
Índia é aquele lugar maravilhoso, cujo povo altamente religioso sempre prefere dar uma chance à paz. Bem, todo religioso diz que as religiões fazem as pessoas serem pacíficas, calmas e serenas, e a História da Humanidade provou isso de maneira exemplar, como as Cruzadas, a Inquisição e o 11/9. Problema é que algumas coisas saem do controle porque pessoal pega e diz “bem, ok, né? Agora chega!”. É o momento que há um sólido motivo para o pessoal sair na porrada, como foi o caso que aconteceu esta semana em que Pau Comeu na Casa de Noca Satveer. Motivo? Hã… er… uns limões.
Lutando contra a malevolência e se a vida te der limões, você espreme na fuça dos celerados, esta é a sua SEXTA INSANA!
Era uma noite comum em Udaipur, Rajasthan. Como não estava fazendo tanto calor assim, ninguém estava pelado, com risco de cair em algo protuberante. A calma foi perdida e as estribeiras foram dar um rolé quando dois cidadãos resolveram entrar numa batalha campal porque, aparentemente, o preço do limão atingiu níveis emocionais. É pois é! A fruta cítrica, famosa por dar aquele toque na linguiça acebolada salada e na discórdia, foi o estopim para transformar um pacato ponto de venda em palco de um filme de máfia de quinta categoria.
Tudo começou, segundo os meganhas de Shiva (e o bom senso que já saiu de férias), com uma discussão sobre limões entre dois indivíduos perto do Teej Ka Chowk. Minutos depois, a conversa azedou tanto quanto os próprios limões e, como manda o roteiro das tragédias locais, escalou direto para um conflito comunitário. Porque, claro, nada mais lógico do que invocar identidades religiosas quando o problema é cítrico. Agora, imaginem se fosse porque o preço do quilo do tomate está 15 reais (ou 36 milhões de rúpias).
O vendedor Satveer, 50 anos, virou o alvo preferido do grupo de cinco a sete pacificadores munidos de armas brancas, que o deixaram com ferimentos graves no rosto — talvez tentando esculpir a paz diretamente na cara dele. Foi socorrido e levado ao hospital, onde os médicos devem estar se perguntando o que é mais difícil: tratar as feridas ou entender como se chegou a esse ponto. Mais certamente tratar as feridas, porque o resto mandaram o “Sei di nada! Sei di nada!”
E nessa ópera-bufa limoníldica, temos mais uma produção digna de bollywood, com (d)efeitos especiais com alguém achando uma ótima ideia botar fogo em barracas e carrinhos de legumes. Barracas essas que, pelo visto, estavam desarmadas e não ofereceram resistência. O pessoal que pega na mangueira chegou a tempo de salvar o que sobrou das abobrinhas, já que a dignidade da cidade deu perda total.
A polícia, mostrando a tradicional eficiência pós-catástrofe, chegou com reforços de quatro delegacias. O superintendente de polícia, pessoalmente, se dignou a aparecer — o que é sempre um bom sinal de que tudo já deu errado. Seis pessoas foram mandadas para ver Brahma (o deus, e não a cerveja) nascer quadrado, após a minuciosa análise de câmeras que, vejam só, flagraram os heróis da civilidade portando armas como se fosse cosplay de Call of Duty com sérias restrições orçamentárias.
Na manhã seguinte, comerciantes decidiram que não havia clima para vender cebolas enquanto o sangue da sociedade ainda pingava no chão. Fecharam o mercado, exigiram justiça, e basicamente lembraram à prefeitura que existe algo chamado “prevenção”, um conceito ainda inédito por aquelas bandas.
Após uma típica reunião do tipo “apaga o incêndio com promessa”, o governo local prometeu prender os envolvidos, remover vendedores ilegais (mas não os idiotas legais) e punir os policiais que estavam provavelmente ocupados demais jogando Candy Crush enquanto o caos acontecia.
E, assim, como num passe de mágica burocrática, os comerciantes reabriram as portas. Porque no fim, a vida precisa continuar. E os limões, bom… continuam ali. Caros, azedos, e agora — potencialmente letais.
Conclusão: nenhuma digna de nota, mas eu concluo que você não esperava algo diferente.
Fonte:
Sim, está em hindi. Coloca as legendas para tradução automática. Te vira que tu não é quadrado.

Devia ter uma barraca de churrasquinho nessa feira, pelo menos ia ter uns espetinhos pra assar nesse incêndio aí.
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