
O mundo de Hades, Nosso Senhor, está surtado. Belzebu desistiu, Lúcifer não quer mais saber e Jeová, o maior dos demônios endiabrados tá lá rindo das insânias que ele criou (sendo o mito bíblico, claro). Um dos exemplos são os vários assassinos maníacos psicóticos e totalmente loucos à solta. No episódio de hoje, temos um ex-fuzileiro, dois homicídios, duas crianças traumatizadas e – respire fundo – uma barata com habilidades de criptografia que fariam a NSA corar de inveja que é a mandante de assassinato.
Metendo Baygon em todo tipo de insanidade que aparece por aqui, esta é a sua SEXTA INSANA!
Alexis Hernandez é um inútil de 25 anos (sempre um maldito jovem!), residente de Albuquerque no Novo México (sim, aquele Albuquerque que o Pernalonga fez a curva errada). Alexis decidiu que sexta-feira à noite seria o momento perfeito para protagonizar o episódio mais perturbador de uma série que mistura Breaking Bad (a melhor série de todos os tempos, exceto, talvez, The Wire) com uma pitada de documentário do Animal Planet e Além da Imaginação.
Na sexta-feira da semana passada (tinha que ser uma Sexta… e insana!), 711, por volta das 22h27min, horário local, agentes do Comando do Vale Sul do Gabinete do Xerife do Condado de Bernalillo responderam a relatos de disparos de arma de fogo perto do quarteirão 1400 da Entrada Bonita SW. Quando os meganhas chegaram, foram recebidos por Hernandez na porta, casualmente portando uma arma na cintura e uma espada Sabre do Corpo de Fuzileiros Navais no quadril. Porque não basta ser um psicopata, é importante manter o dress code militar adequado.
O rapaz, com a tranquilidade de quem está pedindo uma pizza e não confessando assassinatos, informou aos policiais que era um Fuzileiro e que “tinha que fazer o que tinha que fazer”. Essa frase é o equivalente verbal de dar de ombros após atropelar o bom senso com um caminhão. Ele então mencionou que havia dois corpos mortos dentro da casa.
Dentro da residência, os meganhas encontraram um homem morto com ferimentos de bala na frente da casa e um segundo com ferimentos de faca em um apartamento anexo. Duas crianças pequenas testemunharam toda essa cena de horror que definitivamente vai render anos de terapia. Os adultos foram detidos para interrogatório e as crianças foram removidas em segurança, mas convenhamos, o trauma já estava servido, embalado e com laço.
Agora vem a parte onde a narrativa sai dos trilhos convencionais da loucura e mergulha em um território tão surreal que Salvador Dalí acordaria do túmulo só para dizer “calma lá, mermão!”.
Durante o interrogatório, Hernandez explicou que conhecia as duas vítimas. Uma delas era o proprietário da casa, que ele acreditava ser um amigo que estava perseguindo-o. Como? Instalando câmeras nas luzes. Hernandez também alegou que estava ouvindo “vozes assustadoras saindo das ventilações” e recebendo “sinais” de que precisava “acabar com o proprietário antes que ele acabasse com ele”.
Vozes nas ventilações. Sinais místicos. Estamos caminhando perigosamente para território de Arquivo X, mas segurem seus chapéus de alumínio, porque o ápice do absurdo ainda está por vir: Hernandez revelou aos canela preta que recebeu “uma mensagem criptografada em uma barata” de que ele “precisava matar” o proprietário. Não foi um e-mail, não foi WhatsApp nem sinal de fumaça. Foi uma barata-correio! O inseto (o ortóptero e não Hernandez) pelo visto estava operando com tecnologia de encriptação de dados digna da CIA.
E para adicionar uma camada extra de lógica delirante a essa salada de nonsense, Hernandez acrescentou que o proprietário “não gostava de baratas”. Deve ser a vingança daquelas asquerosas criaturas de seis pernas. Merda de baratas. Vou meter Baygon em tudo hoje antes que elas inventem fazer a mesma coisa aqui!
Hernandez tinha comprado uma pistola Glock para “proteção”, e na sexta-feira fatídica, ele alegou temer por sua vida e atirou no proprietário na cabeça e no outro homem na cozinha. Mas aqui está o detalhe que transforma isso em filme B: Hernandez foi até seu Honda Pilot para recarregar a arma antes de voltar e atirar em cada vítima novamente!
Após os assassinatos, Hernandez admitiu que não sabia o que fazer, então “ficou no local e andou por aí. Ele garantiu que “não ia levar as crianças ou fazer nada com elas”. Que cavalheirismo reconfortante! “Olha, eu posso ter cometido duplo homicídio com base em telegramas de insetos, mas eu traço a linha em sequestrar crianças.”
Hernandez está vendo o dr. Barata nascer quadrado e espera julgamento. Nisso, temos duas vidas perdidas, duas crianças traumatizadas, e no centro de tudo, uma barata que aparentemente tem mais acesso a redes de comunicação seguras do que a maioria de nós.
Eu não sei como terminar, então vai o vídeo da barata que todo mundo recebeu por email na década de 90 (sim, tem palavrões. Muitos! Por isso que é bom).
Fonte: NBC News

Um comentário em “Barata psicopata induz homem inocente a cometer assassinato”