Katherine Johnson alcança a imortalidade aos 101 anos

Hoje é segunda-feira de carnaval, mas apesar de toda festa e folia, alguns olhos ficaram marejados. Levantados de suas tábuas e réguas de cálculos, algumas pessoas fecharam os olhos e fizeram um minuto de silêncio, pois sua musa inspiradora. Entendam, eu sou do tempo que “musa” não era uma dona seminua siliconada, mas alguém que inspira ações e produções nas artes e ciências. Um exemplo deste tipo de pessoa é Katherine Johnson, aquela que ajudou a mandar o Homem à Lua e voltar em segurança.

Infelizmente, mrs. Johnson resolveu misturar-se com os éons numéricos do Espaço-Tempo, falecendo aos 101 anos de uma vida bem vivida e plena de realizações.

Em 2015, eu escrevi um artigo sobre Katherine Johnson, e mais não preciso dizer a não ser o quão especial ela foi, com sua matemática e primeira linha, a ponto dos engenheiros irem ter com ela para que ela revisasse todos os cálculos feitos pelos avançadíssimos (pra época) computadores. Quando há vidas humanas em risco, o lápis do matemático recebe uma carga de responsabilidade maior que os frios dígitos dos formulários contínuos (pergunte ao seu avô).

Katherine Johnson teve uma excelente e longeva vida. Guardando para si as glórias e reconhecimentos que alguém de sua grandiosidade merece, ainda que se pense que é pouco pelo tanto que ela proporcionou, mas quando vemos que muitos outros não tiveram finais de vida nada ótimos, reconhecemos que mrs. Johnson sempre teve para si a admiração de todos de uma agência espacial recém-nascida e pelos anos seguintes sempre tida como a tia querida.

Na cerimônia do Oscar, ela foi homenageada, já que sua história havia sido contada no filme Hidden Figures, com o questionável título traduzido Estrelas Além do Tempo, em que ela, Dorothy Vaughan e Mary Jackson fizeram toda diferença, embora não apenas elas.

Em 2015, ganhou a Medalha Presidencial da Liberdade.

Ficamos tristes pela partida de mrs. Johnson, mas seu legado ainda estará conosco por muito tempo, e a cada foguete que for ao Espaço, um voto de gratidão pelo seu trabalho e de muitos que se esforçaram para o futuro ter chegado; e como é dito no Tao The Qing,aquele que morre, mas não perece, alcança a imortalidade.


Se você é daqueles insuportáveis que vivem enchendo o saco que a Barbie é só patricinha loira, a imagem de abertura é a Barbie da Katherine Johnson

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