Bactérias são uma constante em nossa vida, seja para o bem ou para o mal. Algumas bactérias são patogênicas e isso significa que fazem um mal desgraçado. Vírus não são nada perto de uma bactéria daquelas bem motherfucker. A nossa pele está lá, cheinha de bactérias, sendo que larga maioria pode viver na pele humana sem prejudicar o hospedeiro, mesmo porque isso seria uma atitude burra do parasita, e nós sabemos o quanto tudo foi divinamente planejado, né?
Agora, pesquisadores estão atrás dessas colônias de bactérias que não só não nos prejudica, como ainda produzem substâncias antimicrobianas.
O dr. Teruaki Nakatsuji, além de ter nome de vilão de anime japa, é pesquisador do Departamento de Dermatologia da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia, San Diego. Eu não sei direito o por que dele ter ido fuçar as bactérias da pele; provavelmente querendo um modo de dominar as Esferas do Dragão. O que eu sei é que ele e seus youkais, digo, seus colaboradores começaram a fazer o trabalho DE CORNO de rastrear cerca de 10.000 colônias de bactérias. No corpo todo? Não, não! Essas, só na epiderme. Delícia de trabalho, hein?
O que estavam procurando? As cepas que possuem capacidades X-Bactérias de produzir peptídeos antimicrobianas, e estimar qual a taxa destas criaturinhas estão presentes na pele saudável e não-saudável. Se os pesquisadores conseguirem identificar essas cepas e quais os peptídeos que elas produzem que podem mandar outras bactérias para a vala, pode-se cultivar essas bacteriazinhas do bem e transplantá-las para outras pessoas que não as possuem, de forma a trata-las de dermatite atópica, por exemplo.
Péra! Qual o sentido de bactérias produzirem substâncias antibacterianas?
Evolução não implica nas coisas fazerem sentido ou não. Faria muito sentido se eu fosse imperador do Universo, mas ainda não foi o caso. A questão é que não existe um antibiótico badass que dê conta de todas as bactérias, e é por isso que temos tantos problemas com bactérias cada vez mais fortes. Ainda assim, a bactéria que é capaz de produzir uma substância que mate outras bactérias é uma vantagem e tanto na competição por recursos. Menos bocas para alimentar, entenderam? Sim, eu sei que bactéria não tem boca. Não seja purista demais!
Usar algo que já existe é algo inteligente, pois essas próprias bactérias do bem acabarão produzindo outros antibióticos, pois ela também corre o mesmo risco que nós: estar rodeada de bactérias que serão selecionadas mediante quem é mais resistente. Sendo assim, essas bacteriazinhas do bem serão selecionadas mediante quem conseguir produzir outros antibióticos. Para pessoas que não tem essas bactérias, mas tem as patogênicas, tanto faz. As bactérias malvadonas que estão lá não estão capacitadas para responder positivamente frente a uma substância antibacteriana. Bye Bye, So Long, Farewell.
A pesquisa foi publicada no periódico Science Translation Medicine