Picolé de tardígrado volta a vida depois de 30 anos

Tardígrados são animais muito legais, que sobrevivem em temperaturas infernais e em vácuos colossais. O que eles não são capazes é de escrever com rimazinha babaca, por pura falta do que fazer (CHUPEM, tardígrados!). Algumas dessas gracinhas foram encontradas em plena Antártida. Estavam bem dormindo (se é que estar com metabolismo super-reduzido é “dormir”) e quando foi tirado da geladeira, eles estavam vivinhos da Silva.

Na verdade, eles foram recolhidos lá pelos idos de 1983, congeladões num pedaço de musgo, e quando foram descongelados em 2014, estava lá, vivos, bem e sem dar a menor bola pra nada.

O dr. Megumu Tsujimto é o pesquisador-chefe do Instituto Nacional de Pesquisa Polar do Japão. Ele e seus colaboradores ficaram surpresos com a resistência em décadas dos tardígrados (especificamente da espécie Acutuncus antarcticus), e já que os bichinhos estavam ali dando sopa, por que não aproveitar e estudar o metabolismo deles, responsáveis por essa sobrevivência a longo prazo em condições extremas, investigando os segredos do DNA deles que fazem dos tardígrados o que eles são.

Dois tardigrades e um ovo foram coletados a partir da amostra e criados em placas de petri com ágar e algas, como meio nutritivo. O primeiro tardígrado voltou à vida, feliz e bem, um tardigradozinho-bebê nasceu do ovo, mas o segundo tardígrado não resistiu e foi-se encontrar com  Nosso Senhor Tardisus. Que a terra lhe seja leve.

Sim, temos vídeozinho.

A pesquisa foi publicada no periódico Cryobiology. disponível na íntegra, digrátis.

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