Dois minutos observando a Natureza e vemos que artrópodes são os verdadeiros escolhidos para dominar o mundo. Afinal, efetivamente é isso que eles fazem São milhares de espécies de besouros, zilhões de insetos, e todos eles pouco se lixando para a gente. Você pisa em um. So what? Ainda têm alguns trilhões para você dar cabo. Eles estavam aqui antes da Humanidade aparecer, estarão aqui depois que formos doce e gloriosamente pra vala evolutiva. Nada mais natural que, ao se pensar em robôs, utilize-se a forma e estrutura já mais do que testada por bilhões de anos.
O melhor exemplo disso é Hector, o robôzinho maneiro que pode parecer um brinquedo, mas visa algo muito maior, como entrar por qualquer canto, que nem aquelas porcarias de baratas.
O dr. Axel Schneider trabalha no Departamento de Mecatrônica e Biomimética do Centro de Excelência em Tecnologia de Interação Cognitiva da Universidade de Bielefeld. Ele e sua equipe de pesquisa em biomecatrônica estuda o comportamento e morfologia de seres vivos para aplicá-los em robôs. Assim, eles desenvolveram o Hector, que visa servir tanto como uma plataforma de teste em robótica como dar uma mãozinha aos biólogos para entender melhor a bicharada. É um aprendizado em conjunto.
A questão básica é que o terreno nunca é retinho e plano. É acidentado e um sistema de locomoção como o dos artrópodes é um inegável sucesso evolutivo. Como eu sempre digo, para que reinventar a roda? Elas sequer seriam úteis, mesmo! Assim, os pesquisadores procuram imitar o modo de locomoção dos insetos e é daí que veio o Hector.
Cada uma das seis pernas podem mover independentemente uma da outra, e cada membro pode alterar seu movimento, enquanto já em movimento, se detectar uma possível colisão. Não é bem como nos insetos, já que insetos não possuem 6 cérebros. Mas estamos indo por um "terreno" diferente do que foi experimentado até agora, pois mesmo um inseto possui um cérebro mais complexo que alguns de nossos computadores. Dando uma um pequeno cérebro pra cada perna, os pesquisadores pretendem contornar a dificuldade, principalmente quando o robô encontrar algum obstáculo pela frente.
Sim, ele é lento e desengonçado. Mas responde bem ao que se está almejando momentaneamente. Porque, no futuro, espera-se que os tataranetos de Hector possam entrar em qualquer canto. Desde áreas de desabamento até manutenção de túneis e cavernas, nos quais poderia haver risco para nós, toscos humanos de duas pernas.
Fonte: Mãe da Criança.
Acho absolutamente lindo essas criações robóticas. Em breve eles retornam a um processamento único e central para a locomoção – os tempos de processamento e energia gasta melhoram muito. Como esse brinquedinho é um experimento já bem sucedido, então está valendo.
Vou modificar a frase (descupe-me por isso André):
“…pois mesmo um inseto possui um cérebro mais complexo que /muitos humanos por ai/”.
CurtirCurtir
@observer, meu…conserta isso.
” os tempos de processamento e energia gasta, melhoram miito. (Faltou a virgula ali)
CurtirCurtir