Inclusão é muito importante e ninguém pode ser mal-visto por casos fortuitos que acontecem em sua vida. Seja orientação sexual ou uma zica biológica que leva a disforias sexuais, todas as pessoas, obviamente, merecem respeito enquanto seres humanos. Não tem como sequer cogitar algo fora deste sentido.  Só que aceitação é diferente de ver certas decisões idiotas e ficar calado.

A nova agora? Estão sugerindo que leite de mulheres trans são tão nutritivas quanto leite de mulheres-cis. E nem me levante a lebre dos racêmicos!

O University Hospitals Sussex NHS Foundation Trust (USHT) do Reino Unido soltou uma bomba e eu acho que pode até ter sido com boa intenção, mas sabemos muito bem qual lugarzinho fofo e quentinho abriga as melhores intenções. Em uma carta supostamente vazada do Diretor Médico do USHT ficou sugerido que o leite produzido por mulheres transgênero poderia ser equiparado ao leite materno.

Caso você não saiba, mulheres transgêneros ou abreviando “mulheres trans” nasceram homens biologicamente. Por algum problema no software, o hardware ficou afetado, mas não muito. O problema é que a CPU ficou zuada e a pessoa não sabe o que é.

Sim, é exatamente assim. Você aí, que é homem ou mulher. Como sabe que é homem ou mulher? Só se olhando no espelho? Pois é. O homem e mulher trans não se reconhece. Olha pro espelho, olha pra baixo e a zica cerebal diz que algo de errado não está certo. Isso é um sério problema que precisa da intervenção de psicólogos e médicos. O sujeito ou sujeita passa por cirurgia e tratamento hormonal. Daí ja viu. Mexeu com hormônio mexe com toda a bioquimica do corpo.

Não, isso não tem nada a ver com um marmanjão peludão barbado cismar de usar vestido e ir pro banheiro feminino chamando todas as mulheres de “manas”. Não é assim que a banda toca,

Voltando à notícia, a USHT afirmou que o leite produzido por mulheres trans após o uso de uma combinação de medicamentos, pode ser “comparável ao leite produzido naturalmente após o parto”. Mulheres trans tomam hormônios, incluindo estrogênio, o que pode resultar em crescimento do tecido mamário. Com o uso adicional de outros hormônios e medicamentos, algumas podem ser capazes de lactação. Mas calma que até aí não é a mesma coisa que o leite produzido por mulheres-cis.

A produção de leite em mulheres biológicas é um processo intrincado que não se limita apenas à secreção de leite, mas também envolve a transferência de anticorpos e outros componentes imunológicos essenciais para o bebê. Afirmando que o leite produzido por mulheres trans é “tão bom quanto” o leite materno sem evidências científicas sólidas é, no mínimo, precipitado; no máximo, uma irresponsabilidade!

Além disso, a declaração do USHT parece negligenciar os potenciais riscos associados ao uso de medicamentos para induzir a lactação. Por exemplo, a domperidona, um medicamento frequentemente prescrito a mulheres biológicas com dificuldades na amamentação, pode ser transferido para o bebê através do leite materno, apresentando potencial para afetar o sistema cardíaco do recém-nascido.

Eu sugiro que as pessoas deveriam pensar antes de escrever e pensar duas vezes algo na linha “e se isso vazar?”, Porque a hora que começarem a fazer piadinhas sobre leite de touro, vai todo mundo chiar. Eu não farei esta piada, mas o que vocês esperam daqui pra frente, bando de idiotas?

Fonte: International Breastfeeding Institute.