Ok, confesso: não é uma bomba de hidrogênio, segundo a definição própria de uma Bomba H. Uma bomba de hidrogênio, basicamente, é um dispositivo termonuclear que funde átomos de hidrogênio, produzindo hélio e liberando uma quantidade boçal de energia. A mais poderosa de todas as bombas atômicas recebeu o código RDS-220, mas é mais conhecida como Bomba-Tsar, lançada pela União Soviética em 30 de outubro de 1961, com o poder de seus arrogantes 57 megatons de fúria e destruição.
O vídeo a seguir é inofensivo, ou quase. Ele mostra uma série de explosões que ilustram o grau de inflamabilidade do hidrogênio e o que acontece quando chegamos um ponto de ignição perto do mais idiossincrático de todos os elementos químicos, mas quando você é o elemento que gerou todos os demais elementos do Universo, você pode ter lá as suas manias.
KABOOOOMMMMMM!!!
O vídeo faz parte do acervo do canal Periodic Table of Videos, e como sempre é apresentado pelo meu quimico favorito ainda vivo: Martyn Poliakoff. Ele mostra como um simples gás pode estragar o dia de muita gente. Os passageiros do Hindeburg não e deixam mentir.
O slow motion nos dá detalhes que não percebemos durante a detonação, onde vemos detalhes de como todo o gás malvadão se torna a plácida água ao reagir com o oxigênio. Nem de longe é o que acontece no interior das estrelas, nem chega perto dos primeiros instantes do Big Bang. É apenas um gás se inflamando e virando algo que conhecemos bem, e este algo é o que foi responsável por estarmos aqui. Então, de uma forma ou de outra, você aí sentado deve sua existência ao simples e humilde hidrogênio e seu singelo próton circundado por um distante elétron.
Para finalizar: o título é uma licença poética. Não seja imbecil de ficar repetindo isso em casa, porque fatalmente você não tomará os devidos cuidados. Os poderes da Química são fortes, mas poderosa também é a Força da Seleção Natural. Darwin te abençoe.
Eu li um artigo em uma revista cientifica (faz muito tempo) que essa bomba de hidrogênio Russa assustou até mesmo os cientistas que a construíram, pois de acordo com o artigo eles não esperavam a potência que ela gerou, inclusive o referido artigo mencionou a hipótese de, a explosão sair do controle e reagir com o hidrogênio presente na atmosfera e a terra se transformar em um pequeno sol, sei que parece absurdo, e talvez hoje esse artigo da referida revista provocasse risos, mas na época, lembro-me bem, ficamos assustados pois eu ainda era um menino e era os anos da guerra fria, alguém já leu a esse respeito?? :?: :???:
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EU LI! EU LI! Até mencionei a mesma no PRIMEIRO parágrafo.
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@sergiobiju, medo infundado. A temperatura necessária para se iniciar um processo de fusão dos átomos de nitrogênio presentes na atmosfera é alta demais, os cientistas envolvidos no projeto Manhattan já haviam descartado essa hipótese antes de realizar o teste da Trinity.
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essa experiência que está no vídeo, minha professora de ciências na escola SENAI repetiu de uma forma diferente (lá pelos idos de 1976/79). Ela fazia eletrólise da água com dois terminais de cobre dentro de tubos de ensaio, numa caixa de vidro cheia de água, ao passar a corrente elétrica (não me lembro se no meio liquido havia uma solução salina) separa-se hidrogênio do oxigênio,cada um dos gases sobe por um tubo, ela aproximou um bico de bunsen do tubo com hidrogênio e BUM, explosão, como no caso da bexiga que aparece no vídeo. me corrijam se eu estiver errado, bom artigo :shock: ;-) Andre
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Se sua professora tivesse usado uma solução salina (cloreto de sódio, por exemplo), ela teria produzido gás cloro também. É quase certo que ela preferiu usar solução de soda cáustica, onde libera hidrogênio e oxigênio, cada um em um terminal.
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blz!! :smile: :mrgreen:
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