O milagre que faz paralisados andarem (ate mesmo cãezinhos)

Arthur é um rapaz muito legal. É um cockapoo – o resultado de uma mistura de poodle e cocker spaniel. As confederações de cinofilia não o reconhecem como uma raça, mas seus donos estão pouco se fodendo com isso, pois, esses good boys são realmente muito bons e amorosos. Arthur tem 6 meses, e ainda é um menininho, mas um menininho que andou sofrendo. Ele estava paralisado, não podia se mover, sentia dores. Ele estava incapaz de se mover depois que seus membros de repente se enfraqueceram e ele desabou.

Poderia a Ciência do século XXI resolver isso? Sim, você sabe que é capaz, ou eu não estaria aqui escrevendo. Senhores, nós temos a tecnologia!

Natalie Jones, a dona (tutora, mãe de pet, chamem do que quiser, não me importo) não ia renegar 30 mil anos de laço afetivo entre humanos e cães e levou seu doguinho às pressas para o Hospital Veterinário Chestergates em Chester, Cheshire. Os veterinários realizaram ressonâncias magnéticas e raios-X na coluna de Arthur, e as notícias não pareciam nada boas: uma seção da coluna do Arthur não estava conectada corretamente, o que estava comprimindo sua medula espinhal e causando a perda de função em seus membros.

Arthur foi encaminhado para uma cirurgia de quatro horas, na qual os cirurgiões colocaram parafusos de coluna impressos em 3D e cimento cirúrgico em sua coluna. Natalie abraçou seu cãozinho e lhe pediu para saer forte, mas em seu íntimo ela estava se despedindo, pois era uma cirurgia longa e tudo podia acontecer, só que o que tinha de melhor aconteceu: Arthur voltou bem.

A impressão 3D na medicina veterinária já é uma realidade há muito tempo! Arthur foi mais um paciente com a dádiva de poder ter acesso à mais moderna tecnologia, o que, claro, óbvio, como sempre, não está disponível pra todo mundo. Por sorte, Natalie pôde pagar.

Impressões 3D para fins cirúrgicos permitem que os cirurgiões pratiquem antes de realizá-la em um paciente vivo e auxilia de maneira mais eficaz na comunicação entre pacientes e clínicos, além da tecnologia possibilitar acessórios personalizados como cadeiras de rodas, aparelhos ortopédicos, dispositivos de mobilidade para animais de estimação com necessidades especiais e os parafusos implantados no Arthur.

Agora, alguns meses após a cirurgia, Arthur está lentamente andando e é capaz de ser um filhote novamente, obrigado, Ciência. Não deixamos nossos amigos para trás. Amigos que deixaram de ser predadores alfa em florestas para dividir seus dias conosco… nós, falhos seres humanos.


Fonte: NY Post


Este artigo é uma homenagem a um amigo querido, meu chapa. Outro cockapoo. Eu nunca esqueci você, meu amigo.

3 comentários em “O milagre que faz paralisados andarem (ate mesmo cãezinhos)

  1. Doguinhos são tudo de bom. Tudo o que pudemos fazer por eles com apoio da ciência ainda é pouco para agradecer todo o companheirismo deles.

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