Uma grande pergunta, e até agora não respondida, no decorrer da evolução humana é quando os humanos modernos começaram a se expandir pelo mundo. O crescimento demográfico estava associado com a invenção de determinadas tecnologias em particular? Ou as inovações comportamentais por caçadores-coletores no último Pleistoceno, com o início da agricultura durante o Neolítico?
Bem, pelo visto, os dados vindos das 3 populações não-africanas sobreviventes (bascos franceses, os chineses Han e os melanésios) são inconsistentes com o modelo de crescimento simplificado, presumivelmente porque eles refletem histórias demográficas mais complexas. Em contraste, os dados vindos das 4 populações sub-saarianas na África concordam com as duas fases do modelo de crescimento populacional. As análises suportam a teoria em que o crescimento populacional teve um desempenho significativo na evolução das culturas humanas no Pleistoceno Tardio.
As evidências genéticas revelaram que as populações humanas começaram a expandir-se em tamanho na África aproximadamente há 40.000 anos atrás. Uma equipe de pesquisa liderada por Michael F. Hammer (Divisão de Biotecnologia do Laboratório de Pesquisa Arizona, da Universidade do Arizona) concluiu que populações sub-saarianas aumentaram em tamanho bem antes do desenvolvimento da agricultura (ocorridfa durante o Neolítico).
O Paleolítico (pedra antiga) é também conhecido como “Idade da Pedra Lascada” (porque os homens lascavam pedras, como podem imaginar, para fabricar ferramentas, juntamente com madeira). É um período pré-histórico correspondente ao intervalo entre a primeira utilização de utensílios pelo homem (cerca de 2 milhões de anos atrás) até ao início do Neolítico (cerca de 10.000 A.E.C.). Um tempo legal, com uma ridícula expectativa de vida, com pessoas que não sabiam falar direito, emitiam grunhidos e que ainda não tinham inventado a escrita (a Escrita foi marco divisório entre a Pré-História e a História). Em suma, não é muito diferente de hoje, tirando o fato que o pessoal vive mais, salvo se depender do SUS.
No Paleolítico, os homens eram essencialmente caçadores e coletores, ou seja, os hominídeos caçavam animais e comiam vegetais, apresentando uma economia de subsistência, tendo que se deslocar constantemente em busca de alimentos (os chamados “nômades”). Tal período histórico subdivide-se em Paleolítico Inferior (até há 300 mil anos) e Paleolítico Superior (até 10 mil A.E.C., onde começa o Neolítico).
Na pesquisa publicada na PloS ONE, podemos ter uma noção maior sobre as reconstruções do momento e a magnitude das mudanças no tamanho da população humana. Assim, aprendemos como são importantes para a compreensão da evolução da nossa espécie, exceto se você for daqueles que acreditam em chuvaradas torrenciais ou que simplesmente apareceu num monte de barro.
Nada na Ciência é imposto e livremente aceito por Apelo à Autoridade. Assim, tem havido houve um longo debate se os seres humanos começaram a aumentar em número, como resultado das tecnologias inovadoras e/ou comportamentos formuladas por grupos de caçadores-coletores do Pleistoceno tardio, ou com o advento da agricultura no Neolítico. A pesquisa do Dr. Hammer une conhecimentos genéticos empíricos (isto é, em análises laboratoriais) com descobertas na paleontologia e arqueologia, ajudando a desvendar respostas a questões interdisciplinares no tocante a quais os tipos de inovações conduziram o sucesso evolutivo dos seres humanos.
A equipe da Universidade do Arizona, chefiada pelo Dr. Hammer, juntamente com o seu colaborador do Instituto de Genética Humana e o Departamento de Bioestatística e Epidemiologia da Universidade da Califórnia, analisaram o material genético de cerca de 184 indivíduos de sete populações humanas e utilizaram uma abordagem computacional para simular a evolução genética de linhagens ao longo do tempo. Os pesquisadores descobriram que ambos os caçadores-coletores e grupos que produziam seus alimentos melhor se encaixam nos modelos com aproximadamente dez vezes o crescimento da população, tendo início muito antes da origem da agricultura. Pela primeira vez, a equipe de Hammer foi capaz de investigar o momento da expansão da população humana, aplicando inferenciais estatísticas sofisticadas para um grande conjunto de dados em várias populações da África sub-Saariana contemporânea.
A equipe da finamente executou um delineamento experimental e a utilização de poder computacional bem robusto, permitindo-lhes determinar que esta expansão populacional começou no início do Pleistoceno Tardio, um período da pré-história que mostra uma intensificação dos sítios arqueológicos, um aumento da abundância de tecnologias baseadas na pedra lascada, e ao reforço de troca de longa distância, isto é, com o aparecimento do comércio rudimentar. O próximo passo do projeto é de reunir mais dados por meio de testes complementares e mais sequências genéticas das populações.