Inaugurada réplica do Colosso de Constantino

Não basta ser um imperador. Todo mundo precisa ver que você é um imperador. Sei lá, vai que duvidem ou digam que não votaram em você para imperador. Tudo bem que no caso dos romanos, eles realmente eram eleitos (pela guarda pretoriana, na maioria das vezes). Um exemplo disso é Constantino, o Grande. Como tal, ele era reverenciado e várias estátuas foram construídas em sua homenagem, mas nenhuma sobreviveu intacta. A solução é qual? Fazer a sua própria estátua com blackjack e prostitutas poliuretano e alumínio.

Bem, de início, quem foi Constantino? Diferente de algum idiota que escreve besteiras num pseudojornal, Flávio Valério Aurélio Constantino, nascido em 27 de fevereiro de 272, ficou mais conhecido como Constantino, o Grande, principalmente por ter dado guarida ao Cristianismo e depois tê-lo feito religião oficial do império.

Proclamado Augusto pelas suas tropas em 25 de julho de 306, Constantino governou até o dia 22 de maio de 337, quando bateu as sandálias, Constantino é uma figura de grande importância histórica, e como tal precisava ser saudado como divino, o tipo de coisa que ele bem gostava, apesar de ter dado poderes ao Cristianismo, mesmo continuando pagão.

A estátua original de Constantino foi encomendada por ele mesmo, claro. Lembram a parte que ele adorava ser visto como um deus? Pois, é. Ela ficou conhecida como Colosso de Constantino, que originalmente ocupou a abside oeste da Basílica de Maxêncio na Via Sacra, perto do Foro Romano… no caso, um deles, pois havia vários. O tempo cobrou seu preço e as porções sobreviventes do Colosso agora residem no pátio do Palazzo dei Conservatori, agora parte dos Museus Capitolinos, no Monte Capitolino.

A grande cabeça, braços e pernas do Colosso de Constantino foram esculpidos em mármore branco, enquanto o resto do corpo consistia em uma estrutura feita com tijolos numa armação de madeira, já que mármore é muito caro. Pelo que muitos relatos nos trazem, era coberta com bronze dourado, e muito certamente teria cerca de 12 metros de altura.

Claro que imperador morto, imperador posto. Como bronze é muito caro, saquearam a estátua e hoje só resta uma das mãos, um braço, o joelho direito, a canela direita, um fragmento da panturrilha, os pés direito e esquerdo, o pulso, um fragmento do peito e a cabeça de Constantino.

A reconstrução do Colosso, realizada com a contribuição da Fundação Prada e dos Museus Capitolinos sob a supervisão do superintendente arqueológico de Roma, Claudio Parisi Presicce, é obra da empresa Fundación Factum Arte.

Os especialistas digitalizaram os fragmentos restantes da estátua original e usaram os dados de alta resolução para criar modelos 3D de cada peça. A estátua foi então reconstruída usando resina e poliuretano, juntamente com pó de mármore, folha de ouro e gesso, construídos em torno de uma estrutura interna de alumínio.

Esta impressionante réplica poderá ser vista gratuitamente na Villa Caffarelli, todos os dias das 09:30 às 19:30, até o final de 2025. Corre que dá tempo para ir lá ver.

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