas crescendo.
Afinal, para que fazer isso? Bem, além de ser divertido, aprende-se muitas coisas. Uma delas é que em todo o código genético do JCVI-syn3.0, 32% dos genes que são essenciais para a vida na célula são de função desconhecida, não se sabe para que servem. Mas se não estiverem lá, já era. A coisa não sobrevive. Então, função tem, só não se sabe qual.
Ainda. Esta sempre será a palavra-chave neste tipo de pesquisa. Ainda.
Estes genes estão em muitas espécies vivas e… bem, se é essencial e está em todos os seres vivos, então esta bagaça realmente é importante e não a termos pode fazer a diferença entre o seu cunhado e algum treco inanimado (se bem que… cunhados, você sabe…)
A pesquisa foi chefiada pelo dr. Clyde A. Hutchison III, que se usasse monóculo seria vilão de James Bond, foi publicada no periódico Science, disponível digrátis. Divirta-se.

Basicamente Deus programa muito mal, e ainda por cima não comenta o código. O único comentário que ele deixou foi
/*Isso aqui funciona e nem Deus sabe porquê. NÃO APAGUEEE!!!111*/
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Na verdade nem isso, pois os geneticistas colocam as coisas e retiram às escuras e deixam o que funciona, mesmo sem saber porquê!
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6º parágrafo, faltou um espaço depois de “JCVI-syn3.0,”, dificultando o entendimento (é 0,32% ou 32%?)
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32%
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