União Europeia faz relação de vacina com esclerose múltipla sem provas

Vocês podem pensar que é prerrogativa do Brasil odiar a Ciência, mas não é bem assim. Há tosqueira em todos os cantos do mundo. Um exemplo disso são os velhinhos da União europeia que, volta e meia, acordam da siesta vespertina e resolvem fazer algo, por puro enfado. Daí saem decisões como perseguir a Microsoft, exigindo que ela não disponibilizasse um navegador internet pois isso seria monopólio. Curiosamente, eles não se importaram do Linux e o MacOSX também virem com um. Isso foi legal, até que alguém falou que fica meio difícil baixar um outro navegador internet quando você não tem como acessar sites. Daí ela exigiu que a MS oferecesse todos os navegadores. O resultado foi que pessoal então continuou só usando Internet Explorer.

Agora, os velhinhos acordaram de novo. Dessa vez, a Suprema Corte da UE decidiu, na quarta-feira, que os tribunais podem, sim, considerar que uma vacinação pode ter feito alguém contrair alguma doença, mesmo sem ter uma única prova científica que respalde isso.

Esim, isso é a SEXTA INSANA!

Essa decisão se apoiou no caso de um francês que em 1998 recebeu vacina contra hepatite B. Um ano depois, ele foi diagnosticado com esclerose múltipla. Em 2006, ele e sua família processaram a fabricante de vacinas Sanofi Pasteur na tentativa de ser compensada pelo dano que eles alegam sofrer devido à vacina, sem NENHUMA prova, ainda mais que esclerose múltipla aparece do nada.

O distinto paciente impaciente morreu em 2011, e o Tribunal de Recurso da França decidiu que não havia ligação causal entre a vacina contra a hepatite B e a esclerose múltipla e descartou o caso. Foram feitos uma penca de estudos, mas nenhum deles encontrou quaisquer relações entre a chance de hepatite B e esclerose múltipla. Claro, vão alegar que a Big Pharma comprou todo mundo, gastando mais do que seria a indenização.

O caso (absurdamente idiota) foi parar na corte da União Europeia, que disse que apesar da falta de consenso científico, uma vacina poderia ser considerada defeituosa se houvesse “evidências específicas e consistentes”.

Sim, isso foi dito por gente que não estudou porra nenhuma de Medicina. Não importa que não tenha evidência, se aconteceu, é uma evidência. O fato de ninguém prever quando vai ter esclerose múltipla, e acabar numa grande coincidência do tipo “eu atravessei a rua hoje, o gato a vizinha morreu. Sou um assassino!” é secundário. Tem ligação porque tem, e acabou!

Imaginem aonde isso pode levar. A pessoa toma uma média, com pão e manteiga, na semana seguinte é diagnosticada com Alzheimer. Qualquer ligação, por mais tosca que possa ser feita, parece ser válida. Isso é muito perigoso. Não que as companhias farmacêuticas sejam anjinhos. Nenhuma empresa é. Mas arrumar motivo para tirar dinheiro é uma canalhice sem tamanho, ainda com o aval daquele bando de velhos que odeiam ciência a ponto de não ouvir nenhum especialista.

Anti-vaxxers agradecem. Eles estão ajudando muito o mundo, como podemos ver.


Fonte: ABC

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