Autismo não é uma doença. Isso você já sabe, se lê meu site. São várias doenças compreendidas dentro do mesmo espectro, e é difícil diagnosticar logo de saída. A saída é ter um diagnóstico genérico e dali ir refinando, ao invés de partir para determinar direto qual a doença que a pessoa está acometida, se é que é do espectro autista.
Não é de hoje que o eletrorretinograma é utilizado para encontrar um biomarcador, isto é, alguma marca biológica que indique que a pessoa está entre um dos múltiplos casos concernentes ao espectro autista, mas agora este teste está cada vez mais preciso.
O dr. Paul Constable é professor-conferencista da faculdade de Enfermagem e Ciências da Saúde da Universidade Flinders. Sua especialidade é sistemas ópticos voltados para diagnósticos e agora estuda o uso de eletrorretinograma para determinação de desordens de neurodesenvolvimento, ou seja, o pão com ovo da pesquisa a respeito (mas não exclusivamente) do autismo.
Constable e seus colaboradores desenvolveram um scanner oftalmológico portátil que pode ajudar a identificar crianças com transtorno do espectro do autismo. NÃO! Ele não vai determinar qual doença é. NÃO, ele não vai simplesmente dizer “é autismo, minha senhora”, como se estivesse falando de virose. É um ensaio de triagem, de forma a encaminhar a criança para especialistas mais especializados nesta especialidade em especial.
O dispositivo permite que os médicos obtenham eletrorretinogramas adaptados à luz, o que envolve a detecção de sinais elétricos na retina, que é feita de tecido neural e conectada ao cérebro por meio do nervo óptico. O teste em si é uma varredura ocular rápida e não intrusiva, usando um dispositivo portátil que tem se mostrado bem promissor.
Não, péra. Eu sei o que você quer! Você quer videozinho. Claro que temos!
A pesquisa foi publicada no periódico Journal of Autism and Developmental Disorders
Agradecimentos ao meu neurogeólogo, especializado a estudar pessoas com pedras na cabeça Relative Brain