Nós não temos noção do tamanho das coisas. Somos um bando de sem-noção, mesmo. Qualquer coisa que seja muito grande ou muito pequeno foge à nossa capacidade de racionalização, e temos que apelar para o pensamento abstrato, e isso nos leva a cometer erros.

Quando temos que raciocinar o tamanho do Universo, temos dor de cabeça. Já nos é difícil até entender a distância da Terra à Lua. Como seria as distâncias do Sol até o último dos planetas? Qual é o tamanho do Sistema Solar?

Se formos procurar no Google Imagens, as representações do Sistema Solar não serão muito diferentes dessa aqui:

A imagem acima está errada por diversos motivos, e todos eles envolvem uma coisa chamada “escala”.

1º. A imagem comprime as distâncias. Não estão em escala, parecendo que a distância do Sol para Mercúrio é a mesma de Júpiter para Saturno. Nem tem cinturão de asteroides.

2º. O tamanho dos planetas está errado. A Terra não é esse tantinho menor que Júpiter. É muito menor.

Como seria colocarmos tudo nas devidas escalas de distâncias? Bem, alguns malucos toparam fazer isso. Para tanto, ralaram peito para o deserto Black Rock, em Nevada, EUA, e fizeram um time lapse com órbitas em escala.

Para simbolizar os planetas eles usaram:

Bolinhas de gude pintadas, iluminadas com lâmpadas de LED. O Sol é um balão, no mesmo tamanho do Sol ao nascer (tamanho aparente, claro). As órbitas foram traçadas com um carro. E o resultado é:

O vídeo é lindo e você bem que poderia usar em sala de aula para ilustrar. Claro, eu sei que jamais usarão, pois Paulo Freire levanta o dedinho e diz “NÃO, NÃO, NÃO!”