O problema dos malucos é que eles não precisam se ater em barreiras consideradas desnecessárias, como noção da realidade. Eles mesmos se levam a sério e isso normalmente não acaba bem desde que algum idiota resolveu que invadir a Rússia era uma boa ideia. Bem, Napoleão se ferrou naquela, para mais tarde acabar na famosa posição na qual perdeu a guerra para o Duque de Wellington.

Boas ideias (de jerico) nunca acabam em final feliz, ainda mais quando colocamos religião no meio. Um débil mental seguidor de um certo cameleiro que via gente morta, todo o tempo, resolveu que as pirâmides de Gizé e a Esfinge são uma ofensa ao Alcorão. Allah disse que ídolos não são boa coisa e a parada é destruir tudo. A lá a merda que estão prestes a fazer.

Murgan Salem al-Gohary tem pobrema. Não que esse pobrema seja a sua religião; também há lunáticos no Cristianismo, Hinduísmo e até na tia que jura de pé junto que recebe pomba-gira. Al-Gohary, além de ter nome esquisito, como todo bom talibã, tem uns delírios de grandeza, não condizentes com sua baixeza moral e intelectual. Num arroubo idiota, ele cismou que a Esfinge é um ídolo religioso e resolveu que ela ficaria bem melhor se estivesse pulverizada.

A Esfinge não dá sorte, além de não ter conseguido devorar Édipo (sim, eu sei!) teve seu nariz arrancado – diz o mito – durante as campanhas napoleônicas, onde alguns soldados estavam ociosos e resolveram calibrar a pontaria do canhão e usaram a estátua como mira. Só que temos um probleminha com essa história, pois Frederick Lewis Norden já tinha desenhado a Esfinge sem o nariz. Vocês até podem ler seu livro, Voyage d’Égypte et de Nubie (sim, é em inglês. Não foi pra isso que você fez cursinho?). Como o livro foi publicado em 1752 (dez anos depois da morte de seu autor), fica um pouquinho difícil que os soldados de Napoleão tenham arrancado fora o narigão da estátua.

Al-Gohary, como todo fanático, é um iletrado. Ele relaciona a Esfinge com as estátuas de Buda, que os talibãs explodiram há alguns anos. E por quê? por causa de um deusinho vagaba que é tão poderosão que presa que outros usem dinamite para mandar suas insatisfações pro ralo, ao invés de, sei lá, mandar uma praga de gafanhotos gigantes comedores de pedra?

Mas o imbecil é tão inculto que acha que alguém venera a Esfinge, quando ela não é uma forma de arte religiosa e as pirâmides, no máximo, são uma tumba. Chique, é verdade, mas uma tumba. Agora, se esta toupeira não é capaz de discernir uma tumba gigante do que um local de adoração, então só lhe resta falar merda, pois ninguém venera, adora ou reza pra bosta da pirâmide, mas vai dizer isso a um retardado que segue leis ditadas por um pedófilo com crise de meia-idade e emaconhado.

Então, algum idiota a fim de falar de relativismo cultural com o sujeito? Colocarão "Esfinge" como sobrenome? Ou ficarão enchendo o saco de um escritor de blog cético, instando-o a falar mal dos islâmicos fanáticos como se eu tivesse medinho daqueles idiotas. Fazemos um teste:

MAOMÉ É TRAVECO E FAZ PONTO NA AUGUSTA!

Pronto, vão fazer o quê? Me jogar o sapato que nem fizeram com o Bush? Então, algum estudante de psico-merdologia social, como não teve competência para estudar num curso universitário de verdade, virá me dizer que estou sendo preconceituoso e temos que respeitar a cultura inculta de alguns energúmenos que acham que devem submeter a todos perante o seu modo tacanho de pensar, que já era ridículo na Idade Média.

Respeito a outras sociedades é algo que não existe nas religiões e querem que as respeitemos, porque temos que respeitar as outras culturas.

Fonte: Al-Arabiya