
Água é muito importante, mas não só para se ter vida; ela ajuda a entender a formação do próprio Sistema Solar. Tomemos como exemplo a Lua; sim, a Lua! A Lua seria um lugar legal para achar água. Ela parece ser um pedregulhão estéril, quase hostil à vida como a conhecemos (ok, é isso, mesmo que ela é); no entanto, a água presente em Jaci pode nos dar muitas respostas para perguntas. Como? Sim, isso, mesmo! Tem água lá.
Então, quem poderá nos ajudar com isso? Bem, ano que vem a missão Lunar Trailblazer da NASA começará a orbitar a Lua para revelar toda a história por trás da água que tem no nosso satélite natural.
A princípio, a confirmação da presença de água na Lua será uma das descobertas mais revolucionárias da exploração espacial moderna. Encontrando água lá, poderemos ter como a dita cuja chegou à Terra e a outros corpos no nosso Sistema Solar. Não estamos falando apenas de água, e sim de desvendar a história de como os corpos celestes evoluem.
Parte dessa água lunar pode estar na forma de gelo superficial ou completamente escondida em locais chamados de “armadilhas frias”. Agora, imaginem como poderíamos usar este gelo. Obtenção de agua potável, oxigênio respirável e hidrogênio para ser usado como combustível.
A missão Lunar Trailblazer, programada para ser lançada em janeiro de 2025, é uma iniciativa do programa Small Innovative Missions for Planetary Exploration (SIMPLEx), da NASA, com objetivo de mapear a água na Lua em todos os cantos, mas com ênfase nas armadilhas frias, identificando e quantificando a presença de água presente, nem que seja as moléculas presas na rede cristalina de minerais.
Falando do equipamento em si, o Lunar Trailblazer é um pequeno, porém poderoso, satélite gerido pelo Laboratório de Propulsão a Jato (JPL). Ele está equipado com dois instrumentos sofisticados:
1) Mapeador de Minerais e Voláteis de Alta Resolução da Lua (HVM3): Um espectrômetro de infravermelho que fará o que o nome diz: mapeará diferentes formas de água e minerais na superfície da Lua. A bagaça é tão poderosa que é capaz de usar a luz refletida fraca das paredes das crateras para “enxergar” o fundo de crateras permanentemente sombreadas.
2) Mapeador Térmico Lunar (LTM): Desenvolvido pela Universidade de Oxford, o LTM mapeará as propriedades térmicas e detectará minerais na Lua. Ele trabalha em sincronia com o HVM3, captando detalhes sobre a temperatura lunar e como ela influencia o movimento e o estado da água.
Os dados trazidos por esses equipamentos irão revelar se as moléculas de água se movem pela superfície lunar, uma pista importante para entender o “ciclo da água” da Lua.
O Lunar Trailblazer será compacto, com massa igual a 200kg, o que é mais leve que a sua tia Carlota. Ela está programada para pegar uma carona no mesmo lançamento da entrega da Intuitive Machines-2 para a Lua (estou falando do satélite, não da sua tia). O lindinho já passou por testes rigorosos, incluindo uma revisão de prontidão operacional no Caltech, onde foi montado. Neste momento, as equipes estão conduzindo os testes finais para simular tudo, desde o lançamento até as manobras em órbita lunar.
Ah, sim. Eles têm perfil no Twitter:
https://x.com/LunarTrailblazr/status/1852093381041885210
Er… bem, é isso!
Através da Lunar Trailblazer, não estamos apenas olhando para a Lua. Estamos redefinindo nosso entendimento sobre a água e nosso lugar no Cosmos. No grande esquema das coisas, mapear a água lunar pode ser um pequeno passo para a ciência, mas um gigantesco salto para o futuro da humanidade no espaço.
Fonte: Mãe da Criança

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