Dez modos da tecnologia acabar com a humanidade

Vi uma manchete bombástica – escrita por um jornaleiro, óbvio – que relatava 4 maneiras da humanidade ser aniquilada pela tecnologia. Os cenários hipotéticos são risíveis, como qualquer histeria propagada pelo pessoal de jornais. Os algozes são os mesmos de sempre: Inteligência Artificial (porque, né?, Exterminador do Futuro), acidentes científicos (mas hein? Tipo o quê? Hulk?), mudança climática (sim, claro. Nós controlamos o tempo!) e nanotecnologia. Como se dentro de nos não habitasse trocentas bactérias doidas para me devorar por dentro.

Claro, eu também fiz o meu listão de como a tecnologia vai passar o rodo na gente. É a versão BuzzCETfeed!

Reflorestamento – É fato inegável que a alta quantidade de organismos fotossintetizantes em tempos d’antanho gerou uma inundação (não tem palavra melhor. Vai essa mesmo!) de oxigênio na atmosfera. Sendo altamente reativo, o oxigênio destruía organismos simples, causando a primeira grande extinção. Hoje, há esforços para reflorestar o mundo todo, mas esquecem que concentrações acima de 17% de oxigênio na atmosfera faria nosso metabolismo se acelerar, o coração bateria mais rápido, elevando a pressão sanguínea, nossa temperatura subiria e poderíamos ter vários problemas de saúde, acarretamento em morte.

Assim, tecnologias de reflorestamento estão com o objetivo de acabar com a vida humana. É tudo uma grande conspiração

Martelo de Pedra – Depois daquele osso do macacão de 2001, a arma preferida de nossos ancestrais era o martelão de pedra. Alguns chamam de machado, mas machados cortam. Aquela porcaria era usada para acertar o corte de cabelo de certas pessoas, se é que vocês me entendem. Sendo assim, martelos de pedra quase passam o cerol na humanidade, quando nem seres humanos propriamente ditos haviam ainda. Somos muito bons em nos aniquilar sem nem estarmos existindo.

Estribos – Isso mesmo! Aquelas coisas para você colocar os pés quando está montado num cavalo. Alguns situam a invenção do estribo há 4500 anos AEC, mas isso ainda se discute. O que se tem certeza é que já era usado na China no ano 5 AEC, mas o que não foi inventado primeiro na China? No século 8 EC, os estribos são usados na Europa para fins bélicos, durante a guerra no que hoje é a França. Quando a cavalaria chegou para dar fins naquele bando de Zé Ruelas, o estribo garantia conforto e equilíbrio ao cavaleiro, fazendo deste um guerreiro eficiente e matador que faria qualquer chefe de milícia orgulhoso.

Dirigíveis – Algo muito seguro e inofensivo. Perguntem aos passageiros do Hindenburgo.

Trânsito – Isso mata mais que muitas outras tecnologias. A ideia dos Transformers como máquinas que viram carros e saem destruindo tudo é baseado no fato do trânsito ser um dos maiores assassinos. Só o Brasil ocupa o 4º lugar NO MUNDO em acidentes de trânsito. Preferível tirar todos os carros e fazer as pessoas irem pro serviço montados no ED-209.

Gente burra – Esse pessoal me dá câncer!

AK-47 – De acordo com o documentário "O Senhor das Armas" (mal aê pelo kibe, Cardoso!), o AK-47 é a verdadeira arma de destruição me massa. Matou mais que duas bombas atômicas. Mata, aleija, estraga a sua vida e faz Jesus chorar. Jovens, idosos e crianças sabem usar aquela bagaça, e se você estiver no lado errado do planeta, é bem provável acabar do lado errado do AK-47, com um jovem, idoso ou uma criança te olhando feio.

Redes Sociais – Nada está fazendo a humanidade perder a fé na humanidade que ver pessoas usando redes sociais. Principalmente a rede-cujo-nome-não-mencionamos. Se você diz que votou em candidato A, partidários do candidato B lhe acusam de machismo/feminismo, comunista/neoliberal, nazista/nordestino, rico/vagabundo etc. Não importa qual lado você esteja, você será acusado de TODAS as formas descritas acima, provavelmente ao mesmo tempo. Daí, você pega um martelo de pedra e começa a carnificina. Exceto se for brasileiro, o povo mais amistoso do mundo e reconhecido pela sua educação.

Tudo registrado nas redes sociais, é claro!

Celulares – A solução de vários problemas que não existiriam se não fossem os celulares. Muito dos problemas causados pela insana ideia que as pessoas gostam uma das outras, mas as redes sociais (já mencionadas) provam o contrário. O celular só facilita ainda mais o modo como nos odiamos, ao mandar textões via o maldito Uátzûp, foto de criança feia na rede-que-não-mencionamos e puxar briga com os outros no Twitter. Celular é uma desgraceira não grande e tão forte candidato a exterminador da humanidade que a China, sempre eles!, criou uma calçada específica pros manés que não tiram a cara do aparelho.

Caso você não tenha reparado, o lado de se andar com a cara no celular é bem o lado que beira a rua, de preferência para um caminhão da Deal Extreme vir desesperado para entregar minhas bugigangas, perder a direção e mandar o china pros braços de Buda. Com quase 2 bilhões de habitantes, ninguém dará falta pelo pequeno Ping.

Satélites – Criados inicialmente para transmitir e repassar informações, como "Onde está meu carro agora?" ou "Cadê os mísseis cubanos que estavam aqui?", eles se tornaram uma arma mortífera, criada pelo governo brasileiro, sendo feitos testes pra saber o poder de destruição de espécies nativas, como pinguins, por exemplo. Imaginem a energia com a qual ele caiu sendo transferida para um carro em movimento em plena Av. Paulista. O efeito dominó será horrível, e os maníacos da AEB, chefiados por um datilógrafo, darão risadas satânicas. O mundo não virará um Mad Max, mas uma chuva de satélites com a sigla HUEHUEBR.

Pelo menos, é a única chuva que está caindo em certos locais por aqui.


Sim, eu sei que este artigo é meio maluco, mas se você me conhece já sabe que eu detesto o termo "teconologia" da maneira que empregam. Tecnologia é apenas as ferramentas que se usa em determinado momento da História. Tecnologia nunca foi "computadô". Sim, um machado de pedra é uma ferramenta tecnológica e mudou muito a vida dos nossos ancestrais, assim como moinhos de vento e, futuramente, nossos tatataranetos olharão com desdém pra tudo o que amamos hoje, achando que são o ápice da invenção humana. Aliás, em De Volta Pro Futuro 2, os molequinhos em 2015 desdenharam de vídeo games que usavam joysticks, porque eram brinquedos de bebezinhos, já que tinha que usar as mãos. Já temos os Kinect. As crianças hoje riem quando eu falo que uma simples linha fixa era coisa para poucos, ainda mais que custava o preço de um carro popular, ou então amargar longas esperas pelos planos-expansão, em que se tinha que esperar e esperar, tendo muitos que alugar linhas.

Então, meus caros jornaleiros, deixem de ser um bando de retardados preguiçosos e parem de ver filmeco de ficção científica para ficar tendo inspiração para escrever artigos, ok? Experimentem escrever coisa que preste ou peçam demissão. Tem muita lanchonete precisando de gente pra varrer o chão. Beijos, me liga, com amor, André.

3 comentários em “Dez modos da tecnologia acabar com a humanidade

  1. esse tipo de matéria discutida no artigo me parece Darwin em ação, é um mecanismo de compensação, jornalistas querem audiência, e com a redução de preços de aparelhos de comunicação( Smartphones, tablets ) viram que precisam atrair um publico que não e famoso pelo seu senso critico, teremos cada vez mais disso…vivemos na era dos likes e pageviews, escrevesse qualquer idiotice somente para chamar a atenção, conteúdo ta em segundo plano.

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  2. Tipo isso aqui:

    (…)Os cientistas justificam a mistura do DNA de humanos e animais, dizendo que vai ajudar a cura de doenças e alimentar o mundo”, mas a realidade é que toda essa modificação genética é uma grande ameaça para a raça humana. É apenas uma questão de tempo antes que os humanos começam a ser geneticamente modificados, a fim de “combater doenças” ou “melhorar” suas habilidades.(…)

    (…)Jeremy Rifkin e sua pergunta: estamos à beira de um renascimento biológico, como alguns acreditam, ou semear as sementes da nossa própria destruição? soou o alarme no jornal Los Angeles Times sobre o que está acontecendo no campo da pesquisa genética, e essas amostras para fins terapêuticos híbridos, meio humano, meio animais, ninguém sabe ao certo a onde levar este trabalho.(…)

    Daqui:
    “Cientistas malucos estão desenvolvendo animais humanos” http://www.nosdiasdenoe.com/2013/11/cientistas-malucos-estao-desenvolvendo.html#axzz3SbUX2VM4

    Porque o povo gosta tanto de conspiração?
    Santa destruição, Batman!

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  3. Tipo isso aqui:

    (…)Os cientistas justificam a mistura do DNA de humanos e animais, dizendo que vai ajudar a cura de doenças e alimentar o mundo”, mas a realidade é que toda essa modificação genética é uma grande ameaça para a raça humana. É apenas uma questão de tempo antes que os humanos começam a ser geneticamente modificados, a fim de “combater doenças” ou “melhorar” suas habilidades.(…)

    (…)Jeremy Rifkin e sua pergunta: estamos à beira de um renascimento biológico, como alguns acreditam, ou semear as sementes da nossa própria destruição? soou o alarme no jornal Los Angeles Times sobre o que está acontecendo no campo da pesquisa genética, e essas amostras para fins terapêuticos híbridos, meio humano, meio animais, ninguém sabe ao certo a onde levar este trabalho.(…)

    Daqui:
    “Cientistas malucos estão desenvolvendo animais humanos” http://www.nosdiasdenoe.com/2013/11/cientistas-malucos-estao-desenvolvendo.html#axzz3SbUX2VM4

    Porque o povo gosta tanto de conspiração? E ainda tem esse analfabetismo científico, tanto dos “noticiadores” quanto dos “noticiados”, alimentando essa ideia de “cientista maluco”.
    Santa destruição, Batman!

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