Jornal do Vaticano diz que vida não acaba com morte cerebral

Os chatólicos romanos, como sempre, mostram o quanto estão desesperados com os avanços da Ciência. Imagino que deva ser alguma mágoa que persiste desde o Renascimento. Agora, dão mais uma amostra de uma proverbial e ridícula ignorância (intencional ou não, eu ainda não descobri), onde fazem de tudo para justificar suas frágeis idéias de como o mundo funciona.

Em artigo publicado nesta terça feira (02/09), o Osservatore Romano, o jornaleco editado pelo Vaticano – famoso por publicar idiotices – afirmou que os atuais critérios científicos que definem o fim da vida estão superados e isto pode criar problemas bioéticos na definição dos casos de coma e anencefalias.

Ou seja, padres querem saber mais sobre medicina que os médicos. Com base no relatório cientifico Harvard, publicado 40 anos atrás, em 1968, ficou estabelecido que o fim da vida de um ser humano é definido pela morte cerebral e não mais pela parada cardíaca, para infelicidade dos tristes aristotélicos que sempre defenderam que nós pensamos com o coração e que o cérebro servia apenas para refrigerar o sangue.

Segundo o jornal da Santa Sé, novos estudos colocam em discussão esses critérios. O artigo do jornal é assinado por Lucetta Scaraffia, membro do comitê italiano de bioética, e vice-presidente da associação católica Ciência e Vida. Ela afirma que novas descobertas estão questionando a definição do sistema nervoso usada como justificativa científica do Relatório de Harvard.

Novas descobertas, minha filha? QUAIS descobertas? Quem decidiu qual parâmetro adotar?

“Neurologistas, juristas e filósofos concordam em declarar que a morte cerebral não é a morte do ser humano. Há risco de confundir coma com morte cerebral. Novas pesquisas colocam em dúvida o próprio fato de que a morte do cérebro possa provocar a desintegração do corpo”, diz o texto.

E o que a desgraça de um advogado e um filósofo entende de medicina? Quais neurologistas estão envolvidos? Os de uma instituição CATÓLICA? ética é o que você devia ter, filhota. Morda a língua antes de falar besteira.

Na avaliação do jornaleco ridículo, aceitar a morte cerebral como sendo o fim da vida poderia colocar em discussão questões importantes para os católicos como a definição dos casos de coma e os de anencefalia. E afinal, se o cérebro não faz o corpo se deteriorar, então podemos tirá-lo? Hummmm, alguns padres devem ser belos exemplos disso…

Segundo Scaraffia, se uma pessoa deixa de existir quando o cérebro não funciona mais e seu organismo é mantido vivo graças à respiração artificial, significa que ela é identificada apenas através das atividades cerebrais e isto contradiz a definição de pessoa humana da doutrina católica e as normas da Igreja com relação aos casos de coma persistente.

O que isso significa? NADA! Na verdade, estou me lixando pro que os pedófilos da ICAR pensam, não fará diferença. Mas, o que os ridículos pensam? Como mantemos um corpo vivo à base de aparelhos, ele está vivo per se. Logo, não podemos declará-lo morto e nem retirarmos os orgãos. Alguém aqui consegue ver lógica num pensamento medieval desses? Ah, bem… eu nunca esperei lógica desse tipo de gente.

“Se os teólogos católicos podem aceitar esta posição em caso de morte cerebral, deveriam aceitá-la também no caso de anencefalias”, escreve o jornal, citando uma frase do filósofo australiano Peter Singer, especialista em ética e moral, com posições contrárias às do mundo católico.

Ou seja: O cara mantido em coma está vivo. Anencéfalos (= sem cérebro) também vão viver perfeitamente bem. Glória a Jesus! (não esqueçam a sacolinha).

De acordo com o Osservatore Romano, o relatório Harvard representou uma mudança radical na concepção da morte. Resolveu o problema da interrupção da respiração artificial, mas, sobretudo, tornou possíveis os transplantes de órgãos, aceitos por quase todos os países avançados, mas proibido pelo livrinho de fábulas deles. E este é um grande problema para eles: seguem o livro inteirinho ou enfrentam o mundo real?

O pior de tudo é o mau-caratismo do artigo que sugere que a definição de morte cerebral tenha sido criada para favorecer os transplantes! Como coisa que a ICAR não vive de explorar a crença popular, vendendo absolvições, patrocinando milagres que não existem e vivendo de peregrinações a lugares santos. A velha história do Telhado de Vidro.

“O problema dos transplantes não se resolve com uma definição médico-científica da morte”, diz o jornal. A Igreja Chatólica aceita que os órgãos para transplantes sejam retirados de pacientes com morte cerebral detectada, baseando-se na pressuposta certeza científica de que eles estejam efetivamente mortos.

Segundo o texto, ao consentir os transplantes de órgãos, a Igreja Católica aceita implicitamente esta definição de morte, mas com muitas reservas.

“Na Cidade do Vaticano a certificação de morte cerebral não é usada”, escreve Lucetta Scaraffia. Você se surpreendeu? Meu caro, sua ingenuidade me assombra!

Como era de se esperar, o artigo provocou reações de cientistas e médicos italianos.

“O critério de morte cerebral para determinar a morte de uma pessoa é o único cientificamente válido. A comunidade científica mundial aprova os critérios do relatório Harvard. As críticas são baseadas em considerações não científicas, vindas de grupos minoritários”, declarou Alessandro Nanni Costa, diretor do Centro Italiano de Transplantes. Palmas pra ele.

A Sala de Imprensa do Vaticano divulgou uma nota esclarecendo que, por ora, não há mudanças na doutrina da Igreja. Novamente, nada de novo sob o Sol. Em nota, os chatólicos dizem: “Um artigo não muda a doutrina. Trata-se de um editorial do Osservatore Romano“.

É lamentável que um bando de velhos homens (não só cronológica, mas em termos intelectuais também), com uma mentalidade medieval e ridícula, donos de uma grande fortuna e influência ainda insistem em impor suas vontades. então, sugiro que quando algum deles precisar de um transplante, que não o façam, para não matar um pobre inocente.

Sentem-se e rezem, pois para o seu deus, nada é impossível e o que pedirem a ele, em nome do sinhô G-zuis, eles receberão.


Fonte: BBC Brasil

33 comentários em “Jornal do Vaticano diz que vida não acaba com morte cerebral

  1. Ah, mas vida é muito mais do que um órgão liberando hormônios para controlar outros órgãos, a vida é algo belo, miraculoso.
    Como explicar o que estas pessoas que sofrem de “escatocefalia” continuem vivendo por décadas depois de inserir um judeu-zumbi dentre os músculos cardíacos?

    Eu até entendo o que essa, ann… vice-presidente… quer dizer com “a vida continua mesmo sem cérebro, coração, pulmões, intestino, fígado e rins!”…
    Ora! É possível criar um organismo andrógeno cibernético onde 99% são máquinas, e 1% é algum tecido celular mantido em estase. Uma lasca de osso por exemplo, pode durar milênios viva!

    Enquanto isso um doente em algum outro lugar morre por egoísmo de alguém que acha que vai des-apodrecer de dentro de seu caixão no ano 2000 quando o “judeu-zumbi filho de si mesmo” retornar para julgar sua idiotice e subserviência.

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  2. Já ke os carolas dizem ke a vida não acaba com morte cerebral, então eles deviam ter deixado o João Paulo II vivo até hoje dentro de um vidro de formol

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  3. Novas descoberta? Cade os links pros artigos da Nature indicando isso? Ou os links pros jornais de medicina? Conversa de buteco como base pra argumentaçao nao vale!!!

    Essa crentaiada soh falar besteira quando se mete a falar de ciencia!!! Por que eles nao ficam quietinhos e vao as suas biblias???

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      1. Steven, agradeço profundamente pelo link que você postou, sempre soube que que o nazismo era aliado a igrejas cristãs mas precisava de algo para me basear, muito obrigado mesmo.

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  4. Deeerrr, até eu, que sou kardecista (se abaixa das pedradas vindas de ambas as partes huadhshiudhaiduhfsdf);

    SEI, que a vida acaba com a morte cerebral, afinal, nunca se viu um morto, levantar-se da cova (Jesus á parte, mesmo por que, pra felicidade geral da nação, inclusive da nação kardecista, eu acho que a ressureição não foi bem isso aí, mas deixemos minhs crenças de lado, que a intenção do tópico não é essa).

    Além do mais existe a morte cerebral a morte celular, visto que, apesar do cérebro já ter falescido, certas funções permanecem, quando estimuladas, “de fora” como o caso da circulação e respiração.

    Isso acontece, por que o tempo de “morte”, das células ligadas á esse sistema, é diferente do tempo de morte das céluls do cérebro, então se você continuar a alimentar, e suprir oxigênio á essas céluas, elas continuarão trabalhando (alguém já ouviu falar do meio coração de galinha que foi mantido vivo, dentro de uma cuba de experimento, sendo alimentado por uma solução de nutrientes? ).

    Existem células, que demoram ainda mais, para se deteriorarem, como as das unhas e cabelos (por isso ainda “crescem” após a morte). Dentes e ossos, cujas céluas são mais resistêntes a decomposião, portanto “sobrevivem” ,mais tempo.

    SE for pra questionar a morte cerebral, então que tal, levarmos em conta a morte celular completa, e enterrarmos o defunto, quando ele já estiver totalmente decomposto? BáH!!!

    Não sei se falei bobagens aqui, mas é o que eu penso!!!

    * e só falo sobre meu ponto de vista sobre a ressureição SE os mediadores do blog permitirem, mas já aviso, eu meu ponto de vista PESSOAL, sem a mínima vontade de converter qualquer um!

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  5. SE SOUBESSEM O QUE PENSAM QUE SABE, E MESMO ASSIM, A VIDA FOSSE APENAS O QUE SE PODE ESPECULAR, TODOS TERIAM RAZÃO… QUANDO TANTOS SOUBEREM O QUE A VERDADE TRARÁ, TUDO ISSO TERÁ SIDO APENAS UM SOPRO DE SONHO E UMA TÉNUE LINHA DO QUE INFINITAMENTE HÁ…

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      1. Obrigado pela boa vontade em ver… Poesia! Não há a verdade se não pela paixão. Imaginemos mais mil anos, ou vinte anos… muita luz será derramada sobre nossas cabeças.

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      2. Querida Mirtes, a verdade não é uma resposta definitiva em si. O caminho e o conhecimento que deste advém é o que realmente importa. Viva a sua verdade!

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        1. se “viva a minha verdade”, por que não “viva a verdade dos ateus”, ou viva a verdade dos muçulmanos, ou viva a verdade dos hindus, dos tupis-guaranis, dos mórmons?

          Qual a diferença entre uma “verdade”, e outa?

          Beijos”

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    1. SE SOUBESSEM O QUE PENSAM QUE SABE, E MESMO ASSIM, A VIDA FOSSE APENAS O QUE SE PODE ESPECULAR, TODOS TERIAM RAZÃO… QUANDO TANTOS SOUBEREM O QUE A VERDADE TRARÁ, TUDO ISSO TERÁ SIDO APENAS UM SOPRO DE SONHO E UMA TÉNUE LINHA DO QUE INFINITAMENTE HÁ…

      Muitas palavras e nenhum conteúdo. E ainda fala gritando…

      Vai tentar uma vaga pra vereador da sua cidade.

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      1. AmadeusXII, peço desculpas pelo mau jeito, sua sensibilidade auditiva/visual… rs. Literatura e interpretação de texto, apenas. Entenda com a sua verdade. -Um grande abraço!

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        1. AmadeusXII,

          Nem meu nome ele escreve direito…

          peço desculpas pelo mau jeito, sua sensibilidade auditiva/visual… rs.

          Tá desculpado

          Literatura e interpretação de texto, apenas.

          WTF? Não há nada a interpretar nesse lixo de texto que escrevestes.

          Entenda com a sua verdade. –

          WTF? x2

          Um grande abraço!

          Não precisa tentar ser agradável. Apenas escreva direito.

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      1. Nobre Chico Sá, uma sentença literária requer um pouco mais que um “estado etílico” para se constituir. Não foi tanto assim(…) Muito simples, mensura o fato de não ter-mos a compreenção cabal de todas as coisas. Mais estamos caminhando, não é mesmo?

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  6. O assunto é bem delicado, não pela opinião do Vaticano, mas pela experiência de uma amiga, enfermeira chefe.
    Já estava tudo pronto para a retirada dos órgãos de seu paciente que estava com morte cerebral, mas as funções cerebrais dele voltaram e ainda bem que foi antes da retirada dos orgãos.

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