Em Jundiaí, pesquisa científica é feita com bonecos e “nanotecnologia”

Não, não sou zumbi cracudo, nem acertaram a minha cabeça com uma marreta. Eu não estou inventando. Em Jundiaí, o prefeitosco sancionou uma lei que proíbe experimentos com animais vivos. A sugestão? Usar bonecos!

Colocando remédio anti-infarto debaixo da língua, esta é a segunda edição da sua SEXTA INSANA!

A pior coisa que pode acontecer é abrir o manicômio, pegar algumas criaturas lá contidas e dar cargo político a elas. Esta é a ÚNICA explicação para a notícia que saiu no Estadão.

Por causa dos beagles fofuxos (os mesmos que depois de "resgatados" foram largados na rua), agora todo mundo quer defender os animais, enquanto animais de duas pernas elegem outros tipos de animais irracionais. Nisso acaba na lei idiota de Jundiaí, e com justificativas mais imbecis ainda.

Primeiramente, é discutível o legislativo de municipal decidir sobre isso. Ademais, a justificativa apresentada pelo autor da ridícula lei, Leandro Palmarini (PV), é a coisa mais retardada que existe.

Segundo o próprio Estadão, Leandro cita 5 outros tipos de pesquisa que não envolvem vivisecção (experimentos que cause sofrimento a animais). De acordo com o texto:

"É possível fazer testes e pesquisa sem animais. Cito cinco métodos alternativos, como bonecos, ressonância magnética, fertilização in vitro, nanotecnologia e simulação em computador", afirma o parlamentar.

Ok, cara, vamos usar bonec… BONECOS??? Que diabo de pesquisa se faz com bonecos? Sei lá, não sou profissional da área. Meu negócio é coisa que fede e explode (não necessariamente nessa ordem). Se a pesquisa envolver fisiologia feminina, vamos testar… nisso:

Além disso, ele sugere ressonância. Tá, ok. Ele andou vendo muito o House e acha que tudo se resolve com emarái.

Gostaram? São essas coisas que vocês ajudam a eleger. Pensem nisso quando forem numa farmácia comprar um remédio. Se vier uma bombinha de ar, já sabem o motivo.


Para saber mais:

16 comentários em “Em Jundiaí, pesquisa científica é feita com bonecos e “nanotecnologia”

  1. Perfeita a sansão do prefeito, com relação aos bonecos é como sempre aqui neste site, faltou interpretação de texto (rs), os bonecos são no caso das demonstrações acadêmicas, como por exemplo nas faculdades americanas já se usam bonecos humanos para simular todos os sistemas (circulatório, linfático, nervoso e etc…), num curso de medicina por exemplo…

    Agora se vc entende bem de boneca inflável ai já é outros quinhentos rsrs.

    Sobre a matéria da Veja que eu enviei hj a tarde vc é tão “phoda man” mas não entendeu? rsrs eu quis dizer que vc fica o dia todo viciado no seu site, nao trabalha, nem estuda e banca o “cara que manja da ciencia”, manja mesmo? rs. Como já reparei em diversos textos vc sempre dá a sua interpretação para as coisas, porém tem certa dificuldade de interpretação de texto. Eu acho que quem critica muito os analfabetos funcionais deveria no mínimo dominar a leitura rs…

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    1. Desculpe, lindinha, mas vereadores não têm poder pra legislar sobre a matéria.

      E, a propósito, que matéria da Veja? Aquela que foi ignorada por mim, já que veio de um ignorante?

      Se preocupa não, filhota, vc tem todo o direito de ler minhas postagens e artigos, mas vai ficar putinha em silêncio, já que retardadinhos como vc são levados ao limbo. :mrgreen:

      Dá tchau, dá

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    2. @Rodrigopc, Você não interpretou corretamente o que você mesmo escreveu ” já se usam bonecos humanos para SIMULAR todos os sistemas (circulatório, linfático, nervoso e etc…)” e não substituí-los o que são coisas totalmente distintas.
      PS:(si. mu.lar)
      v.
      1. Tentar fazer que pareça real o que não é. [td. : simular alegria/tristeza/simpatia.]
      2. Fazer imitação de. [td. : simular uma briga/o canto de um pássaro.]
      3. Proceder de maneira dissimulada; não deixar perceber a verdadeira intenção.; FINGIR [int. : Tinha a certeza de que o rapaz estava simulando.]
      4. Inf. Produzir ou representar, por meio de um sistema de informática, as características ou a evolução de (fenômeno, situação ou processos concretos). [td. ]
      [F.: Do lat. simulare.]

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  2. Rodrigopc, faz um favor: dá uma maneirada nos filmes e livros de ficção.

    Não existe um meio de simular um organismo INTEIRO, São complexo demais.

    E os bonecos citados, simulam apenas a anatomia de um corpo, e não um organismo pleno e funcional.

    À menos, claro, que a S.H.I.E.L.D. tenha criado realmente, os MVA…

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  3. Vereadores podem legislar sobre isso? Fiquei em dúvida agora. Não entendo muito de competência legislativa, mas isso me parece ser matéria que precisa, no mínimo, de lei estadual.
    Um ponto que me chama a atenção é essa velha proposta de usar bonecos em faculdades de medicina. Essa ideia surgiu mais pela falta de cadáveres do que por questão de proteção a animais, mas ainda assim muitos médicos e pesquisadores argumentam que a estrutura desses bonecos é infinitamente menos complexa do que um organismo vivo (obviamente).
    As pessoas parecem não entender que a ciência não usa animais por sadismo e sim porque é a melhor opção, pelo menos atualmente.

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    1. Ai que tá, a constituição pode ser interpretada de várias formas neste caso, dependendo do aplicador do direito, v.g, temos este inciso que atribui competência concorrente entre os entes federados para legislar sobre:

      Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

      VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;

      VII – preservar as florestas, a fauna e a flora;

      concordo que é uma ideia imbecil, mas provavelmente irão encaixar esse absurdo nestes incisos,e, mesmo que venha uma ADIN não irá prosperar.

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      1. Vamos preservar a flora: proibamos de vender rosas em cemitérios e usar ornamentação de origem vegetal em desfiles de escola de samba. Não pode arrancar erva-daninha dos gramados.

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  4. A princípio argumentei comigo mesmo: “Esses caras não nada na cabeça pra proferir tal absurdo?”, Mas aí me dei conta que eles são vereadores, portanto, só estaria confirmando o óbvio.
    E mais uma vez pra se fazer uma lei basta apenas fantasiar algum episódio de CSI ou ler uma matéria fuleira da Veja (fonte de informação de comentaristas metidos a sabichão como já exemplificado) e voilà, temos a solução para os problemas da humanidade. Daqui a pouco vão até contratar Pai-de-Santo pra coordenar as pesqusas, se bem que a moda já pegou lá no Rio.

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  5. Quero saber como é que vão testar os florais de Bach nisso aí. Se já é difícil conseguir resultados em seres vivos, imagina em bonecos.

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  6. Farei uma pergunta que tem 99,9999999999% de chance de possuir caráter meramente retórico. Mas preciso fazer, a título de desencargo de consciência:

    O digníssimo vereador elencou alguma bibliografia científica, respaldando suas pitorescas afirmações; ou só foi mais um retardado a repetir as besteiradas de Luisa Mell, instituto Nina Rosa e afins?

    P.S.: É, eu sei que eu mereço ser enxovalhado pelo André, por fazer esta pergunta. Mas assumirei o risco assim mesmo… :-P

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  7. Poderiam criar uma lei que permita desenvolver remédios e cirurgias apenas com esses métodos alternativos que tanto falam, desde que isso venha escrito em letras garrafais na embalagem. Assim os veganos e defensores dos animais só tomariam esses remédios e em poucos anos estariamos livres deles!

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    1. @andre0,
      Hal, I mean andre0, isso é uma piada recorrente no meio político (yep, é uma vergonha, mas eu SEI disso).

      Bonecos, piadas, iniciativa legislativa, competência concorrente ou exclusiva; nada disso tem importância em nosso Brasil “to be venezualiando”, e, o pior, nós [na verdade “nós”] sabemos disso, mas que impacto [aka impact] temos? A boa e velha lei da mérdia (grandes números) dita o passo.
      Sim, é tentador queimar essas idiotices mas mais importante é pensar no que fazemos para impedir esses idiotas de fazerem merda.

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      1. @Joseph K,
        A política no Brasil é uma piada, o pior é que é uma piada que nós elegemos, o problema é que a maioria dos brasileiros é idiota mesmo, e não tem nem ideia de quem tá votando para o legislativo.

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