Qual a semelhança de uma doença e boatos à solta pela Internet? Como se pode localizar a fonte de difusão em uma rede complexa? Devido ao tamanho enorme de muitas redes reais, como a Internet ou o gráfico social humano, é geralmente impraticável observar o estado de todos os nós de uma rede. Uma pesquisa estuda um algoritmo que visa colocar ordem no galinheiro, digo, ordem na disseminação, tanto de doenças, como de boatos à solta.
O dr. Pedro Pinto (não ria) é um cientista lusitano que trabalha na Escola Politécnica Federal de Lausane, Suíça. Ele estuda como se dá a propagação das informações que circulam pela Internet. Na falta de melhor ponto de comparação, o dr. Pinto se posicionou de pé frente a um surto de cólera ocorrido na África do Sul, em 2000. Eles tinham os dados acumulados, estabeleceram um modelo de como e de que forma o vírus se propagou e desenvolveram um método para determinar a origem do surto epidêmico.
Saindo do campo do mundo biológico para o sinistro reino dos computadores, o dr. Pinto encabeçou outra pesquisa, usando o mesmo algoritmo criado para analisar como a bactéria do cólera se espalhou e traçou um paralelo com o alastramento de vírus de computadores. Não satisfeito, o dr. Pinto endureceu mais ainda na sua pesquisa e analisou nosso comportamento nas redes sociais, como o Feicebúque, onde boatos aparecem à socapa, e teóricos de conspiração histéricos soltam seus dejetos mentais. Assim, com este algoritmo, o dr. Pinto foi fundo para descobrir de onde surgem os boatos e penetrou até mesmo nas células terroristas para tentar chegar até ao líder da célula terrorista. O exemplo usado foram os ataques de 11 de setembro.
De nó a nó, as informações vão se somando, o que no caso dos terroristas são é complicado, já que eles não andam com cartões de visitas e jamais trocariam tiros com a polícia num dia, para depois ir no enterro de um dos seus colegas no dia seguinte. Ainda assim, os resultados foram excelentes.
A pesquisa foi publicada no periódico Physical Review Letters, mas o dr. Pinto não nega fogo e compartilha o melhor que ele tem, deixando disponível o PDF com seu trabalho disponível para download, bem como o arquivo suplementar. Outros artigos também estão disponíveis em seu site, que em breve deixará o programinha disponível para vocês testarem, onde certamente os profissionais de TI irão adorar brincar com a ferramenta do dr. Pinto, que pensa em estudar como blogs, por exemplo. Só espero que ele não pinte aqui.

Fala verdade André, esse artigo foi feito só pelas frases e o nome do pesquisador né:
“Na falta de melhor ponto de comparação, o dr. Pinto se posicionou de pé”
“o dr. Pinto encabeçou outra pesquisa”
“Não satisfeito, o dr. Pinto endureceu”
“o dr. Pinto foi fundo”
“onde certamente os profissionais de TI irão adorar brincar com a ferramenta do dr. Pinto”
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Se vc dá mais valor a uma piadinha do que a uma pesquisa séria, com o artigo integral disponível para leitura posterior, com toda a metodologia, então sim. Cada um absorve o que pode.
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