Novos estudos desvendam os segredos do archaeopteryx

O archaeopteryx sempre foi uma pedra no sapato dos pobres coitados que acham que o mundo veio do nada, onde as plantas apareceram antes do Sol e das estrelas. Ele foi até taxado como sendo uma fraude, mas como sempre, estavam errados. Ele é real, ele existe e foi um marco na história biológica, pois foi um dos primeiros fósseis intermediários encontrados, logo após a publicação da Origem das Espécies, de tio Darwin. Talvez, por isso, tenha havido um certo ceticismo sobre sua veracidade, mas exames e análises determinaram sua autenticidade.

Nosso amiguinho, classificado como sendo uma ave, semelhante a um corvo – escavado no sul da Alemanha, em 1860 – tinha penas, e um osso bifurcado (o chamado “osso da sorte”) como os pássaros atuais. Até aí, nada de novo, diriam alguns. Pássaro é pássaro. O problema é que ele possuía dentes e uma cauda longa e óssea, como os répteis. Ops! No entanto, modernas pesquisas, empregando tecnologia de ponta, está a ponto de mudar a denominação do archeopterix; de espécie de ave intermediária entre dinossauros e aves, para espécie de dinossauro intermediário entre dinos e aves.

Muito provavelmente, começará a choradeira dizendo que o Archaeopteryx não era um dino, era uma ave, ou então que a Ciência está errada, porque sempre muda de opinião. Eu dou graças ao verdadeiro deus por isso: o deus Conhecimento, pois sem ele ainda estaríamos matando pessoas, só por causa de sua cor de pele, para fazer bruxarias. Ou então, estaríamos fazendo matança de animais, a fim de fazermos rituais tolos, com direito a nos lambusarmos de sangue. Isso sim, é uma amostra de coisas que não se atualizam, não melhoram, NÃO EVOLUEM!

Agora, os cientistas estão examinando pequenas amostras de um osso longo de um dos espécimes encontrados, usando pela primeira vez microscópios de alta potência, identificando padrões inesperados. Tais padrões indicam que a espécie crescia em ritmo mais rápido que o dos répteis vivos mas equivalente a apenas um terço do crescimento dos pássaros modernos. Os indícios contestam a hipótese de que o archaeopteryx já havia desenvolvido as características fisiológicas de um pássaro moderno.

Traduzindo para leigos, o archaeopteryx estava mais pra dino do que pra ave, só que não era totalmente dino nem totalmente ave. Isso significa dizer que ele não só é mais um fóssil de transição, como o Anchiornis huxleyi, como amplia o nosso conhecimento do processo evolutivo que moldou os pequenos dinossauros, mediante a Seleção Natural, até chegar na variedade de aves que temos hoje. O archaeopteryx é mais um tio, avô, primo etc de nossas aves; e se você ainda duvida da ancestralidade das aves, levando-nos até os antigos dinos, sugiro que leia mais os nossos artigos, pois já publicamos sobre isso diversas vezes, como o artigo sobre o Aerosteon riocoloradensis e o Epidexipteryx hui.

No artigo publicado pela revista PLoS One, a equipe chefiada pelo Dr. Gregory Erickson, paleontólogo da Universidade Estadual da Flórida, concluiu que o archaeopteryx era um dinossauro emplumado que talvez tenha sido capaz de certa medida de deslocamento aéreo, ainda que possivelmente não de voo controlado. Em suma, ele possuía penas, não era capaz de voar.

AHÁ! Isso significa que ele não poderia ser o ancestral do meu bem-te-vi (e nem devia cantar como).

Isso pode estar certo, ou não. Afinal, os ancestrais das tartarugas não possuíam cascos como as modernas. De qualquer modo, muitas aves de hoje não são capazes de voar, como avestruzes e galinhas.

O Dr. Erickson declarou que um estudo com um microscópio polarizador demonstrou que a densa microestrutura dos ossos do animal não apresentava muitos traços de vasos sanguíneos. Ele afirma que isso constitui indício de um metabolismo lento, o que indicaria que o espécime provavelmente precisava de mais de dois anos de desenvolvimento para atingir o tamanho adulto. Os pássaros contam com metabolismo especialmente rápido, o que os torna capazes de deixar o ninho em dias ou algumas semanas, e isso tem uma explicação clara: Quanto mais tempo eles ficarem em seus ninhos, serão presas fáceis para os predadores. Assim, o processo evolutivo selecional naturalmente. As espécies que possuíam metabolismo mais acelerado, saíam do ninho mnais cedo, escapando do ataque de um possível predador. Quem não teve esta capacidade, não consegiuu escapar, servindo de banquete. Como mortos não se reproduzem, não houve muitos descendentes e estes foram comidos também. A Seleção Natural dá, a Seleção Natural toma.

Mark Norell, um dos co-autores do estudo e especialista em pesquisa de dinossauros no Museu Americano de História Natural, em Nova York, diz que as constatações demonstram que “a transição para os pássaros, em termos fisiológicos e metabólicos, aconteceu bem depois do archaeopteryx”. Como resultado, acrescenta, o surgimento evolutivo dos pássaros “continua a ser um imenso mistério”.

A questão reside numa questão simples, demonstrada numericamente: Quantos números existem entre 3 e 4? Resposta: Infinitos! Desde o 3,00(…)001 até o 3,99(…)999. Não existe UMA única espécie transitória. O processo de mutações são lentos, pois um nucleotídio não decide “ei, acho que vou trocar de lugar com meu amigo ali”. É um processo lento, onde novas características são adicionadas, enquanto algumas desaparecem. O archaeopteryx não é, nunca foi e nunca foi tido como sendo O fóssil transitório; ele foi MAIS UM fóssil transitório encontrado, queiram ou não. O mundo natural não vai mudar a cor do abacate, porque alguém gosta mais de azul do que verde.

No novo estudo, os cientistas trabalharam com Zhonge Zhou, do Instituto de Paleontologia e Paleoantropologia dos Vertebrados, em Pequim, conduzindo exames ósseos semelhantes em diversos espécimes recentemente localizados na China de espécies de dinossauros emplumados. Os cientistas concluíram que o Confuciusornis é a primeira espécie conhecida em que a transição para um ritmo de crescimento semelhante ao das aves foi concluída.

O Confuciusornis viveu cerca de 130 milhões de anos atrás. Ainda que seu ritmo de crescimento fosse um pouco mais lento que o dos pássaros de porte semelhante, essa espécie não tinha dentes ou cauda longa e parecia crescer mais rápido que o archaeopteryx e outros espécimes intermediários conhecidos. Fósseis de pássaros mais avançados, com ossos bem equipados com vasos sanguíneos, surgiram pouco menos de 100 milhões de anos atrás.

Não importa que empreendimentos idiotas, como o Creation Museum – que procura retratar o archaeopteryx como sendo mais um pássaro, a fim de não relacioná-lo com um dino. Os fatos estão lá, as evidências apontam. A ligação é clara. Algumas pessoas entenderão isso mediante as pesquisas e o resultado das análises. A outras só resta sua crença frágil como cristal, onde o urro de um dinossauro (inexistente, segundo a Bíblia) o faz tremer e esfacelar-se.

4 comentários em “Novos estudos desvendam os segredos do archaeopteryx

  1. Com certeza há outros intermediários,mas achá-los é mais uma questão de sorte,será que não há alguns destes no Brasil?? :?:

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