P. T. Barnum cunhou uma expressão muito apropriada: "Nasce um otário a cada minuto". Quando o otário pensa que está tendo um lucro, surgiu o primeiro negócio. Quanto o otário acha que vai se dar bem eternamente, aí é religião.
Esta palhaçada a seguir é um pouco das duas coisas, e só sendo muito crédulo para acreditar nesta joça! Trata-se de uma bateria Mun-Rá, pois ela será eterna (mas não tanto quanto o amor do Vinicius de Morais). Basta dar uma sacolejada nela. Hummmm
Não sei se foi por causa do incidente do fappening, em que fotos de beldades desnudas acabaram vazando pela Internet afora, mas parece que tudo agora tem apelo de sacanagem. Que o diga as pilhas recarregáveis Pilo. Elas prometem ser uma alternativa ecológica às atuais pilhas AA, já que não precisam ser recarregadas na eletricidade e sim dando umas… sacolejadas.
A imagem é do site deles. Tal como o Eduardo Jorge, não tenho nada com isso
Esta bobajada aí acha que as pessoas são muito burras, achando que basta ficar punh… sacolejando a pilha pra lá e pra cá que ela recarregará. Devo dizer que a empresa está absolutamente certa, pois gente burra é o que não falta no mundo.
O projeto foi apresentado durante o evento de inovação Paris Founders Event, realizado na França no final de julho. Sim, inovou muito, né? A ponto de violar a Segunda Lei da Termodinâmica. Imagino um monte dessas pilhinhas (cada uma custa 10 euros, o que dá uns 29 reais por uma pilha sacolejadora). sendo sacudidas por um bando de adolescentes para recarregar seus dispositivos.
– Juquinha! Já tá 40 minutos no banheiro, menino!
– Tô carregando meu tablet, mãe! E o celular! E o iPod! E.. e… eeeeeeeeeeeeeeee Carreguei!
Não duvido que esta porcaria aí fará sucesso. Pessoal adora ser enganado. Vai ter vários hipster no Starbucks numa rodinha, sacudindo seus dispositivos, entornando café para todos os lados, numa nojeira só. Espero que caia no macbook deles! Mas antes, um recadinho:

E você? Já deu uma sacolejada hoje? Não deixe vazar… a pilha!
Fonte: Planeta Sustentável, via @Cardoso

Talvez mesmo pessoas cultas adquiram essas tais baterias, não com o intuito de economizar energia (já esclarecido no artigo que não, não economiza energia), mas para passar a impressão aos outros ou talvez ao próprio consumidor (auto-ilusão) que ele se importa com o meio-ambiente.
Saiu uma notícia sobre o desmatamento estar aumentando na floresta amazônica, e essa notícia tendo bastante divulgação impulsionará as vendas desse produto. Talvez o seguinte exemplo ajude na compreensão (sugiro ativar o detector de sarcasmo, a partir de agora, leitor):
Pseudoambientalista ou amante da natureza idiota, talvez um sujeito que se considera o paladino defensor da natureza mas fica se masturbando no chuveiro durante meia hora por dia:
“Eu AMO a natureza e acho certo invadir laboratório para resgatar cãezinhos beagle sequestrados pelos cientistas do mal! … Nossa! Inventaram as pilhas que economizam energia! Vou comprar agora!”
No final das contas, por causa desse bando de imbecis com esse tipo de pensamento (são a maioria, infelizmente) talvez seja melhor você e eu comprarmos as pilhas, e punhetá-las em público, não por ser uma coisa idiota de se fazer, mas para os idiotas ao redor não execrarem a nossa reputação ao cochichar entre eles e apontar: “Olha lá, ele não está punhetando as pilhas que economizam energia! Que filho da puta que não ama a natureza! PESSOAL, VAMOS LINCHAR ESSE CARA, ELE NÃO AMA A NATUREZA! PEGAAA!”
Meu desabafo:
Do fundo do meu coração de pedra, tomara que esse produto não seja sucesso de vendas, pois não quero ser obrigado a comprar essa merda com medo de ser linchado! Talvez outra opção seja correr para as colinas, mas desde que pegue internet lá, pois eu quero saber das próximas fotos de alguma atriz famosa que vão vazar pela rede!
Fim do meu desabafo.
Favor desativar o detector de sarcasmo, leitor.
Nada como entender um pouco de psicologia evolutiva para se desvendar as atitudes das pessoas, por mais estúpidas que sejam! No fim das contas a organização sócio-política mais adequada para o ser humano é a ditadura; no caso do Brasil, uma ditadura militar ou a ditadura do politicamente correto (politicamente correto, que é CIENTIFICAMENTE incorreto). Se a ditadura não é imposta às pessas, elas mesmas criam a ditadura! Culpa da evolução essa bagaça.
Deus meu! André, perdoe as possíveis digressões e a quantidade de palavras escritas!
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Hmmm…
Apostaria na funcionalidade deste dispositivo que acumula energia ao sacolejar, afinal de contas, esse conceito é muito antigo. Não saberia dizer se quimicamente seria possível algo do tipo. Já tive relógios mecânicos – com sistema de mola nesse conceito (extremamente precisos) – já tive relógios (Seiko e Cásio) e lanternas que recarregavam suas baterias ao sacolejar (e não precisava masturbar-se para tal) e duravam muito tempo e uma câmera fotográfica Minota com flash eletrônico com esse conceito – CLAAAAAARO que eram coisas mais rudimentares, porém muito sofisticadas para decada de 1970, mas com a miniaturização e eficiência dos componentes e materiais, acredito que é possível enfiar micro geradores dentro da “pilha”. Como diz no anuncio da Pilo, ela não serve para “trabalhos pesados” – mas já é um bom começo – a idéia não é ruim não! Até pode parecer uma furada agora. Eu não fico apostando nessa palhaçada de ecoretardoecologismo – é muito mais prático você balançando seu dispositivo (qualquer movimento) do que ter que parar para carregar em alguma tomada.
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@observer, e outra coisa, nesse sistema (no que eu descrevi) não viola-se a 2° Lei da termodinâmica, como fica óbvio observar e também o acumulador não dura a vida toda, né?
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Eles dizem que sim.
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@André, sempre tem malucos no meio desses projetos.
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Não saberia dizer se quimicamente seria possível algo do tipo
Não, não é.
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@André, hehehe…tá esperando o que pra inventar isso?
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Em princípio tal pilha é possível. Pode haver um mecanismo miniaturizado de dínamo tal como de lanternas a led recarregáveis. Um imã de neodimio movendo dentro de um cilindro de bobina funciona. O armazenamento não precisa ser químico como de bateria. Pode ser um supercapacitor já que a voltagem é baixa. Supercapacitores eram muito usados em videocassetes para manter o relógio calendário. Esses supercapacitores armazenavam grande capacidade de carga mas só forneciam correntes muito baixas, compatível com consumo de circuitos integrados CMOS.
Quem já tentou usar uma lanterna ou carregador a dínamo sabe que não basta uma sacudidela. Tem que fazer força mesmo. Eu tenho um carregador de celular a dínamo. Fornece 5V não regulados de voltagem mediante uma canseira na mão. Simplesmente não dá para ficar horas tentando carregar um celular. É o cão.
Muitos circuitos consomem muito pouca energia, tal como cartões de proximidade e tags automotivos tipo sem parar, ou cartões de passagens de ônibus. Esses circuitos consomem tão pouco que são alimentados pela rádio freqüência do sinal do leitor.
Existem muitos circuitos de rádio , inclusive nova geração de tecnologia wifi para aparelhos tipo internet das coisas (internet of things) , que estão sendo lançados com consumo extremamente baixo , podendo usar uma bateria de lítio CR2032 e operar vários anos. Esses aparelhos ficam dormindo e de tempos em tempos acordam , fazem medidas , transmitem e voltam a dormir. A transmissão é muito rápida e curta, permitindo um consumo mínimo de energia.
Essa categoria de equipamentos é real, existe e poderia ser alimentada por tal tipo de pilha. Porém , aplicações de maior consumo ficam inviáveis.
A maior durabilidade seria por não haver reação química, mas armazenamento em capacitor.
A vantagem desse tipo de equipamento não está na ecologia, mas na utilização de aparelhos sem fio mais práticos. Por exemplo, um medidor médico acoplado ao corpo e que se recarrega com o nosso movimento e envia os dados via rádio para um celular ou modem que envia ao médico pela internet. Poderia ser usado para medir a forma de onda de sinais cardíacos por exemplo. Ou um medidor de fitness como da Nike , ou de taxa de açúcar. Ou mesmo um marcapasso que não precise trocar bateria.
Com um bom supercapacitor, esse tipo de equipamento é totalmente viável.
Porém o anúncio tal como apresentado no site, parece mais um pega trouxa. Você paga e fica esperando chegar. Nenhuma informação técnica apresentada.
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Matéria e anti-matéria se aniquilam liberando muita energia. Logo, motores warp existem.
Sério, é muita vontade de querer acreditar nestas merdas. E vcs ainda criticam crentes.
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@André, esse caso em especial provavelmente é golpe, porém no nível tecnológico atual um gadget como esse é totalmente viável nesse tamanho de pilha AA, para as aplicações citadas. O nível de energia fornecido pelo movimento é perfeitamente compatível com o consumo dessas aplicações. Poderia até usar isso em calculadoras ao invés de células solares. Provavelmente seriam mais caras pelo custo do gerador dínamo.
Entre no deal extreme e verá modelos de dínamos para carregar celulares. Eu tenho um. Só que para isso tem que fazer muita força pois a potência é alta.
Veja o site da Texas instruments e as aplicações de módulos de rádio freqüência de baixíssimo consumo. Desde rádios a 433MHz tipo controles de garagem , até wifi e Bluetooth. Qual o problema então?
Eu uso microcontroladores da Atmel que operam com correntes de microamperes se devidamente programados em tensões de 1.8 a 5.5V. Fazer uma medida de voltagem e transmitir os dados em milisegundos com um transmissor de 433MHz é bico.
A Wikipédia tem um ótimo artigo de supercapacitores.
O que essas pseudo pilhas não servem é para ligar lanternas e aparatos de alto consumo pois precisaria muitas horas de movimento para alguns segundos de uso.
A energia de movimento do braço já mantinha um relógio Seiko automático funcionando mais de um dia. Eletronicamente falando, isso pode ser usado para manter um relógio digital ou outras aplicações citadas funcionando também. Nenhuma mágica ou fantasia. Basta um pêndulo com um imã na ponta passando próximo de uma bobina que terá energia para alimentar um circuito integrado de um cartão de proximidade de um crachá eletrônico.
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esse caso em especial provavelmente é golpe
Então, fim! Sem verborragia. Não me interessa outros tipos, não me interessam relógios. Esta pilha eterna é engodo, e os demais comentários que vc postou não serão aprovados para não ter desvio de assunto.
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