Qual a diferença entre cientistas de verdade e idiotas falaciosos? Cientistas de verdade não têm medo de colocar a cara à tapa e publicam suas pesquisas em periódicos indexados, com revisão por pares (o chamado peer review). O máximo que criaBURRIcionistas conseguem é publicar suas besteiras em sites religiosos ou postar videozinho babaca no YouTube (de preferência, desabilitando os comentários, para não passarem vergonha). Um grupo de estudantes fez um projeto de ciências e descobriram que as abelhas podem ser treinadas para reconhecer cores em busca de alimento.
Que estudantes conseguem publicar seus estudos em periódicos científicos não é novidade. A novidade é que os referidos estudantes são alunos da Escola Primária Blackawton, e têm entre 8 e 10 anos. Resumindo: estas crianças possuem mais periódicos científicos publicados que a soma de todos os criaBURRIcionistas juntos. CHUPA, SABINO! (ops, ele pode levar a sério)
As crianças foram orientadas pelo dr. Beau Lotto, neurocientista da Universidade College de Londres. O bom doutor garantiu que o trabalho foi "inteiramente concebido e escrito" pelas crianças e até os diagramas e tabelas estão com as letras delas, como pode ser visto no artigo publicado pela Biology Letters, que não é muito reconhecida por não dizer "Jesus é O Senhor" em cada parágrafo e mesmo assim é uma das mais respeitáveis revistas científicas do mundo.
Enquanto isso, no mundo criacionista, temos as seguintes publicações revisadas por pares:
É… bem. Vamos deixar pra lá.
A pesquisa das crianças visa o estudo comportamental das abelhas, que eu AINDA ACHO serem mais evoluídas que muita gente. principalmente idiotas que não possuem senso de humor e resolvem escrever besteiras em sites de divulgação científica e pensamento crítico.
De acordo com as crianças os perclaros cientistas, as abelhas podem usar as combinações de cores para orientar-se no espaço ao decidir qual é a cor da flor para onde estão se dirigindo. Além disso, eles descobriram que Ciência é legal, divertido e ajuda a você sacanear os amiguinhos, principalmente se houver amiguinhos formados em jornalismo e mantém sites idiotas tentando defender o indefensável, com mais de 20 anos na cronologia e menos de 4 em termos de idade mental.
A Royal Society – uma das maiores entidades científicas do mundo, tendo tido o orgulho de ser presidida pelo próprio Isaac Newton a partir de 1703 – disse que faltava compreensão sobre o objeto de estudo das crianças, e que as descobertas eram um "verdadeiro avanço" no campo abordado. O editor da revista Biology Letters, Brian Charlesworth, disse que o estudo é o primeiro caso do tipo no mundo. E tiraram de Emily Rosa o título da mais jovem cientista a publicar um artigo em periódico indexado.
Não se tem muito a dizer sobre isso, a não ser que dá gosto de ver como a visita de um cientista em escolas é de extrema importância e devia ser obrigatória em todos os lugares. Ter um cientista na sua escola é algo de suma importância, não só para o colégio, mas pro próprio cientista, onde ele vê como seu trabalho é reconhecido e, que ninguém nos ouça, adoramos falar das coisas que fazemos ou pesquisamos.
Crianças são curiosas e sempre estão dispostas a aprender e investigar o mundo. Com adolescentes é difícil a competição, ainda mais com os orcútes da vida, em se tratando no Brasil. Mas se uma criança se interessar, se uma única criança entre todo o corpo discente de um colégio resolver dar maior atenção ao cientista que foi lá e falou sobre o seu trabalho, então teremos uma vitória.
Então, escolas, parem com esta babaquice de PCN, que isso não leva a nada. Joguem os livros de Piaget e Paulo Freire no lugar devido deles: um incinerador. Demitam os pedagogos (se puderem surrá-los, tanto melhor) e contratem professores competentes (pagando um salário decente) e chamem cientistas de verdade e não os idiotas que fazem palestras nos colégios, falando besteiras, cobrando caro à beça só pra dizer que os professores são culpados pelo péssimo rendimento de alunos que não querem nada com nada e simplesmente não estudam e nem copiam a matéria posta na lousa. Cientista MESMO irá no seu colégio DE GRAÇA (claro, dependendo de sua agenda), pois cientista sério leva a Educação em alta conta e adoram falar com os seres humanos mais inteligentes, curiosos, intuitivos e desprovidos de preconceitos do mundo: as crianças.
Meus parabéns ao doutor Lotto e todas as crianças os perclaros cientistas da Escola Primária Blackawton. Vocês entram na lista dos Grandes Nomes da Ciência.
Se eu te contar que na minha escola havia um programa chamado “pequeno cientista” que ia da 3ª à 7ª série do fundamental e que o curso era basicamente aulas de biologia, você ri ou chora? Cientistas, parem de mostrar a superioridade delas D: estou chorando há dias querendo um pantone das abelhas! Agora quero mais ainda… Uma dúvida, será mesmo que um cientista no Brasil disponibilizaria seu tempo gratuitamente para esse exercício? Penso em brasileiro e associo direto com dinheiro.
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Sim, disponibilizaria. Um exemplo é o dr. Julio Vianna Barbosa, um dos maiores especialistas em pediculose do Brasil (talvez, do mundo). Ele se dispôs a fazer uma palestra no colégio onde trabalh. A primeira pergunta que me fizeream: “Quanto ele cobra?”. Eu respondi que era muito caro: duas resmas de papel, para o material impresso, fazendo sistema agentes multiplicadores.
Até hoje ninguém se interessou. Mas convidaram as Tanias Zagury da vida, que cobram mais de 4 mil reais, para ficar falando merda por uma hora.
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@Mari., Eu rio somente porque na minha, depois de dois anos de trabalho, tudo o que fizemos foi… demonstrar a refração.
Sim, falo do copo d’água com lápis dentro.
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Dr. Beau Lotto, palmas pra você. :cool:
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Sendo um cientista, acho que eu também faria uma palestra de graça. Levando em conta o tempo e o interesse dos alunos, tudo seria bem gracioso e gratificante. O problema é fazer algo do tipo, e ao chegar lá, ter que lidar com retardados juvenis.
Pra isso, só se for bem… MUITO BEM, pago.
E crianças publicando periódico indexado é um banho nos preguiçosos mentais.
Toma, juvenis imbecis!
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Me deu inveja da ajuda que essas crianças receberam.
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Elas ganham bolsa-familia? Não. Vale-gás? Não. Têm cinema de graça? Não. Teleférico perto de casa? Não. Elas êm uma ridícula vida infeliz se comparado com as crianças do Morro do Alemão, por exemplo. Estudo? Que país ridículo é esse que não aprova diretamente suias crianças por métodos de aprovação automática. E suas escolas públicas têm professores que não entendem sua realidade e cobram conteúdo e ensinam de forma a transformá-los em robozinhos que pensam, ao invés de valorizar sua cultura que traz do ambiente onde vivem.
Não sei porque vc as inveja.
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@André,
Também morri de inveja. Minha professora de PD1 (metodologia científica) no ensino médio (pra vocês verem) só passou um resumo de um livro sobre a história da ciência. Certa vez, ela confirmou para um amigo crente, que vivia me enchendo o saco com proselitismo, que o homem tinha uma costela a menos que mulher.
Não sei no resto do país, mas a educação pública no DF está falida. Meu único professor de matématica interessado em ensinar, vivia respondendo processos na regional de ensino por ter reprovado a maioria dos alunos.
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@André, Inveja da qualidade do ensino. Dar bolsa-familia, gás etc é como tratar uma doença. Previnir é mais barato e eficaz.
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Ouso dizer que nem meus mestres e doutores de faculdade não são capazes de orientar seus alunos ( como eu) para uma publicação deste tipo.
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Meus sinceros parabéns ao André, por publicar este belo exemplo a ser seguido, e dar incentivo à presença de cientistas em escolas e colégios. Defendo também a presença de trabalhadores de setores diversos, ministrando palestras, do presidente de multinacional a camelô. Em tempo: Meu irmão (12 anos, 6ºano), foi recentemente reprovado, na (André, você deve conhecer) E. M. Ramiz Galvão, em Realengo. Agora o zé mané está querendo estudar, porque sabe que vai passar vergonha com os coleguinhas. Fiquei muito feliz com isso, achei que meu irmão iria passar por mais um ano letivo sem saber interpretar um texto, escrever uma palavra corretamente, e realizar cálculos matemáticos simples. Ele mesmo achou que ia passar por aprovação automática. Mas NÃO.
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O pior é saber que alguns colégios particulares brasileiros parecem dar razão aos pequenos clientes na hora da brincadeira com o dinheiro dos pais (ao demitir bons professores pela rigidez na cobrança das tarefas), mas tais instituições levam na brincadeira o estudo crítico sobre o método científico. :???:
Afinal, tais experiências parecem não contar para os vestibulares e ENEMs da vida. :cry:
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