Albânia tenta acabar com corrupção elegendo IA para cargo de ministro

O mundo dos Bálcãs acaba de dar um passo evolutivo tecnológico que faz o resto da humanidade parecer um bando de neandertais com ternos caros: a Albânia, terra de bunkers esquecidos e gangues que lavam mais dinheiro que uma lavanderia em dia de chuva, acaba de nomear uma Inteligência Artificial como ministra das licitações públicas. Sim, você leu certo. Uma bot vestida de xhubleta (não fique de gracinha, porque o nome é esse mesmo, seu pervertido). O nome da bagaça é “Diella”, que significa “sol” na língua local, porque nada grita “fim da corrupção” como um sol virtual iluminando os cantos escuros dos contratos estatais.

Imagine a cena, cortesia de um episódio de Além da Imaginação roteirizado por um burocrata de Tirana: o primeiro-ministro Edi Rama, prestes a engatar o quarto mandato como se fosse um Uno caindo aos pedaços, totalmente enferrujado e que não desiste nunca, sobe ao púlpito e anuncia o novo gabinete. “Senhoras e senhores, apresento Diella: a primeira ministra que não ocupa cadeira, não come sanduíche no intervalo e, principalmente, não aceita propina em envelope marrom”.

Aplausos.

Ou talvez só o eco de um suspiro coletivo, porque na Albânia, onde escândalos de lavagem de droga e armas fazem o governo parecer um hub de serviços para mafiosos internacionais, prometer “licitações 100% livres de corrupção” soa menos como revolução e mais como o enésimo reboot de uma novela mexicana na qual o vilão sempre volta.

Diella, que estreou no começo do ano como uma assistente virtual no portal e-Albania – ajudando plebeus a caçar documentos estatais com comandos de voz e selos eletrônicos, como se fosse uma Siri de sotaque esquisito, agora herda o trono das compras públicas. Ela vai gerenciar todos os contratos onde o governo aluga empresas privadas para pavimentar estradas, construir pontes ou, quem sabe, erguer mais um bunker desnecessário. Rama jura de pés juntinhos que é à prova de suborno, ameaças ou “favores familiares”. E o país, que sonha em entrar na União Europeia até 2030 (meta que analistas chamam de “ambiciosa” como quem diz “You funny!”), vê nisso o elixir para limpar a imagem suja de corrupção que gruda como alcatrão nos altos escalões.

Mas aí vem ele, com som de fanfarra e toque dramático, o plot twist! Se até a PM vira alvo de ladrões, o que dirá de uma IA? O governo, em sua infinita transparência, não soltou nem uma migalha sobre supervisão humana; tipo, quem vai auditar a bot se ela decidir que o primo do ministro merece o contrato da ponte pro nada? Ou pior: e se algum hacker de Skopje, ou quem sabe um gangue de Tirana com mais cripto que juízo, injetar um vírus que faz Diella priorizar licitações para “exportação de queijo feta radioativo”? Claro, o tipo de coisa que nunca ia acontecer num país sério e honesto como a… Albânia!

Como última reflexão, se até o sol albanês precisa de óculos escuros para encarar as sombras da corrupção, tateando muito bem em volta para sentir o peso das maletas entregues por baixo da mesa, talvez o truque não seja trocar humanos por bots, mas sim lembrar que, no fim das contas, o maior bug do sistema é quem aperta o botão de “compilar”. Durma com os vírus, Albânia, e reze pra Diella não acordar com saudade de um bom e velho envelope.


Fonte: Reuters via Gustavo, que estamos em dúvidas se é IA ou Volta.

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