O mundo é legal, mas seria mais legal se tivéssemos mais informações sobre todas as espécies que viveram ao longo desses 3 bilhões de anos. Infelizmente, não sabemos quais foram as espécies que viveram e morreram ao longo dos éons. Só uma ridícula parcela deixou evidência fóssil, seja através de impressão em rochas, permineralização ou preso em âmbar. Lembrou de Jurassic Park? É mais ou menos aquilo, fora a parte de clonar dinos.

O âmbar é uma secreção proveniente de antigos arbustos, sendo uma matéria viscosa, ou seja, é o que chamamos de “resina”. Praticamente, esta substância age como “antibiótico” para a planta, pois previne a invasão de bactérias e insetos na madeira. Com o passar do tempo, esta resina se polimetriza, tornando-se rígida, e se algum inseto ficou preso nela, já era, ficou para a posteridade, como esse foto aí de cima, que é uma parte morfológica de uma aranha de 99 milhões de anos.

Gostou da foto? Parabéns, você está contemplando o pênis em pleno estado de ereção do senhor Aranho.

O dr. Jason Dunlo trabalha no Instituto Leibniz para Evolução e Ciência de Biodiversidade do Museu de História Natural de Berlim, na Alemanha. Ele é op responsável pelo setor de Arachnida e Myriapoda. Ele curte umas aranha, mesmo não as colocando pra brigar. No caso, ele estava interessado neste belo espécime de Halitherses grimaldii, da ordem dos Opiliones, também conhecida como Daddy longlegs, por causa das suas pernonas compridas.

– Vovó, por que essa perna tããããão grande?
– Perna? Isso não é bem a minha perna, não

Como eu falei, esta criaturinha foi imortalizada quando estava prestes para fazer aquilo que o deus das aranhas falou… Bem, a segunda coisa; a primeira seria matar os humanos (sim, eu sei!).

Quando o “aranho” está na santa paz de Deus, sem nenhuma dona Aranha por perto, seu pênis fica bem guardadinho, até a hora que é preciso entrar em ação. Bem, ele deve ter visto uma aranhinha nova, bonita e carinhosa e já estava prestes a ficar no rala e rola e gemer sem sentir dor. Aí veio o desgracento do âmbar acabar com a festa, mas imortalizando-o para a posteridade. Imagine você prestes a fazer um fuc-fuc básico, te jogam resina em cima e você fica com cara de babaca, com o dito cujo enrijecido, exposto para todos verem ao longo de milhões de anos. Agora sabe como o seu Aranho se sente.

Dunlo partiu pra pesquisa e fez cuidadosos exames, com uma batelada de fotografias e renderização 3D do pinto da aranha, mas nem só de pinto vivem os biólogos. Dunlo estudou os enormes olhos do dr. Aranho, sua boca e demais partes anatômicas do bicho. Infelizmente, a aranhinha nova, bonita e carinhosa não estava por perto. Esta vamp deu um olé no sujeito, ralou peito e ele ficou com o âmbar na mão…. não, quero dizer… Ah, você entendeu!

A descoberta da aranha foi publicada no periódico The Science of Nature.