Uma coisa que as pessoas não entendem é que uma conquista pode muito bem valer para os dois lados, principalmente quando se quer um equilíbrio entre os dois lados. Pessoal está indignadíssimo com a França, e isso porque ela criou uma lei criando igualdade entre os gêneros, sob pena de multa quem não obedecer, levando à irônica ação de multar a prefeitura de Paris por privilegiar mulheres.
Pelo visto, ventou cá, também.
Em 2012, o governo francês decretou que qualquer nomeação de alto escalão na função pública das grandes cidades não deveria exceder 40% de pessoas de cada sexo. Sim, eu sei o que você está pensando: que terceiro sexo é esse? Bem, pois é, né? Os governos que não obedecessem seriam multados em 90 mil euros, ou 6 trilhões de reais, mais ou menos.
O problema é que “40% de pessoas de cada sexo” significa exatamente isso: CADA sexo. Só que a prefeitura de Paris contratou 11 mulheres para ocupar cargos de chefia, que totalizam 16 cargos. Ou seja, paris contratou um efetivo de um único gênero que ocupou 69% dos cargos.
Lembrando: a lei diz Apenas 40%. Como lei é lei, a multa foi aplicada corretamente, apesar dos protestos e sarcasmo da prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que acusou a determinação de “absurda e injusta”. O problema é que ninguém pensou nisso quando a lei foi publicada. Ela também não pensou na lei quando escalou o seu efetivo. Lamento, mas as leis são para serem cumpridas, Tia Anne.
Isso demonstra que os defensores de ações afirmativas não procuram equiparação, não procuram equidade. Procuram algo semelhante a vingança, porque se você procura equidade, deve estar preparado para o significado da palavra: igual. Se você quer que o seu igual seja mais igual que os outros, adivinhe! Sim, isso mesmo: você é apenas um rematado hipócrita.
Agora, pague a multa!
Fonte: Época
uhauhauhauhuahuahuahuhauhauhauhauhauhauhauhauhauhuahua
(minha cabeça deu um nó com esses 40% de cada sexo)
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