Guerra é legal para os negócios, mas não muito legal para quem está combatendo. Não apenas isso, tomar um tiro é muito ruim, mas muito ruim também é envenenamento por chumbo. Chumbo não é legal! Toda vez que uma arma dispara, partículas de chumbo são dispersas pelo ar, e isso é muito, muito ruim. Como a responsabilidade ambiental é algo com a qual devemos estar sempre preocupados, uma pesquisa procura desenvolver munição que não seja tóxica, evitando que afete a saúde das pessoas.
Sim, eu espero você terminar de rir.
A ideia é que o nosso avanço científico poderia fornecer um substituto comparável para materiais explosivos à base de chumbo encontrados em munições, protegendo soldados e o meio ambiente contra possíveis efeitos tóxicos.
O dr. Davin Piercey é professor assistente de Engenharia de Materiais e Engenharia Mecânica da Universidade Purdue. Ele tem uma alma pura e preocupada, não só com o meio-ambiente, mas com o ambiente inteiro. Em colaboração com o dr. Jesse Sabatini, do Laboratório de Pesquisa do Exército dos EUA, Piercey desenvolveu dois novos materiais sem chumbo que funcionam como explosivos primários, e serem usados como propelentes.
Basicamente, balas (dane-se, vou falar “bala” mesmo. Não gostou, problema seu. BALA! BALA! BALA! BALA!) são um invólucro de latão, com o projétil e o propelente, que pode ser pólvora negra ou pólvora sem fumaça, dependendo da arma. Na bunda da bala, tem a espoleta, normalmente, fulminato de mercúrio. Quando se dispara, a espoleta é detonada, o que promove uma pequena explosão que faz com que a pólvora detone, gerando grande quantidade de gases que irão se expandir com o calor gerado e, por fim, empurrando o projétil.
O problema é que isso causa um mal desgraçado. Várias partículas de metais pesados, entre eles chumbo, vão pro ambiente e isso prejudica a saúde das pessoas. Ser acertado pelo projétil também, mas isso não era relevante para a pesquisa de Piercey e Sabatini. Temos outras coisas com que nos preocuparmos, já que, segundo eles, qualquer uso de chumbo acabará poluindo o meio-ambiente em pequenas quantidades, e para proteger as pessoas, o ideal é ter menos chumbo. Assim, menos pessoas terão sua saúde afetada.
E eu estou com sérias dificuldades de escrever isso por causa do meu ataque de riso.
Bem, enquanto eu não me contenho de rir, vocês podem dar uma chance à paz lendo o trabalho publicado no periódico Chemistry Europe Journal, tendo certeza que com esta nova substância, você não matará ninguém envenenado por chumbo.
Ufa, pensei por um momento que essa munição era igual a faca desenvolvida por um cientista português preocupado com acidentes domésticos.
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Tá mais do que certo. Tem que se criar as ecofriendly wars, para que os combatentes morram de hemorragia e não de intoxicação e intoxiquem o meio ambiente.
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