Grandes Nomes da Ciência: o Homem Velho de Croghan

O Irlandês levantou cedo, como era de seu costume. Tomou um modesto café da manhã, embora estivesse acostumado a boas refeições, ergueu seu corpanzil, ajeitou a tira de couro trançado em seu braço – um símbolo de status que lhe era digno – e saiu de casa; para fazer o que, ninguém sabe, mas saiu. Saiu e era aguardado. Sorrateiramente aguardado.

O Irlandês foi atacado. De surpresa! Ele tenta se defender, se machuca até que uma facada em seu peito é fatal e ele cai, vencido. Seus algozes não terminaram aí. Cortam-lhe fora a cabeça, como se por ordem da Rainha de Copas, partem seu corpo ao meio e jogam o corpo do Irlandês vencido no pântano. O motivo do crime? Ninguém sabe. O Irlandês lá ficará por anos, décadas, séculos, milênios… até ser descoberto. Continuar lendo “Grandes Nomes da Ciência: o Homem Velho de Croghan”

O maravilhoso atlas anatômico dobrável de Voghterr

O estudo de Medicina sempre foi difícil, ainda mais quando se precisa de modelos anatômicos e gravuras do que se deve estudar. Na Idade Média era mais complicado, já que estudar em corpos não era bem visto, em alguns locais terminantemente proibido. Quem tinha dinheiro, podia pagar por modelos anatômicos de marfim, mas essa não era a realidade de todo mundo. Então, os livros anatômicos era de sua importância. Por isso, o trabalho de Heinrich Vogtherr é tão importante.

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Grandes Nomes da Ciência: Jesse Ramsden

Medir é um problema sério. Já começa que todos os sistemas de medida são arbitrários. O cara pega algo que usa como padrão e pronto, tudo tem que se encaixar ali, e é daí que começam os problemas. Nos múltiplos, tudo uma maravilha. Nos submúltiplos e fracionamentos em geral é que começa a dor de cabeça.

Quando o comércio marítimo se intensificou no século XVI-XVII, estava cada vez mais necessário saber em que parte do mundo você estava. Não apenas isso, como chegar em determinada parte do mundo. Levando em conta que a Terra foi dividida em trópicos e meridianos, e estes levam em conta medições em ângulos, era de suma importância ter instrumentos capazes de trabalhar com frações de ângulos e arcos de ângulo. Continuar lendo “Grandes Nomes da Ciência: Jesse Ramsden”

Grandes Nomes da Ciência: Nathaniel Ward

O homem caminha até a sua criação. A olha com curiosidade. Vê que ela precisa um pouco de sua intervenção. Só um pouco. Por 12 anos não precisou, mas agora seria ótimo dar uma ajudinha. Ele contempla a enormidade de sua criação, tanto em tamanho, como longevidade. Ele faz o que tem que fazer, e ele sai. E por mais algumas décadas, sua criação estará sem nenhuma intervenção. Ali, funcionando sozinha, independente. O homem sai satisfeito. Sua selva particular está a contento e ele sendo o deus bondoso daquele sistema, o deixa prosseguir. Continuar lendo “Grandes Nomes da Ciência: Nathaniel Ward”

Grandes Nomes da Ciência: Anatoly Bugorski

O homem prestes a sofrer um terrível acidente caminha pelos corredores. Ele não sabe o que lhe aguarda, não faz ideia do que as Leis da Física poderiam fazer com seu corpo em instantes, e sequer passava pela sua cabeça todo o sofrimento que uma burocracia insana faria com seu corpo e mente.

Esta é a história de Anatoly Bugorski, o homem que teve o seu Chernobyl particular, e viveu para contar a sua trágica história. Continuar lendo “Grandes Nomes da Ciência: Anatoly Bugorski”

Katherine Johnson alcança a imortalidade aos 101 anos

Hoje é segunda-feira de carnaval, mas apesar de toda festa e folia, alguns olhos ficaram marejados. Levantados de suas tábuas e réguas de cálculos, algumas pessoas fecharam os olhos e fizeram um minuto de silêncio, pois sua musa inspiradora. Entendam, eu sou do tempo que “musa” não era uma dona seminua siliconada, mas alguém que inspira ações e produções nas artes e ciências. Um exemplo deste tipo de pessoa é Katherine Johnson, aquela que ajudou a mandar o Homem à Lua e voltar em segurança.

Infelizmente, mrs. Johnson resolveu misturar-se com os éons numéricos do Espaço-Tempo, falecendo aos 101 anos de uma vida bem vivida e plena de realizações.

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Grandes Nomes da Ciência: Frances Glessner Lee

Os investigadores olham a cena. Algo está errado. Eles se detêm nos detalhes. Sim, algo está muito estranho. Sim, a vítima se matou, é o que tudo indica… mas tem algo errado! Por que alguém que cometeria suicídio teria feito um bolo pouco antes? Não, não faz sentido. Os investigadores chegaram à conclusão: assassinato. A perpetradora foi uma senhora, uma senhora de olhos doces e rechonchudinha como a Dona Benta. Uma senhora que cometeu vários assassinatos de todos os tipos, desde facadas até tiros, envenenamento, enforcamento e asfixia.

A tia era uma máquina de bolar as mais cruéis mortes, sendo mestra em disfarçar os assassinatos, dando trabalho para investigadores, brincando com o poder de dedução deles usando seus conjuntos de casas de bonecas. Sim, isso mesmo que você leu: casinhas de bonecas.

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Grandes e Enormes Nomes da Ciência: Ariennes Kawahira

Eu estava aqui escrevendo um artigo sobre peles artificiais, no melhor de divulgação científica. Aí o Ronaldo me traz uma notícia muito importante, sobre um novo canal de divulgação científica. Uma química que explica muito bem os meandros da ciência que estuda as misturas e combinações. Assim, ela criou um canal no YouTube, já que canal de divulgação científica nunca é demais. Mas… sei lá, mas algo me diz que ela fará mais sucesso que eu. Deve ser porque ela tem um quê a mais!

Na verdade, dois belos quês!

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Grandes Nomes da Ciência: Camille Schrier, a Miss Química

Saltos ecoam pausadamente no chão. O alvo traje bem ajeitado sobre o corpo delineia bem, mas não tanto para se divisar o que se tem dentro. Não é importante. Os cabelos lindos, macios e sedosos rebrilham nas luzes e a bancada está à sua frente. Luvas postas nas mãos. Óculos de segurança como manda a norma. Um leve batom, mas vaidade não é impedida no meio científico.

A cientista coloca os reagentes, executa a experiência. Ela logra o prêmio maior, o prêmio que buscava. Esta cientista ganhou o título Miss Virgínia.

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Grandes Nomes da Ciência: David Hahn, o Escoteiro Radioativo

A polícia foi chamada. Os Homens de Azul receberam um alerta e foram investigar um caso de roubo. Ao chegarem perto do automóvel, foram instados em tom de alarme para não chegarem perto. Ao abrirem o porta-mala, o que viram os deixou estupefatos. Não era um corpo, ou mesmo um alien. Era um… reator nuclear! E com níveis alarmantes de radioatividade; e foi aí que se soube da história de um escoteiro com ideias avançadas demais, e noção de menos.

Esta é a história do Escoteiro Radioativo.

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