O papiro de 16 metros encontrado em Saqqara, no Egito

O Egito é uma das civilizações mais famosas e que despertam interesse e penetra fundo no imaginário popular. As Pirâmides, os templos, e, claro, as múmias. Não apenas isso, os magníficos hieróglifos esculpidos em pedra, pintados sobre gesso e escritos em papiro. O Egito não para de trazer maravilhas enterradas sob a areia milhares e milhares de anos, e a todo momento há algo fascinante emergindo, como o enorme papiro encontrado, com quase 16 metros de comprimento.

Em junho de 2022, arqueólogos estavam m Saqqara, examinando uma tumba extremamente importante, já que seu dono era Ptahemwi , que exercia o cargo de tesoureiro-chefe do rei Ramsés II, além de possuir os cargos de “escriba real”, “supervisor chefe do gado” e “responsável pelas oferendas divinas” no templo de Ramsés II em Tebas. Sim, ele era extremamente poderoso!

Mas lá não tinha apenas o sarcófago de Ptahemwia. Havia mais uns 250 sarcófagos no local, muito provavelmente fiéis servidores do tesoureiro de Ramsés II, o que era uma honra. O papiro gigantão foi descoberto dentro de um dos 250 sarcófagos de madeira encontrados na área da pirâmide de Saqqara, com a tumba de uma rainha desconhecida e cinco túmulos pintados.

E não, ele não é o maior papiro já encontrado. Tem um de cerca de 20 metros de comprimento posto m exibição em 2018.

O papiro encontrado em Saqqara está escrito em tinta preta na maioria dos textos, embora haja alguns textos em tinta vermelha, e contém 113 capítulos do Livro dos Mortos distribuídos em 150 colunas de tamanhos e tamanhos diferentes, bem como o número de linhas em cada coluna.

Os capítulos foram escritos e organizados em boa coordenação, em que os escribas escreveram os capítulos em locais específicos, além de identificar outros locais para ilustrações. O papiro começa com um espaço vazio de cerca de 40 cm, depois disso há uma grande cena mostrando o dono do papiro enquanto ele adora o ídolo Osíris sentado num trono.

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Quanto aos hieróglifos contidos no papiro, trata-se de uma linha clara escrita de forma organizada que reflete o profissionalismo do escriba que realizou este trabalho, pois o papiro é um excelente complemento aos textos do Livro dos Mortos que datam da era ptolomaica de Saqqara.

Mesmo que não seja o maior, o papirão gigantão ainda tem o seu valor. Esta obra maravilhosa tem mais de 2.000 anos e continha uma parte do Livro Egípcio dos Mortos, que como você aprendeu no filme A Múmia, do Brendan Fraser, é um livro encadernado com feitiços para serem usados durante os rituais fúnebres, apesar de livros encadernados não existirem na época; os papiros eram enrolados.

Mas a parte dos feitiços é real, apesar de não fazerem aquilo que aparece no filme (e Imhotep não era sacerdote. Era arquiteto, mas não vai querer aprender história naquele filme maravilhosamente farofa, né?)

De acordo com a declaração oficial do Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito, o papirão gigantão foi totalmente restaurado no Museu Egípcio em Tahrir, e está sendo traduzido e logo será exibido na inauguração do Grande Museu Egípcio.

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