Existe uma ampla gama de parasitas. São parasitas de todos os tipos, não raro, sacneando seu hospedeiro. Alguns desses parasitas só atacam mulheres. Ficam lá crescendo, mudando toda a sua buiquímica, ferrando com seus hormônios, aarretando ganho de peso, mudanças no humor, saúde debilitada, anemia, dores nas costas, desconforto pra dormir etc. Aí, quando a gente arranca o parasita fora (ou quando ele mesmo quer sair), fica um monte de gente com cara de babaca rindo para aquela coisa cabeçuda, com cara de joelho, e as avós brigando se ele se parece com o pai ou com a mãe.
Basta que aquele miseravelzinho sorria pra gente, que todos os manés se derretem toooooodos. Manipuladorzinho sem-vergonha! Mas por que motivo esses bebezinhos malévolos sorriem ao interagir com seus pais?
O dr. Javier Movellan é pesquisador do Instituto de Neurocomputação da Universidade da Califórnia Sandiego. Ele estuda, por meio de simulação computacional, como nosso cérebro funciona e como esse funcionamento tem se desenvolvido ao longo dos milênios. Ele aborda atualmente o que acarretou na resposta bebê-pais, quando um decide responder ao sorriso do outro.
De acordo com Desmond Morris, no livro O Macaco Nu:
Parece que a reação do riso evoluiu a partir do choro, da maneira seguinte, como um sinal secundário. (…) O seu aparecimento coincide com o início do reconhecimento dos pais. Pode ser uma criança sisuda a que reconheça o próprio pai, mas é sempre uma criança risonha a que reconhece a mãe. Antes de aprender a identificar o rosto da mãe e a distingui-lo do de outros adultos, um bebê pode gorgolejar e balbuciar, mas não ri. Quando começa a conhecer a própria mãe, começa também a ter medo dos outros adultos. Aos dois meses, qualquer cara mais velha serve, todos os adultos amigáveis são bem recebidos. Em seguida começa a amadurecer o medo do mundo em volta e a presença de qualquer pessoa desconhecida é capaz de incomodá-la e desencadear o choro. (Mais tarde, não demorará muito a aprender que alguns outros adultos também podem compensá-la e perderá o medo deles, mas isso obedecerá a uma certa seleção, baseada na identificação pessoal).
Como resultado desse processo de ligação à mãe, o bebê pode encontrar-se envolvido num estranho conflito. Se a mãe faz alguma coisa que o assuste, transmite-lhe dois tipos de sinais opostos. Por um lado, indica-lhe: “Sou a tua mãe, o teu protetor pessoal: não tenhas medo”, e, por outro: “Atenção, vais levar um susto”. Esse conflito não pode acontecer antes de o bebê reconhecer individualmente a mãe, porque nesse caso, se ela fizesse alguma coisa que o assustasse, seria apenas a origem de um estímulo assustador. Mas agora a mãe indica-lhe ao mesmo tempo: “Há perigo, mas não há perigo”, ou, por outras palavras: “Pode haver certo perigo, mas, como parte de mim, não precisas tomá-lo a sério”. Como resultado, a criança dá uma resposta que é ao mesmo tempo uma reação de choro e um gorgolejar por reconhecer a mãe. Essa combinação mágica produz o riso. (Ou melhor, produziu num dado momento da evolução. Desde então, o riso fixou-se e desenvolveu-se como uma resposta independente).
Morris argumenta que o reconhecimento facial foi primordial em termos de seleção natural. Afinal, se a cria não dá nenhum esboço de reconhecimento ou afetividade para os adultos, estes o descartam, como se fosse um pano velho, o que faz sentido. é como um briquedo quebrado. Você joga fora, pois ele não faz nada que você ache interessante. Assim, os bebês que davam respostas faciais, reconhecendo e sorrindo para os pais eram aceitos como um igual e cuidados com o devido cuidado. Os que não respondiam, eram deixados de lado, morriam e não tinham descendentes.
Mas Movellan, cujo nome parece o de uma empresa que faz mudanças, não quis parar nessta definição. Como ele trabalha com.. computação, nada mais natural que fazer um robonizho. Daí, o Frankenstein que ele criou é essa tristeza aqui:
Avemariameupaidocéu!
Esta coisa aí que é mais feia que o meu final de mês pretende se comportar como os bebês fariam. Pegaram essa coisa e colocaram para interagir com os alunos de graduação, que devem estar com mais uma coisa a lhes causarem pesadelos. Os resultados apontam que o robô fazia os graduandos sorrirem o máximo possível, mesmo quando este filhote de Exterminador sorria pouco.
A resposta era maior quando Diego-San (o cilônio em miniatura) sorria de volta, e ficava naquele pingue-pongue de sorrisos, atraindo mais a empatia das cobaias, digo, dos graduandos (graduando sempre é cobaia de uma forma ou de outra). Cada vez que o robozinho sorria mais, a resposta emotiva era sempre mais positiva, não apenas em termos de sorriso, de forma a angariar favores, como preservação daquele serzinho. Ou seja, este fedelho manipulador toca o coração das pessoas para ter algum mané cuidadndo dele.
Ou seja, o dr. Movellan criou um robô e software para acabar provando o que Desmond Morris já tinha dito em seu livro, escrito em 1967, mas tinha poucas evdências. Acho estranho, inclusive,
A pesquisa foi publicada no periódico PLOS ONE

Baby demon wants your fuckin’ soul!
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“Sarah Connor?”
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