Um reino tão vasto cujo Sol nunca se põe

O título faz alusão ao mundo conquistado por Alexandre da Macedônia. Indo do Egito até quase chegar no Oriente Distante. Um império tão imenso (e fugaz, entretanto) que em algum ponto dele estava fazendo Sol, não importando em que momento fosse.

Nós abrimos mais horizontes que Alexandre, conquistamos outros mundos sem que um exército chegasse lá e mandasse tudo para a vala. Nossa última fronteira é o Espaço, mesmo tendo nos aventurado muito, muito pouco, conquistamos o inimaginável. Um reino onde realmente o Sol nunc se põe.

A Estação Espacial Internacional (ISS) é um dos maiores feitos do Homem. Não dominamos o Espaço, e tampouco creio que alguém o faça, seja nossa espécie ou alguma outra. Sues tripulantes tiram onda sobre nós. Enquanto dependemos de um espaço de tempo de 24h para ver um pôr-do-sol, os tripulantes da ISS veem várias vezes, pois ela dá uma volta ao redor da Terra a cada 92 minutos.

O detalhe é que por causa do ângulo inclinado da Terra (em torno de 23,5º) a orientação da Terra está sempre mudando. Sempre é dia de um lado, e o movimento (aparente) do Sol nunca o faz sumir, ficando num ciclo contínuo, até que a ISS mude de posição. O resultado é isto aqui:

Este timelapse foi feito pelo astronauta Reid Wiseman é fantyástico. O Sol parece dançar a nossa volta, o que fingimos ter alguma significância para o Universo; podemos até mesmo nos achar especiais. Se temos algo de especial, é a capacidade de ter registrado algo tão bonito quanto isso, e poder compartilhar com outras pessoas, para que estas se maravilhem também, enquanto outras preferirão um jogo de futebol.

Futebol tem sempre, o Universo também. A importância é a que damos a cada uma dessas coisas. Eu já fiz a minha escolha.

3 comentários em “Um reino tão vasto cujo Sol nunca se põe

  1. Muito legal um vídeo destes. Na hora de os astronautas repousarem com certeza deve haver uma parte da estação que não é iluminada, pois um dia interminável assim é bem complicado. André uma pergunta: esta situação é análoga ao que ocorre na Antártida não é mesmo?

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